Doença: grito de alerta do corpo
Um dos mais eloquentes avisos para a humanidade
do grau de desequilíbrio moral e ético
apresentado pelos homens é a disseminação
indiscriminada de doenças de todos os matizes,
sejam mentais ou propriamente físicas.
Os relatos nas corriqueiras conversas entre as
pessoas são incontáveis, basta puxar
o fio informando
sobre uma doença pessoal, e cada qual tem um
rosário de casos ocorridos consigo mesmo, com
conhecidos ou parentes sobre enfrentamentos e
desfechos variados provocados por doenças mil.
As descrições sobre as dificuldades em se ver
livre destes necessários incômodos – as doenças
-, na busca pela saúde a qualquer preço, são de
inimagináveis dimensões, pois cada um responde
de modo bem diferente quando os males físicos
são descobertos por um exame simples em
consultório médico, ou pela observação do
funcionamento do próprio corpo.
Alguns se apavoram, de imediato, pois ainda não
se encontram preparados para enfrentar os
variados reveses da vida; outros se riem das
patologias apontadas pelos profissionais da
área, sem perceberem o alcance do problema que
terão de, a partir deste momento, enfrentarem; a
indiferença é a atitude de muitos, pois
acreditam que jamais serão alcançados por graves
males, ainda mais quando o médico indica, como
medida de saneamento do corpo físico doente,
regramento na ingestão de alimentos, suspensão
de uso de drogas lícitas – sem falar das
ilícitas -, alteração nas rotinas de vida, e
tantas outras orientações para tentar debelar o
mal já instalado e, em muitos casos, progredirá
inexorável, caso nada seja feito.
É consenso que o corpo precisa ser bem cuidado,
com alimentação balanceada, evidentemente para
os que tem a felicidade de disporem de variados
alimentos à mesa, é preciso praticar exercícios
para fortalecer o corpo, a ingestão de certas
substâncias nocivas devem ser evitadas, contudo,
na prática, são raros aqueles dispostos a seguir
disciplinas quando escutam o grito
de alerta do corpo –
a doença -, em alto e bom tom: seu corpo está
doente, e você Espírito que me usa como uma
ferramenta de seu progresso não está cuidando
de mim como
deveria.
O corpo é um dos muitos empréstimos de Deus,
pois tudo Lhe pertence e, se não formos
cuidadosos com este conjunto de átomos formando
os diferentes órgãos que mantém a nossa
existência, seremos obrigados a prestar contas
do mau uso deste impressionante complexo
eletroeletrônico, desenvolvido ao longo de
incontáveis milênios, para chegar a este ponto.
De modo geral, saúde ou doença, é uma opção
pessoal, assim sendo, não seria sábio procurar
avidamente as instituições espíritas para sanar
apenas os males físicos. A cura poderá até
acontecer, há muitos casos documentados destes
chamados milagres,
entretanto, a saúde real deve acontecer a nível
mental, pois a mente é o mais poderoso agente
criador de doenças.
Se acontece a cura – do corpo físico - em uma
agremiação espírita e o doente não se disciplina
mentalmente, não aprende a viver, a doença
reaparece, mais cedo ou mais tarde, seja da
mesma forma na qual se apresentava, ou atingindo
outras áreas do corpo físico, em um processo que
só terminará com a desagregação definitiva do
corpo, ou seja, com a morte, contudo, enquanto
isso, o Espírito sofre.
A cura real só acontece quando o Espírito
imortal, que envergará muitos corpos até atingir
a perfeição relativa, se torne são, e o trabalho
para se adquirir esta sanidade se dá por meio
da compreensão e aplicação dos
ensinos oferecidos há dois mil pelo Terapeuta
por excelência – Jesus o Cristo, mas enfatizamos
que o uso do Evangelho só poderá nos curar se
for vivido profundamente ao longo do cotidiano,
não é tarefa de alguns dias, nem de alguns anos.
A vontade férrea na vivência dos princípios
divinos certamente nos livrará das incômodas
doenças, nesta ou em outra existência.
Sendo assim, para usufruir melhor saúde mais à
frente preparemos agora o nosso futuro, pois
retornaremos, necessariamente, a este ou a outro
mundo material, sempre com um novo corpo.