O
templo e o
presídio
“Acaso não sabem
que o corpo de
vocês é
santuário do
Espírito Santo
que habita em
vocês, que lhes
foi dado por
Deus, e que
vocês não são de
vocês mesmos?”
(1 Coríntios,
6:19.)
Como coexistirem
duas situações,
inicialmente
vistas como
diametralmente
opostas? Sendo
uma de reflexão
e elevação
espiritual e a
outra de
sofrimentos e
lágrimas?
Este é um
questionamento
oportuno e
válido. Vivemos
em um ambiente
em que somos
constantemente
“influenciados”,
conforme temos
em Hebreus
12.1:” Portanto,
também nós, uma
vez que estamos
rodeados por tão
grande nuvem de
testemunhas,
livremo-nos de
tudo o que nos
atrapalha e do
pecado que nos
envolve e
corramos com
perseverança a
corrida que nos
é proposta
(...).
Temos também
relatado no
livro O Que é
o Espiritismo,
cap. II, Item
18:” Os
Espíritos estão
em toda parte,
ao nosso lado,
acotovelando-nos
e observando-nos
sem cessar. Por
sua presença
incessante entre
nós, eles são os
agentes de
diversos
fenômenos,
desempenham um
papel importante
no mundo moral,
e, até certo
ponto, no
físico;
constituem, se o
podemos dizer,
uma das forças
da natureza”. O
nosso corpo
físico
corresponde ao templo onde
o Espírito se
apropria da
matéria para seu
trabalho nas
existências
tangíveis.
Entretanto, esse
mesmo ambiente
dual acolhe o
Espírito com as algemas do
passado que se
constituem no
Dédalo que nos
envolve e
aprisiona de
forma
persistente de
acordo com as
nossas vivencias
pretéritas.
Nesse conturbado
convívio é que
se situa a nossa
grande “batalha
interior”. Por
um lado,
buscamos por
impulso
consciente
vencer as más
inclinações que
obstaculizam o
nosso
crescimento
espiritual e, do
outro, lidamos
com as
influências
perniciosas que
ainda nos
instigam para
nos mantermos
nas práticas que
causaram nosso
aprisionamento.
Em O Livro
dos Espíritos, questão 998,
encontramos: “A
expiação se
cumpre no estado
corporal ou no
estado
espiritual? R -
A expiação se
cumpre durante a
existência
corporal,
mediante as
provas a que o
Espírito se acha
submetido e, na
vida espiritual,
pelos
sofrimentos
morais,
inerentes ao
estado de
inferioridade do
Espírito”
Conscientes da
necessidade de
burilamento do
Espírito e,
sendo o corpo o
instrumento para
esse labor no
Orbe que
habitamos,
impende-nos
consolidar o
compromisso
firmado quando
do nosso projeto
reencarnatório,
visando erigir
os degraus cada
vez mais
elevados no
caminhar
incessante do
Espírito. Os
desafios que nos
rodeiam a cada
dia, devem
servir de
estímulo para
enveredarmos
pelo caminho do “bom
combate”, seguindo
o Apostolo
Paulo: “Combati
o bom combate,
terminei a
corrida, guardei
a fé (2 Timóteo
4:7). No
livro Alma e
Luz, pg.6,
psicografia de
Francisco
Cândido Xavier,
pelo Espírito
Emmanuel, temos:
“(...) O ataque
do mal vem à
sombra da noite,
o golpe
traiçoeiro não
espera
declarações
diplomáticas,
nem a invasão
generalizada
obedece a
protocolos
políticos”.
Nessa luta o
nosso arsenal é
pacífico, onde
as virtudes como
a coragem, fé,
perseverança e
tantas outras,
irão constituir
o exército do
bem que servirá
de sustentação
para o
enfrentamento
das
dificuldades.
Aliado com a
força da prece,
o desânimo
jamais deverá
ter espaço em
nós. O caminho
para essa
superação tem
por base a
vontade e o
pensamento –
binômio –, que
fortalece a
nossa intenção
de superar as
más índoles que
se encontram
como “sombras”
em nossos
caminhos.
Isto posto,
procuremos nesse
contexto (templo
e presídio),
buscar naquele
que pelo seu
significado
expressa o que
necessitamos em
níveis
vibracionais
para a nossa
evolução
espiritual.
(Como missão
precípua da
vida, o ser
humano deve
palmilhar os
degraus da
evolução.)