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por Cláudio Bueno da Silva

 

Queremos ou não sanear o mundo?


Há quem não compreenda que interesse pode ter aquele que deseja o bem do outro.

Há quem não compreenda como alguém possa se interessar pelo bem coletivo antes de tomar as coisas primeiramente para si mesmo.

Há quem não compreenda como alguém consegue se colocar no lugar do outro e saber-lhe as necessidades sem querer se aproveitar das suas fragilidades.

Adversários do progresso, há quem não compreenda ideias libertadoras que circulem fora do seu ambiente confortável.

Por serem egoístas, preconceituosos, antiquados para viverem num mundo moderno em evolução, não compreendem que esse comportamento os afasta do verdadeiro amor que poderá interceder por eles quando precisarem, um dia.

Não compreendem que enquanto houver brutais diferenças separando as pessoas social e economicamente, a segurança e estabilidade de todos estará comprometida. Enquanto se aceitar as injustiças como normais, enquanto se acreditar cegamente que quem tem é porque merece, e quem não tem sofre castigo, as coisas não andarão bem.

Enquanto houver preguiça mental e má vontade para se estudar as causas das nossas misérias, o pacote pronto de respostas formulado pelos interesseiros do mundo continuará servindo de catecismo para os homens.

Esses adversários são inimigos deles próprios. A vida, com seus espinhos, se encarregará cedo ou tarde, de alertá-los para o mal que têm causado às sociedades com suas ideias e comportamentos retrógrados e doentes. Religiosos falsos, cínicos defensores da família, hipócritas dos hábitos e costumes, falsários dos fatos, criadores de mentiras, todos se locupletam com a ingenuidade e ignorância populares.

As imperfeições morais ainda são próprias da Terra e há que ter tolerância em muitas situações. Mas a perfídia, o gozo, o sadismo em gerar trevas é altamente reprovável e deve ser combatido com energia. Afinal, queremos ou não sanear o mundo?

 
 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita