Espiritismo é tudo de bom
Dias atrás, quando do falecimento de uma amiga e mui
trabalhadora de Jesus nas hostes espiritistas, uma
senhora se abeirou de minha pessoa nos precisos termos
de: “Coitada, ela morreu?!”
Nestas horas é que temos de ter amor, carinho e
paciência para com todos, pois ninguém, sobretudo do
meio espírita, pode ignorar que morrer é sinônimo de
libertação da Alma, e, portanto, de sua recepção num
mundo melhor, sobretudo, é claro, se fora caridosa para
com todos, se fora humilde, prestativa e doadora de suas
mais santas energias, palavras, atitudes e prontas
colaborações.
Coitado, ou coitada, pois, não é de quem falecera! Mas,
sim, de todos nós que por aqui ainda estamos, na labuta,
na dor de um corpo calejado, doentio, trôpego e cansado.
Coitado, ou coitada, pois, não é de quem falecera! Mas,
sim, de nós que estamos num tempo de intensa transição
planetária, de guerras aqui e ali, de extremos
climáticos, seja de calor, seja de frio, de tempestades
sombrias, destruidoras, e, mais ainda, como dizia Rui
Barbosa: das politicalhas, que, para ele, trata-se da:
“malária dos povos de moralidade estragada”! E, como
temos isso em nosso Mundo, e, sobretudo, em nosso país,
que, apesar de, está melhorando!
Logo, coitado, ou coitada, pois, não é de quem falecera,
pois, como informa obra de Kardec: “O Céu e o Inferno”
(1865-AK), Segunda Parte, Capítulo 2, ‘A Condessa
Paula’:
“O que são as mais esplêndidas festas, nas quais se veem
as mais ricas joias, ao lado dessas assembleias de
Espíritos resplandecentes, de uma luz que a vista humana
não poderia suportar e que é a marca da pureza?”
“O que são seus palácios, seus salões dourados, ao lado
das mansões aéreas, dos vastos campos do espaço, de
cores tão variadas, que tornariam pálido um arco-íris?”.
“O que são seus passeios, passo a passo, nos parques, ao
lado das corridas através da imensidão, mais rápidas que
o relâmpago?”.
“O que são seus horizontes limitados e nebulosos, ao
lado do espetáculo grandioso dos mundos se movendo no
Universo sem limites, sob a possante mão do
Todo-Poderoso?”.
“Seus concertos mais melodiosos são tristes e
desafinados, perto desta suave harmonia que faz vibrar
os fluidos do éter e todas as fibras da alma!”.
“Suas maiores alegrias são tristes e insípidas, perto da
inebriante sensação de felicidade que penetra incessante
em todo o nosso Ser, como um aroma salutar, sem qualquer
mistura de inquietação, sem nenhuma apreensão, sem
nenhum sofrimento!”
“Aqui tudo respira o amor, a confiança, a sinceridade.
Em toda parte, há corações amantes, há amigos. Em
nenhuma parte, existem invejosos nem ciumentos. Este é o
mundo onde estou, meu amigo, e onde vocês chegarão
infalivelmente, se seguirem o caminho certo”. (Opus
Cit.).
Logo, coitado, ou coitada, realmente, não é de quem
falecera, mas de quem ainda está por aqui, na provação
necessária, na doença, na missão difícil de se cumprir,
na tarefa trabalhista, social, familiar, etc. e etc.
Portanto, força meu amigo, e, como diz o finalzinho
daquelas palavras da obra de Kardec: “Tratemos de seguir
o caminho reto”!
Quando, então, haveremos de encontrar a verdadeira
felicidade junto à Espiritualidade Maior no Reino dos
Céus, pois que só Jesus, por meio de seus sublimes
ditados: “...É o Caminho, a Verdade e a Vida”, sendo,
pois, o Mundo terreno, repleto de descaminhos, de
inverdades, de estagnação e morte do ímpio: desgarrado
filho pródigo!
(Observação: texto inspirado por ocasião
do trespasse ou desencarne de nossa querida irmã Vilma,
de já saudosa lembrança.)
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