Desarme o
espírito
Desarmar o espírito é
excelente medida para
evitar confrontos. É uma
forma de se antecipar a
conflitos comuns nas
relações humanas, quase
sempre originados do
orgulho e do
egoísmo, não deixando
que eles cresçam
ou sequer
apareçam. O indivíduo
"desarmado" exercita a
tolerância, a
compreensão, o que
facilita o convívio com
o próximo.
Desarmar-se significa
estar pronto a ouvir o
outro e saber "ler" uma
situação incômoda sem
reagir com imprudência.
O indivíduo desarmado
confia em si, nas suas
experiências de vida,
compreende e aceita que
o outro seja como é. Mas
se for preciso
confrontá-lo, não
utiliza argumentos de
ataque.
O indivíduo desarmado
controla a mente, as
emoções, e seus gestos e
palavras nunca são
agressivos, embora
possam conter energia.
Ele dispensa o desaforo,
não espalha o terror nem
faz ameaças, recursos
estes que machucam as
pessoas. Não precisa
gritar nem usar a força
dos músculos. Suas armas
são outras, as do homem
educado que respeita e
faz-se respeitar, que
trabalha pela
fraternidade e sabe que
viver é aprender a
dominar-se. O domínio
sobre si mesmo leva à
superação dos vícios
morais; o domínio sobre
o outro gera o
descontentamento, a
infelicidade.
O quadro moral aflitivo
da sociedade atual está
pedindo que as pessoas
se desarmem nas suas
relações sociais e
familiares, se
predispondo a atitudes
pacíficas, com lealdade
e sem hipocrisia.
Somos todos
interdependentes e, na
essência, buscamos
praticamente os mesmos
objetivos. Por isso o
respeito ao outro e o
comportamento pacífico
se impõem como lei para
a boa convivência. A
agressão ao semelhante,
sob quaisquer formas,
desestabiliza o agressor
e o afasta do direito
que julga possuir com
exclusividade.
Desarmar o espírito,
despreocupar a mente,
isolar-se das paixões
desgastantes, é o que se
espera do homem de hoje
na construção do mundo
renovado, onde seus
habitantes se amarão,
serão livres e felizes
de verdade.
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