Duas graves
lições
As instruções de
Emmanuel são
valiosíssimas,
como é de
conhecimento do
movimento
espírita. As
lições saltam ao
raciocínio, ao
sentimento, com
advertências
profundas, mas
sempre
fraternas,
vindas da
sensibilidade e
conhecimento do
referido autor.
Do livro Vinha
de Luz,
dentre tantas
pérolas ali
reunidas,
colhemos duas
para dividir com
os leitores. São
os capítulos 43
– Vós, portanto
e 61 – Também
tu. Embora sejam
focos
diferentes,
selecionei
trechos parciais
para reflexão do
leitor.
No primeiro
deles, após
citar que “O
mundo está cheio
de enganos de
homens
abomináveis que
invadiram os
domínios da
política, da
ciência, da
religião e
ergueram
criações
chocantes para
os espíritos
menos avisados
(...)” e que
“(...) contam-se
por milhões as
almas com eles
arrebatadas às
surpresas da
morte e
absolutamente
desequilibradas
nos círculos da
vida espiritual.
(...)”, o autor
argumenta “Do
cume falso de
suas noções
individualistas
precipitam-se em
despenhadeiros
apavorantes,
onde perdem a
firmeza e aluz”.
A advertência é
grave, a
conclusão das
ilusões é óbvia
e nem poderia
ser diferente.
Mas ainda mais
grave é a
conclusão do
texto breve e
profundo: “(...)
o discípulo de
Jesus,
bafejado pelos
benefícios do
Céu todos os
dias, que se
rodeia de
esclarecimentos
e consolações,
luzes e bênçãos,
esse deve saber,
de antemão,
quanto lhe
compete realizar
em serviço e
vigilância e,
caso aceite as
ilusões dos
homens
abomináveis,
agirá sob a
responsabilidade
que lhe é
própria,
entrando na
partilha das
aflitivas
realidades que o
aguardam nos
Planos
inferiores.”
Já no segundo
dos textos, no
capítulo 61,
acima citado, do
mesmo livro, o
autor inicia
comentando sobre
as “(...)
cogitações do
farisaísmo,
relativamente a
Lázaro, nas
horas supremas
de Jesus. Não
bastava a
crucificação do
Mestre.
Intentava-se,
igualmente, a
morte do amigo
de Betânia
(...)”.
Lembrando que o
farisaísmo
lembra
hipocrisia ou
apenas aparência
exterior, o
autor comenta:
“(...) O
farisaísmo dos
velhos tempos
ainda é o mesmo
nos dias que
passam (...).
Qualquer homem,
renovado em
Cristo, o
incomoda. (...)”
Ele, o
farisaísmo,
“(...) Instala
perseguições,
desclassifica-os
na convenção
puramente
humana, tenta
anular-lhes a
ação em todos os
setores da
experiência
(...)”.
E adverte os
discípulos
sinceros,
renovados no
bem:
“Tem, pois,
cuidado contigo
mesmo. Se te
sentes trazido
da sombra para a
luz, do mal para
o bem, ao
sublime influxo
do Senhor,
recorda que o
farisaísmo,
visível e
invisível,
obedecendo a
impulsos de
ordem inferior,
ainda está
trabalhando
contra o valor
de tua fé e
contra a força
de teu ideal.
Não bastou a
crucificação do
Mestre. Também
tu conhecerás o
testemunho.”
Nada mais a
dizer, no pensar
dos dias atuais.
São lições
graves, a serem
pensadas e
repensadas.
A cada lição uma
profunda
reflexão.