A superioridade de Jesus
Foi em Cesareia de
Filipe, aos pés das
Colinas de Golã, próximo
à fronteira de Israel
com a Síria, Líbano e
Jordânia, que, segundo o
Evangelho de Mateus
(16:13 a 20), houve o
seguinte diálogo entre
Jesus e os apóstolos:
"Profissão de fé e
primado de
Pedro – Chegando Jesus
ao território de
Cesareia de Felipe,
perguntou aos
discípulos: Quem dizem
os homens ser o Filho do
Homem? Disseram: Uns
afirmam que é João
Batista, outro que é
Elias, outros, ainda,
que é Jeremias ou um dos
profetas. Então lhes
perguntou: E vós, quem
dizeis que eu sou? Simão
Pedro, respondendo-lhe,
disse: Tu és o Cristo, o
filho do Deus vivo.
Jesus respondendo-lhe,
disse: Bem-aventurado és
tu, Simão, filho de
Jonas, porque não foi
carne ou sangue que te
revelaram isso, e sim o
meu Pai que está nos
céus. Também eu te digo
que és Pedro, e sobre
esta pedra edificarei a
minha igreja, e as
portas do inferno nunca
prevalecerão contra ela.
Eu te darei as chaves do
Reino dos Céus e o que
desligares na terra será
desligado nos céus. Em
seguida proibiu
severamente aos
discípulos de falarem a
alguém que ele era o
Cristo".
Há também registros em
Marcos (8:27 a 30) e
Lucas (9:18 a 21).
Jesus estava se
referindo à mediunidade
de Pedro. Ou seja, ele
falou que é sobre a
mediunidade que ele
edificará a sua igreja,
os seus ensinamentos.
A expressão Filho do
Homem é um título que se
refere à condição humana
de Jesus. Significa o
Ser Humano, fraco e
mortal. Jesus é o filho
de Deus. Pelos
extraordinários fatos
que ele produziu, sua
encarnação na Terra foi
uma missão que só
poderia a ser confiada
aos mensageiros diretos
da Divindade, para a
realização de Seus
propósitos. O seu corpo
era semelhante ao nosso,
muito embora fosse um
corpo que não estava
sujeito a viciações.
Como homem, Jesus tinha
a mesma organização que
todos têm. Mas como
Espírito puro, desligado
da matéria, deveria
viver mais da vida
espiritual do mais que
da vida corporal, cujas
fraquezas ele não
possuía.
Em A Gênese (capítulo
XV – Os Milagres do
Evangelho, item 2),
Allan Kardec diz: "A
superioridade de Jesus
sobre os homens não era
relativa às qualidades
particulares de seu
corpo, mas às de seu
Espírito, que dominava a
matéria de maneira
absoluta, e ao seu
perispírito alimentado
pela parte mais
quintessenciada dos
fluidos terrestres".
No item 9 do capítulo
XIV de A Gênese esclarece:
"A natureza do invólucro
fluídico está sempre em
relação com o grau de
progresso moral do
Espírito. Os Espíritos
inferiores não podem
trocá-lo à vontade e,
por consequência, não
podem, à vontade,
transportar-se de um
mundo para o outro.
(...) Os Espíritos
superiores, ao
contrário, podem vir aos
mundos inferiores e,
até, aí encarnarem.
(...) Desse modo,
Espíritos da ordem mais
elevada podem
manifestar-se aos
habitantes da Terra ou
encarnar, em missão,
entre eles. Esses
Espíritos trazem
consigo, não o
invólucro, mas a
lembrança, por intuição,
das regiões de onde vêm
e que veem pelo
pensamento. São videntes
entre cegos."
|