Cinco-marias

por Eugênia Pickina

 

Incentive seu filho a contribuir com a dinâmica da casa


A pessoa que é servida ao invés de ser ajudada está sendo impedida de desenvolver a sua própria independência.
 Maria Montessori


Minha avó dizia: as tarefas que surgem em casa devem ser assumidas por todos: esposa, marido, filhos e demais pessoas que convivem sob o mesmo teto.

O trabalho doméstico é responsabilidade da família. E, por isso, os pais devem chamar os filhos desde cedo para contribuírem com a limpeza e organização da casa.

Outro aspecto relevante na educação dos filhos: o cumprimento dos afazeres domésticos ensina as crianças a valorizar o esforço que os pais e irmãos fazem por elas, a exercitar a responsabilidade, a vontade, a autoestima, a disciplina, o espírito cooperativo, a gratidão e o sentido de pertencimento.

Grande parte das lições treinadas em casa, na garantia do cuidado com o lar, serão determinantes para formar uma personalidade autônoma, baseada no esforço e na capacidade de resolução de problemas.

Insisto com os pais: é em casa, no meio dos pratos por lavar, das camas por serem arrumadas e da pilha de roupas para passar, que se aprendem virtudes, exemplos de conduta, boa comunicação, disciplina, táticas de negociação. Também é ali, no dia a dia, que se desenvolvem a empatia, a persistência, a criatividade para enfrentar desafios e tantas outras habilidades que estruturam a nossa humanidade.

O que é importante discernir? A criança pode começar ajudando com tarefas básicas, como recolher os brinquedos, organizar o quarto, recolher a roupa suja, pôr a mesa ou alimentar o animal de estimação da casa.

Pouco a pouco, os pais devem ir aumentando o grau de dificuldade e o número de atividades. No caso dos adolescentes, as tarefas devem ser mais complexas, como preparar refeições simples e lavar roupas.

Os pais devem mostrar a seus filhos como se realiza cada atividade, pois as crianças precisam saber com exatidão o que se espera delas. É recomendável, ainda, ensinar à criança uma tarefa de cada vez, para não confundi-la.

Por último, é preciso explicar às crianças por que ajudar é importante e como isso contribui para o bem-estar da família. 


 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita