Podemos ter esperança?
Estamos em fevereiro de 2024! No calendário
recebido de uma empresa amiga foi marcado o dia
13 em vermelho dizendo que será terça-feira de
carnaval, o tão esperado feriado no “País do
carnaval”, título de uma obra imortal de Jorge
Amado escrito em 1930 e queimado em praça
pública em 1937 por seu conteúdo considerado
obsceno pelo regime ditatorial de 1937/1945.
O obsceno de ontem é o mesmo obsceno que hoje se
verifica no mundo político vulgarizando os
sentimentos humanos, em muitos segmentos
sociais. O mundo político brasileiro aflora
muito mais explícito neste período de carnaval
quando vemos uma apologia à insensatez e a tudo
que é contrário às leis da natureza, da moral
via corrupção dos costumes.
Pseudolíderes fabricados pela mídia corrupta
manipulam seus seguidores; apresentam-se como
inovadores e propõem comportamentos agressivos
induzindo especialmente os jovens e arrastando
multidões de desavisados. Quem tomou
conhecimento ou assistiu ao lançamento do CONAE
(Conferência Nacional de Educação/2024) iniciada
em setembro/23 e encerrada em 30 de janeiro/24
não deve ter ficado otimista com os rumos da
educação brasileira pelas sugestões feitas ao
Novo Ensino Médio e Base Nacional Comum. O
material colocado à disposição dos congressistas
para manuseio e exame, bem como os discursos de
autoridades educacionais, é de estarrecer
espíritos conservadores. É preciso mudar e
adaptar-se ao mundo novo? Essas mudanças
precisam ocorrer, com certeza, porém obedecendo
a padrões de éticas e comportamentos sociais e
profissionais, políticos e religiosos.
As drogas já invadiram as grandes cidades do
mundo e em nosso país não é diferente; cidades
de médio porte já enfrentam o que sempre é
associado à promiscuidade sexual. Programas
televisivos declaradamente pornográficos,
período de carnaval é oportuno para isto, nos
seus encontros festivos com sugestões ao álcool
e sensualidade que levam para dentro dos lares o
que há de mais pernicioso. No mercado das
competições, ídolos de barro em descontrole
emocional são devorados pelas máquinas
eletrônicas deixando sequelas na sociedade,
ceifando esperanças em floração nas gerações
novas.
Há exceções... temos que admitir! Não obstante,
muitos criticam os padrões da família
tradicional como abusiva e castradora, sugerem o
rompimento dos laços da afetividade biológica e,
materialistas confessos, combatem com firmeza
qualquer postura religiosa, considerando-a como
ultrapassada e obsoleta.
Esta crônica, expondo assuntos do cotidiano em
época de carnaval, colocou no alto, como
título:
PODEMOS TER ESPERANÇA?
Se depender das novas sugestões educacionais,
Não!
Pelo panorama da atualidade brasileira, nestes
dias de incertezas que devastam a cultura, a
arte, a educação, os ideais superiores, tem-se a
impressão de que o caos substitui a ordem e a
indignidade vence os sentimentos de honradez. No
país do carnaval o suborno, a impunidade, a
corrupção e a desfaçatez abraçam os poderes e
outras instituições da República e predominam,
com exceções compreensíveis, enquanto
inviabilizam a construção da nova sociedade; o
ensino fundamental, o médio e o superior nas
escolas públicas e particulares serão as
primeiras vítimas.
Todavia é inevitável o progresso intelecto-moral
da humanidade e, assim sendo, é forçoso repetir:
PODEMOS TER ESPERANÇA? – neste caso, SIM!
A esperança, irmã gêmea da fé, é a faculdade que
infunde coragem e impele à conquista do bem.
Observa-se um novo renascimento nas artes e o
Prêmio Nobel de 2023 é o melhor exemplo; o
progresso das ciências médicas e biológicas; a
física e química, economia, paz e literatura
atestam esses avanços.
Espíritos nobres do passado estão renascendo com
a missão de promover a beleza e os encantamentos
pelas manifestações simples e enriquecedoras da
vida em harmonia com a Natureza.
Emissários de Jesus reencarnados e desencarnados
trabalham incessantemente pela renovação
emocional e espiritual das criaturas que se
entregaram aos comportamentos perversos e agora,
tocados pelas mãos do Divino Mestre para o rumo
certo em plenitude, aceitam a redenção pessoal e
geral sem qualquer resistência.
Fonte:
Wikipédia/a enciclopédia livre.
FRANCO, Divaldo Pereira, pelo
Espírito Joanna de Ângelis, Estudos Espíritas,
3ª ed. FEB, RJ, 1982 e Tesouros Libertadores,1ª
Ed/2014, CE. Caminho da Redenção,
Salvador/Bahia.
N.R.:
Este texto foi
escrito no dia seguinte ao encerramento do
carnaval de 2024.