Tempestades
“Acalmai-vos!
Acautelai-vos!”
“Quem é esse,
que até os
ventos e o mar
obedecem?” –
Mateus,
8:23-27
Simbólica a
tempestade que
assolou a
embarcação dos
apóstolos,
naquela noite em
que Jesus
placidamente
dormia. Estavam
aflitos. Temiam
perecer. Jesus,
no entanto,
estava com eles;
não se
encontravam
sozinhos no meio
das intempéries.
Bem nos alertou
Jesus de que
deveríamos
assentar nossa
casa sobre a
rocha, não sobre
a areia, que sem
base sólida
poderia deixar a
casa ruir. Base
sólida. Fé
intensa.
Somos chamados à
esperança e à
fé.
Estamos sabendo,
por notícias de
amigos espíritas
que viajam pelo
Brasil afora,
procurando os
grandes médiuns
da atualidade,
que os
caravaneiros, em
sua maioria,
referem-se a
ataques intensos
que estão
sofrendo os
trabalhadores do
bem. Ataques em
toda a parte,
com energias
desequilibradas
enviadas pelos
nossos irmãos
das trevas,
interessados em
criar desânimo
no meio dos
aprendizes do
Evangelho e nos
trabalhadores do
Senhor.
Muitos se veem
com dificuldades
enormes para
vencer o mal que
os assola.
Pobres e
infelizes
irmãos, aqueles
que ainda
estagiam nas
trevas da
ignorância,
negando a
energia divina
do Amor, que é a
essência de Deus
que existe em
si, e
digladiando com
Jesus, o Senhor
da Terra!
Quem somos nós,
no entanto, para
condenar?
Através de
inumeráveis
reencarnações,
plasmou-se o
conhecimento em
nós, a presença
do amor que nos
busca, que nos
chama, nesta
bandeira de luz
de Kardec: “Fora
da Caridade não
Há Salvação!”!
Grande é a
responsabilidade
do espírita.
Viver conforme
as orientações
do Cristo, nesta
hora de
animosidades em
diversos
lugares, requer
grande força
moral.
Jesus é a luz
planetária e tem
chamado a
humanidade para
o seu bendito
amor. Felizes
são as ovelhas
que escutam sua
voz e o seguem,
independentemente
do credo
religioso que
abraçam.
A hora é de
tempestades,
sim, mas o que
serão as
tempestades
exteriores se o
interior estiver
seguro e em paz?
Não é em vão que
a
espiritualidade
superior
conclama o
espírita para o
amor, primeiro
ensinamento, e
para a
instrução,
segundo
ensinamento.
Conhecimento é
libertador e
amor é
sustentação nas
horas de dor.
São muitos os
pedidos de
socorro e de
preces,
solicitados
pelos
trabalhadores do
bem. Alguém
querido na
família em
perigo, sob
ataque intenso,
já que o
verdadeiro
trabalhador do
bem não se deixa
vencer. Atacam
os seus. E os
trabalhadores
sinceros esperam
confiantes de
que tudo passe.
Tudo há de
passar. O mal
não perdura,
embora faça
grande estrago
enquanto está
agindo, quase
derrubando com
os ventos a
embarcação do
caminho.
Jesus, no
entanto, vela
sereno. É o
timoneiro da
embarcação e
aqueles que o
seguem devem
tentar manter a
fé viva.
Isso passa, o
mal há de
passar, foi o
conselho de
Maria a Chico
Xavier em hora
de grande
sofrimento. Tudo
passa, o mal
passa, repetimos
para nós mesmos.
Do Livro da
Esperança,
psicografado por
Chico Xavier, do
espírito de
Emmanuel, vemos
a página
intitulada “Na
Hora da
Tristeza”, que é
o que anda
acontecendo com
muitos irmãos
aflitos do
caminho.
Seguem as
palavras de
Emmanuel:
“Entraste na
hora do
desalento como
se te
avizinhasses de
um pesadelo.
Indefinível
suplício moral
te impele ao
abatimento;
mágoas antigas
surgem à tona.
Sentes-te à
feição do
viajor, para
cuja sede se
esgotaram as
derradeiras
fontes do
caminho.
Experimentas o
coração no
peito, qual
pássaro fatigado
a sacudir em vão
as grades do
cárcere.
Ainda assim, não
permitas que a
ansiedade te
lance à tristeza
inútil.
Se a
incompreensão
alheia te azedou
o pensamento,
recorda os
companheiros
enfermos ou
mutilados,
quando não
conhecem a
própria
situação, qual
seria de desejar
e prossegue
servindo, a
esperar pelo
tempo que lhes
dará reajuste.
Se amigos te
abandonaram em
árduas tarefas,
à caça de
considerações
que lhes
incensem a
personalidade,
medita nas
crianças
afoitas,
empenhadas a
jogos e
distrações, nos
momentos do
estudo, e
prossegue
servindo, a
esperar pelo
tempo, que a
todos renovará
na escola da
experiência.
Se deixaste
entes queridos
ante as cinzas
do túmulo,
convence-te de
que todos eles
continuam
redivivos, no
plano
espiritual,
dependendo quase
sempre da tua
conformação,
para que se
refaçam, e
prossegue
servindo, a
esperar pelo
tempo, que te
propiciará, mais
além, o
intraduzível
consolo do
reencontro.
Se o fardo das
próprias
aflições te
parece
excessivamente
pesado, reflete
nos irmãos
desfalecentes da
retaguarda, para
quem uma simples
frase
reconfortante de
tua boca é
comparável a
facho estelar,
nas trevas em
que jornadeiam,
e prossegue
servindo, a
esperar pelo
tempo, que, no
instante
oportuno, a cada
problema
descortinará
solução.
Lembra-te de que
podes ser, ainda
hoje, o
raciocínio para
os que se
dementaram na
invigilância, o
apoio dos que
tropeçam na
sombra, o
socorro aos
peregrinos da
estrada que a
penúria recolhe
nas pedreiras do
sofrimento, o
amparo dos que
choram em
desespero e a
voz que se
levante para a
defesa dos
injustiçados e
desvalidos.
Não te detenhas
para relacionar
dissabores...
Segue adiante, e
se lágrimas te
encharcam a
ponto de
sentires a noite
dentro dos
olhos, entrega
as próprias mãos
nas mãos de
Jesus e
prossegue
servindo, na
certeza de que a
vida faz
ressurgir o pão
da terra lavrada
e de que o sol
de Deus amanhã,
nos trará novo
dia.”
Tenhamos
confiança e fé,
meus irmãos!
Tudo passa!
As dores hão de
passar!