Certa vez, Chico contou-nos o seguinte fato:
Dr. Eurípedes Tahan, nosso querido médico e amigo, me falou
sobre um remédio que eu deveria experimentar, pois iria me
fortalecer bastante. Eu queria muito tomar o remédio. Mandei
procurar em Uberaba, mas não encontrei; pedi aos amigos de Belo
Horizonte, do Rio de Janeiro, de São Paulo e ninguém conseguiu
encontrar o remédio. Eu, aqui mesmo, nesta mesa, com muita
vontade de experimentar o remédio, lembrei que este é o local
onde eu passo constantemente os telegramas dos meus amigos, das
mães que me pedem algo, e eu sempre direciono esses telegramas a
Jesus, com as súplicas das nossas irmãs e irmãos. Aqui mesmo,
sentado, eu falei: - Por que eu não passar também, um telegrama
para Jesus? Então, eu vou passar o meu telegrama para Jesus
pedindo o meu remédio. E eu comecei mais ou menos assim: - Meu
querido Mestre Jesus. Sei que não mereço, mas nesta mesa e neste
mesmo local, onde eu passo os telegramas dos meus amigos, aqui
estou passando o meu telegrama também. É que eu gostaria muito
de experimentar esse remédio. Já pedi em Uberaba, Belo
Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e, quem sabe, algum amigo
generoso possa encontrar esse remédio e me enviar. Mestre
querido me perdoe por tal súplica, mas aqui neste mesmo local eu
tenho pedido pelos meus amigos, agora estou fazendo o meu
pedido.
Feito isso, ele pediu a Dinorá, servidora da casa, para não
mexer nos papéis das rogativas sobre a mesa, pois ele também
estava passando seu telegrama. Passados cinco ou seis dias,
chegou uma caixinha e o remédio estava lá dentro. Procurou pelo
remetente e surpreso dizia para consigo: - Meu Deus, o remédio
está aqui!! Esse amigo me mandou e não deixou o seu endereço,
como posso agradecer a ele?
Olhando a caixinha ele viu carimbado que vinha do sul do país,
preocupou-se. Quem teria enviado o remédio, tinha muitos amigos
no sul do país? Emmanuel ao seu lado perguntou:
- Chico, o que está acontecendo? Por que tanta preocupação?
- Eu passei um telegrama para Jesus aqui nesta mesa, pedindo a
Jesus o meu remédio; o remédio veio e eu não consigo agradecer a
esse amigo, porque não tem remetente.
Emmanuel indaga: - A quem você pediu o remédio? - Eu pedi a
Jesus! Respondeu.
- Pois agradeça a Jesus, foi nosso Mestre que mandou que
procurássemos e providenciássemos esse remédio para você. Agora
você tem o remédio, foi atendido por Jesus. Agradeça a Jesus,
Chico. É dessa maneira que você tem que fazer.
Do livro Nossos momentos com Chico Xavier – o homem chamado
Amor, de Oswaldo Godoy Bueno.
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