Joias da poesia
contemporânea

Autoria: Olavo Bilac

 

Ante o alvorecer


Troa o canhão, de novo, à frente da batalha.

De novo, chora a paz, rasgando o próprio peito…

Sempre a postergação do bem e do direito

Que a sombra espessa e hostil menospreza e amortalha.


Mas além do pavor da noite e da metralha,

Sem a escura ilusão de mentiroso preito,

Fulge o reino imortal do Espírito Perfeito,

Onde o anseio da fé se aprimora e agasalha.


Do abismo tenebroso, em que ruge a procela,

A visão de Jesus renovadora e bela

Ressurgirá trazendo a luz risonha e forte.


Hosanas ao porvir da nova sementeira!

No Evangelho, resplende a vida verdadeira

Na grandeza do amor que vence a treva e a morte.


Do livro Cartas do Alto, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita