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por José Reis Chaves

A teologia errada do muito cuidado com Deus!


Os teólogos têm cumprido bem o seu papel de engrandecerem Deus, colocando-o no seu devido pedestal de Todo-Poderoso e como sendo a causa primeira de todas as coisas e, pois, causa não causada. E há um consenso geral, universal e bíblico verdadeiro segundo o qual Deus é amor. Mas teólogos do cristianismo primitivo erraram grande, principalmente por concluírem que, porque Deus é assim todo-poderoso, Ele é perigoso com seu castigo contra os que pecarem, o que, na verdade, foi fruto da pouca evolução deles no seu conhecimento sobre Deus. E isso foi com a melhor das intenções da sua boa-fé, pelo que não devemos condená-los. Porém, esse erro, lamentavelmente, ainda existe entre teólogos de hoje, dos quais se espera uma reação corretiva.

Os teólogos antigos não eram infalíveis, como não o são os de hoje ou os de qualquer outra época. Ademais, quem sofre com os pecados é nosso próximo e nós mesmos que os cometemos e não Deus. E doutrinas teológicas, como uma teoria filosófica, sem o bom senso e a lógica, são insustentáveis, não vão muito longe e acabam caindo no esquecimento e, às vezes, até viram uma espécie de superstição.

E são vários os erros dos teólogos cristãos, inclusive contrários à Bíblia, mas vamos dar apenas alguns exemplos, mesmo porque se trata de um assunto sobre o qual não nos é agradável falar, já que temos um respeito especial para com todas as crenças, principalmente as da teologia cristã, que é a minha de berço e que foi, também, a de meus pais, avós e demais antepassados.

A primeira coisa que devemos levar em conta, como já foi dito, é que nunca é Deus que sofre com o pecado, e sim, a vítima do pecado e o autor, que vai sofrer também, de acordo com a lei de causa e efeito, pois vai colher o que tiver semeado.

Deus ama com amor infinito a vítima do pecado e o autor do pecado. E é por isso que Deus nos ensina, através dos espíritos que trabalham para Ele (Hebreus 1: 14) e seus profetas, hoje chamados de médiuns e, no cristianismo primitivo, pneumatas.

Um exemplo: Se eu vir uma pessoa perder cem reais e não a avisar, para me apossar do dinheiro perdido, é um pecado equivalente a um roubo ou furto. Trata-se, pois, de uma semeadura de um mal para a vítima e que, assim, é também um mal para mim, já que vou colher nesta vida ou noutra, segundo o ensino evangélico, que nos ensina que ninguém deixará de pagar tudo, até o último centavo (São Mateus 5:26). Mas veja-se que a pena tem fim.

No entanto, os teólogos nos ensinaram, erradamente, dando-nos a entender que temos que ter muito cuidado com Deus, pois, com o seu grande poder, Ele pode nos fazer pagar por uma dívida que nunca jamais terminará! 

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita