Na encruzilhada do tempo
O Mestre dizia ser o “Caminho, a Verdade e a Vida”, e,
no entanto, nossa Humanidade ainda se encontra no
descaminho das guerras, das mentiras, bem como na morte
do seu igual, seu semelhante, seu irmão.
Em nosso preciosíssimo “Evangelho” (1854-AK), Cap. 12,
Item 10, temos uma instrução sintética do Cristo
explanada por Fénelon, em que ele sentencia brevemente:
“Amai-vos uns aos outros e sereis felizes”. (Opus Cit.).
Sentença que resume tudo da nossa paz, nossa felicidade,
júbilo e alegrias sem conta, para ontem, para hoje, e,
pois, para todo o sempre de nossa imortalidade, pois, se
a matéria carnal se enfraquece e morre, nós, pelo
contrário, nos fortalecemos e nos imortalizamos pela
condição de sermos divinos, ou seja, Espíritos imortais.
Mas o Homem moderno, em sua volúpia de poder e, pois, em
sua ignorância e brutalidade, tudo sente e tudo vê com
os olhos da carne, da matéria e não do Espírito, e, por
isso, em sua rebeldia, não se corrige, apesar das tantas
e tantas advertências de sua Consciência, bem como do
Mestre de 2.000 anos atrás, e que, no Século 19,
renascera com o Espiritismo, por Ele mesmo prometido
como “Consolador”, como Verdade, que nos ensinaria todas
as coisas e que ficaria eternamente conosco.
E adverte naquela mesma Instrução:
“Não vos esqueçais meus caros filhos que o Amor nos
aproxima de Deus e que o ódio nos afasta d’Ele”. (Opus
Cit.).
E não é justamente o que está se verificando no presente
instante terreno?
Não é que o ódio recíproco de tanto irmão contra irmão
tratará de conduzi-los, “afastando-os de Deus”, aos
Mundos primitivos por eles mesmos queridos e provocados?
Situação em que, só o exílio, com mais dores, mais
contundentes trevas, os fará refletir acerca de suas
transgressões da Lei de Amor, de Justiça e de Caridade!
Ora, se “o Amor nos aproxima de Deus”, temos, pela
sentença de Fénelon, e, pois, do “Espírito da Verdade”,
que “o Ódio nos afasta d’Ele”, implicando-se, pois, no
referido método de regeneração da criatura pela dor,
pela tribulação de uma vida ainda mais infernal,
objetivando-se “acordar” a criatura do erro, da
ignorância, da crueldade.
Logo, no curso do tempo, as oportunidades são concedidas
a todos, sem exceção, pois que Deus, no seu infinito
amor, Ama a todos sem exceção, mas instituiu Leis para a
corrigenda do mal, caso ele surgisse pela rebeldia do
filho, livre como foi criado, porém responsável pelos
seus atos, do mal que volta contra ele mesmo, ou do bem,
que, do mesmo modo, retorna à sua pessoa, como consta na
“Lei de Amor, de Justiça e de Caridade”. (Vide: “O Livro
dos Espíritos”-1857-AK.)
|