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Charles Lindbergh, aos 25 anos já era piloto veterano do
correio-aéreo e capitão da reserva da aeronáutica, e na
esperança de abocanhar um prêmio de 25 mil dólares
oferecido por Reymond Orteig (hoteleiro de Nova Iorque)
para quem vencesse num só reide, e sem escalas, a
distância de 3.600 milhas que separam Nova Iorque de
Paris, decide aventurar-se.
A fabricação do aparelho, um Ryan monoplano munido de
tanques especiais, motor Wright Whirlwind de 220 HP, não
tinha faróis, calefação, piloto automático e nem
dispositivos para derreter o gelo.
Charles Lindbergh em momento de inspiração deu ao seu
avião o nome de Spirit
of Saint Louis. Quando
ele subiu à cabine às 7h40min da manhã sem ter dormido
nas 24 horas anteriores, iria lamentar isso cada vez
mais nas horas seguintes. A decolagem foi difícil e ele
escreveu: "Por volta das 7h45min foi dada a partida ao
motor e às 7h52min alcei voo rumo a Paris", isto em 20
de maio de 1927. Agora, sobre a enorme vastidão do mar
escuro, o piloto solitário dispunha-se a enfrentar a
maior batalha de sua vida: tempestades, névoas e gelo
lutavam contra ele. A 18 horas de distância de Nova
Iorque, percorrida metade do caminho, o sol levantou-se
no Velho Mundo. Lindbergh sabia que já não podia voltar
atrás. Nesse instante uma nova e terrível luta se
travou. Precisava dormir. Ele sacudia a cabeça, batia o
rosto contra a palma da mão, remexia-se para se
distrair. As paredes da cabine de pano, sem pintura,
confundiam-se com as nuvens cinza, produzindo um efeito
paralisante. Foi
então que aconteceu!
Em seu livro "The Spirit of Saint Louis" descreve sua
luta contra o sono e a fadiga, um relato de sua
inconsciência durante o voo, quando uma simples
distração provocaria a queda fatal. Lindbergh narra,
então, como formas espirituais entraram no avião e diz
que sem a participação deles nunca teria chegado a
Paris. Um Espírito guia o ajudava a afastar o sono. Era
uma força invisível que o arrancava dos abismos do sono.
E descreve como voou quase automaticamente: o avião se
desviava de seu rumo, o Espírito guia trazia-o de volta
ao estado de consciência.
Lindbergh escreveu:
"Embora eu não tire os olhos dos instrumentos, durante
um tempo que me parece estranho, ao mesmo tempo cheio de
sono, a cabine se enche de presenças fantásticas (...)
não sinto surpresa nem medo ao vê-las, sem virar a
cabeça, eu as vejo tão claramente como se meu crânio se
tornasse um olho que vê por todos os lados ao mesmo
tempo. Agora são muitos em torno de mim... e me falam
com uma voz forte, mais forte que o ruído do motor. Suas
vozes me aconselham sobre o voo, discutem problemas de
navegação, corrigindo e dando-me orientação de
extraordinária importância. A distância entre Nova
Iorque e Paris já não importa, meu corpo deixou de ter
peso”. “Esses Espíritos parecem constituir uma reunião
de família e de amigos, depois de anos de separação
entre nós, como se eu os tivesse conhecido antes, em uma
encarnação anterior.”
Finalmente, após horas dessa companhia espiritual,
Lindbergh chega à Paris. Foi uma apoteose. Depois
retorna aos Estados Unidos como herói. Seu voo foi
importantíssimo para o progresso da aviação e seu
sucesso deveu-se inegavelmente à cooperação direta dos
Espíritos.
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