Promessa
Coração no candente pelourinho,
Humilhado nos últimos tormentos,
Exposto à fúria de tufões violentos,
Agoniado, exânime, sozinho…
Agradece ao medonho torvelinho…
A tua voz, em trágicos lamentos,
Rompe esferas, estrelas, firmamentos,
— Prece brilhando em fúlgido caminho!
Luta, mas vence o cárcere das trevas,
Sublimando o martírio a que te elevas,
Embora a própria angústia em pranto brades.
Extinta a noite do suplício extremo,
Desferirás teu voo alto e supremo
Na eternidade das eternidades!
Do livro Cartas do Alto, obra
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.