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por Roni Ricardo Osorio Maia

 

Deus – Causa Primeira


Este artigo foi compilado com base em nossa obra: Os girassóis se abrem ao sol - a ser publicada em junho de 2024. Allan Kardec quando iniciou os questionamentos da basilar obra O Livro dos Espíritos[1] fez questão de perguntar: “que” é Deus? E não interrogou: “quem” é Deus? O Codificador, logicamente, desfez-se da antiga suposição humanística de Deus; ao desvincular o Criador das apreensões humanas, rótulos e características, que nele projetaram e estabeleceram como alguns dogmas, que existiam por séculos, e ao elevar Deus ao Infinito, a explicação espírita assim se apresentou: “Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas.” Tal citação extraída da questão número 1 do livro em tela é a mais cabível, fundamentada nos esclarecimentos fornecidos pelos espíritos superiores ao Organizador da doutrina espírita.

Relembramos que, no memorável livro Pai Nosso[2], pelo venerando espírito Meimei, livro que muito apreciamos, psicografado por Francisco Cândido Xavier, há o apropriado conto Existência de Deus. A narrativa diz-nos que um humilde velho servo analfabeto, de origem árabe, orava com muita veneração; um dia, o líder caravaneiro indagou por que ele rezava com tamanha fé, já que não sabia ler. Então, o servo apresentou-lhe três perguntas: como reconhecia o remetente de uma carta? A marca de uma joia? Os caminhos de animais próximos ao acampamento? E, respectivamente, o senhor respondeu pela ordem: pela letra, pelo ourives e conforme os rastros. Em seguida, o ancião chamou o rico ateu para fora da tenda e lhe mostrou o céu cintilante de estrelas com lua brilhante e afirmou: aquelas estrelas não seriam obras humanas. Em seguida, o senhor ajoelhou-se com o servo e juntos se colocaram a orar. Bela demonstração de um ser redimido perante o Criador.

Deus está no pensamento mais íntimo de suas criaturas; algumas delas insistem em desacreditar uma grandeza superior, porém o ser inteligente tem como ideia inata essa noção de que existe um Ser Supremo, e os homens sempre recebem testemunhos incontestáveis dessa grandiosidade infindável. Há engano na dúvida em relação a Deus, à sua onipotência e à sua soberania; Apesar de todos os nossos ímpetos e das ações que nos comprometem, se porventura nos impedem melhores condições, reafirmemo-nos na confiança em Deus. Busquemos nos fixar em caminhos religiosos, ancoremo-nos em condições morais melhores, preparemo-nos para soerguer o decaído ou o sofredor, principalmente, o tarefeiro espírita que receberá os aflitos e deverá ampará-los diante de seus males, por meio de explicações plausíveis, evidentemente, as espirituais.  


Roni Ricardo Osorio Maia reside em Volta Redonda (RJ).


 

[1] O Livro dos Espíritos, 2 ed - CELD.

[2] Pai Nosso,  21  ed -  FEB.


    

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita