A
Doutrina da
transformação
moral
Esta reflexão
destaca um dos
propósitos do
Espiritismo como
codificação de
esclarecimentos
espirituais para
estimular a
transformação
moral do ser
humano, focando
a importância de
se praticar os
ensinamentos e
exemplos do
Cristo em ações
de servir
mediante obras
edificantes para
a própria
evolução moral e
de seus
semelhantes.
A Doutrina
Espírita tem
Jesus como
modelo e guia,
representando o
tipo de
perfeição moral
a que a
Humanidade pode
aspirar na
Terra.
O Mestre revelou
a verdade divina
pela Palavra que
liberta a todos
que creem e
praticam os seus
ensinamentos e
exemplos como
roteiros de
vida,
conduzindo-os
pelo caminho do
progresso moral
e espiritual.
O seu Evangelho
é o maior código
moral existente,
ensinando a
colocar em
prática as leis
de Deus. O amor
a Deus não pode
se dar sem o
amor ao próximo
em toda a sua
abrangência e
plenitude.
Assim, o
Espiritismo foca
a prática da
caridade como
meio de salvar a
alma para
promover o
progresso
espiritual na
busca da
perfeição.
A respeito desse
foco, o Espírito
Emmanuel, no
livro Pão
nosso, pela
psicografia de
Francisco
Cândido Xavier,
“No serviço
cristão”, alerta
para questões
essenciais, em
que determinados
trabalhadores,
aprendizes ou
grupos espíritas
concentram seus
esforços tão
somente em
estudos e
investigações de
problemas,
temas, assuntos
ou fenômenos que
não conduzem
para a
transformação
moral do ser
humano.
Emmanuel ensina:
“Não falta quem
veja no
Espiritismo mero
campo de
experimentação
fenomênica, sem
qualquer
significação de
ordem moral para
as criaturas.
Muitos
aprendizes da
consoladora
Doutrina, desse
modo, limitam-se
às investigações
de laboratório
ou a discussões
filosóficas.
(...)
Não vale
pesquisar
recursos que não
nos dignifiquem.
(...)
Não adianta
guardar a
certeza na
sobrevivência da
alma, além da
morte, sem o
preparo
terrestre na
direção da vida
espiritual. E
nesse esforço de
habilitação, não
dispomos de
outro guia mais
sábio e mais
amoroso que o
Cristo.
Somente à luz de
suas lições
sublimes é
possível
reajustar o
caminho, renovar
a mente e
purificar o
coração. (...)
O problema não é
apenas de saber.
É o de
reformar-se cada
um para a
extensão do bem.
Afeiçoemo-nos,
pois, ao
Evangelho
sentido e
vivido,
compreendendo o
imperativo de
nossa iluminação
interior, porque
(...) ‘todos
devemos
comparecer ante
o tribunal do
Cristo, a fim de
recebermos, de
acordo com o que
realizamos,
estando no
corpo, o bem ou
o mal’.”
Emmanuel chama
atenção acerca
de estudos e
debates que não
conduzem para a
transformação
moral das
pessoas.
Que adianta
saber da
imortalidade do
Espírito se esse
conhecimento não
beneficia
mudanças de
comportamento
mediante serviço
edificante que
prepare a futura
morada?
Para que saber
do perdão se sou
incapaz de
perdoar quem me
ofende? Então, a
oração do Pai
Nosso é composta
de palavras sem
sentidos
práticos.
Que importa
saber do amor se
mantenho o
coração com
sentimentos de
ódio, raiva e
rancor?
As consequências
dos
esclarecimentos
espíritas devem
estimular a
reforma íntima
na prática do
bem para a
construção do
reino de Deus
dentro de si.
Por isso,
imprescindível
caminhar com
Jesus pelas
verdades divinas
que libertam a
alma em direção
ao Pai.
A Doutrina
Espírita procura
elucidar o
ensino moral
cristão à luz da
nova revelação,
estimulando a
reforma íntima,
em que os
ensinamentos do
Mestre Jesus
constituem
roteiro de
condutas para a
conquista dos
tesouros
celestiais que
nem a traça e a
ferrugem
consomem, e onde
os ladrões não
minam nem
roubam.
O Evangelho tem
que ser
compreendido,
meditado,
sentido e
vivido,
porquanto ele é
referência para
regenerar e
retificar
sentimentos e
atitudes
viciosas. São
aprendizados
renovadores que
indicam o
caminho, o
roteiro de ação
e a diretriz
para o
aperfeiçoamento
de cada ser.
Pelo Evangelho
redivivo, tem-se
a oportunidade
de reajustamento
de todos os
valores humanos,
como processo
libertador de
consciência que
produz
resultados
inestimáveis.
O Espírito
esclarecido
adquire nova
visão da vida,
de si mesmo e do
outro. Permite
perseguir
parâmetros
comportamentais
que auxiliam a
sua melhoria e
do próprio
mundo.
Tendo
consciência de
si mesmo, pelo
autoconhecimento
e
autodescobrimento,
o ser humano é
estimulado a
modificar-se
para melhor,
porque passa a
compreender a
necessidade de
ser bom e
progredir
moralmente. Em
decorrência, a
alma tocada pelo
amor divino
persevera na
prática do bem e
passa a assumir
responsabilidades,
compromissos e
deveres para
combater as suas
más tendências.
A Doutrina
Espírita mostra
o caminho a ser
seguido em um
longo processo
evolutivo de
pluralidade de
existências,
tendo por
fundamento os
ensinamentos do
Cristo deixados
em seu Evangelho
de amor e luz.
A mensagem
cristã do
merecimento
segundo as suas
obras estimula o
trabalho e o
esforço
individual como
mola propulsora
da construção do
saber e da
moralização,
ainda que o
Espírito viva em
um mundo de
expiações e
provas.
As boas obras
meritórias da
caridade devem
ser praticadas
sem ostentação.
O que precisamos
da árvore são
bons frutos,
pois seremos
julgados pelo
que fizemos ou
deixamos de
fazer. Não se
pode perder o
foco do lema
espírita: fora
da caridade não
tem salvação!
Nesse contexto,
o espírita deve
dar exemplo,
confiabilidade e
autoridade
àquilo que prega
e difunde.
O momento atual
exige
perseverança e
vigilância por
parte dos
trabalhadores
espíritas. A
retidão de
comportamento,
atitude e
procedimento no
caminho do bem e
da caridade terá
efeito
aglutinador pelo
exemplo de fé,
esperança e
confiança em
Deus e no Mestre
Jesus.
Cresce de
importância
assimilar os
verdadeiros
entendimentos
doutrinários
espíritas,
mediante a
correta
compreensão dos
princípios do
Espiritismo,
estimulando a
prática das
verdades que
libertam a alma.
Portanto,
permanecendo na
Palavra e
conhecendo a
verdade divina
na busca da
transformação
moral
libertadora, a
perseverança e a
vigilância
surgem como
essenciais
preceitos de
conduta nas
lutas
renovadoras, das
quais somos
convocados a
fazer as
escolhas mais
acertadas em
prol dos mais
elevados
sentimentos de
fraternidade
universal, pela
prática da
caridade conosco
e aos nossos
semelhantes.
Bibliografia:
EMMANUEL
(Espírito);
(psicografado
por) Francisco
Cândido Xavier. Pão
nosso. 1ª
Edição.
Brasília/DF:
Federação
Espírita
Brasileira,
2018.
MOURA, Marta
Antunes de
Oliveira de
(Organizadora). Estudo
aprofundado da
Doutrina
Espírita:
filosofia e
ciências
espíritas.
Livro V. 1ª
Edição.
Brasília/DF:
Federação
Espírita
Brasileira,
2017.