Os flagelos
d'alma
Para nossa
felicidade os
ensinamentos da
Doutrina dos
Espíritos
elucidam
grandemente as
dúvidas próprias
do ser humano,
enquanto
transitamos no
Orbe terrestre.
Apesar do
progresso de
ordem material
que assume o
destaque na
humanidade,
padecemos de
forma espontânea
dos infortúnios
que nós mesmos
buscamos na
presente
existência, como
se não bastasse
o fardo que
trazemos do
pretérito do
qual precisamos
nos
desvencilhar.
Essa incoerência
naqueles que têm
o privilégio de
conhecer a
Doutrina
Consoladora não
comporta a falta
de compreensão
para tantos
fatos e
argumentos que
corroboram a
imortalidade do
Espírito e
mostram que nele
residem todas as
mazelas que
desaguam no
nosso corpo
físico,
trazendo-nos os
mais variados
transtornos
psicossomáticos
que afligem a
humanidade.
A avalanche de
conhecimentos de
que dispomos nos
dias de hoje
demostra
cabalmente a
capacidade
criativa do ser
humano. Mas, ao
tempo que
progride
celeremente no
âmbito
tecnológico,
dispensa quase
nada do seu
tempo precioso
para o
aprimoramento
moral, que será
o arquivo de sua
consciência
além-túmulo.
No livro A
Coragem da Fé,
pg.2,
psicografia de
Carlos A.
Bacelli, pelo
Espírito Bezerra
de Menezes,
temos: “(...) De
nada vale o
brilho da
inteligência, se
o coração
permanece às
escuras. A
reencarnação que
não promove o
renascimento
moral da
criatura não
passa de ato que
não está à
altura de sua
transcendência e
significado”.
Depreende-se,
pois, que a
visão
materialista
ainda
predominante
encobre o espaço
que temos para
buscarmos a
ascensão moral
nesse trajeto
temporário do
corpo físico,
que, por ser
frágil e
perecível,
falece a cada
dia que vivemos.
A curta visão de
“futuro finito”
no campo
material
perde-se no
caminho dos
tempos da
eternidade... A
ausência dessa
maturidade
favorece os
desmandos de
toda ordem, como
se o corpo
físico fosse a essência do
nosso ser.
Mantendo-nos
nesse equivoco
estaremos
amealhando
migalhas de
prazer efêmero,
que nos levará
ao sofrimento
logo adiante.
A mudança de
comportamento
passa antes de
tudo pelo pensamento.
É nele que tudo
se arquiteta, se
molda e ajusta,
para que pelas
atitudes
tornemo-lo fato.
A depender desse
campo mental que
criamos teremos
objetivos que,
se
concretizados,
nos
proporcionarão
felicidade,
desgosto ou
outros
malefícios.
Esses flagelos
que construímos
são evitáveis e
diretamente
proporcionais à
colheita que nos
aguarda no
futuro.
Conscientes
desta realidade
cumpre-nos rever
nosso modo de viver e conviver,
já que no âmbito
da sociedade
participamos de
forma integral,
caso queiramos
fornecer e obter
informações,
ajudar e sermos
ajudados.
Estamos todos
envolvidos no
processe
evolutivo que a
Lei do Progresso
exige.
Esse caminho de
crescimento
espiritual
estará sempre
diante de nós
com os percalços
próprios para
nossa reparação
e ninguém irá
percorrê-lo por
outrem, visto
que o trajeto é
individual e
dependerá, antes
de tudo, das
nossas
necessidades de
aprimoramento.
Para tal, é
imprescindível
esforço,
perseverança e
capacidade para
transpor os
desafios
encontrados.
No livro Respostas
da Vida,
pg.7,
psicografia de
Francisco
Cândido Xavier,
pelo Espírito
André Luiz,
encontramos:
“(...) Não
permita que a
dificuldade lhe
abra porta ao
desânimo porque
a dificuldade é
o meio de que a
vida se vale
para
melhorar-nos em
habilitação e
resistência”.
Nessa citação
percebemos que a
resignação é um
fator necessário
para realizarmos
esse processo. A
reencarnação
sempre será reeducativa,
jamais punitiva.
A resiliência
deve, também, se
fazer presente
afastando todo
pensamento
pessimista, para
que cheguemos ao
êxito almejado.
Na Revista
Espírita de maio
de 1866, pg.185,
encontramos:
“(...) O
Espírito só se
depura com o
tempo, sendo as
diversas
encarnações o
alambique em
cujo fundo deixa
de cada vez
algumas
impurezas”. Já
em Efésios
4:23-24, temos:
”Renovai-vos,
pois, no
espírito do
vosso
entendimento e
vesti-vos do
homem novo”.
Isto posto, cabe
a cada um
cumprir com a
sua missão
soerguendo seu
espírito, mas
não esquecendo
que, como
cristãos, temos,
também, o dever
de auxiliar
nossos irmãos.
Não esperemos
que nos batam à
porta!
Alcancemos a
vastidão de
criaturas
carentes do
alimento do
corpo e da alma.
(Resignar-se nas
dificuldades é
valorizar a
experiência.)