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por Jane Martins Vilela

 

Grão de mostarda 


“Tende fé em Deus. Eu vo-lo digo em verdade que todo aquele que disser a essa montanha: tira-te daí e lança-te ao mar, e isso sem hesitar no coração, mas crendo firmemente que tudo o que houver dito acontecerá, ele o verá com efeito acontecer
...” – Jesus (Marcos, cap. XI:12 a 23.)


Jesus certa feita disse que se tivéssemos fé do tamanho de um grão de mostarda, que é minúsculo, moveríamos montanhas. Montanhas essas que são as dificuldades que enfrentamos.

Pessoas valorosas há que demonstram isso. Há inumeráveis relatos.

Conversando com uma senhora, foi-lhe pedido que fizesse um exame para averiguação, pois ela teria que tomar uma medicação de modo permanente, em razão de sua tireoide não mais trabalhar. Ela suportou determinado remédio por algum tempo, mas achou que estava fazendo-lhe muito mal e parou. Instamos que não parasse, que ele lhe era necessário, mas, como já fazia 4 meses que parara, pedimos que repetisse o exame, raciocinando que deveria estar muito alterado na ausência da medicação.

Para surpresa nossa, tudo estava absolutamente normal, mesmo após 4 meses sem medicação. Não recomendamos tal atitude a ninguém, mas essa senhora nos fez lembrar da assertiva de Jesus: “a tua fé te curou”.

 A fé dessa senhora é muito grande. Quando dissemos que seu exame estava normal, ela respondeu que foi Deus, que ela acreditava muito e que rogara isso a ele.

Comentamos com ela que também acreditamos, pois Jesus nos afirmava que nos fosse feito de acordo com nossa fé. E lhe dissemos que ela nos fez lembrar um episódio acontecido com o nosso querido Chico Xavier. Quem já leu ou soube dessa história vai-se recordar.

Ele atendia, com a psicografia, receitando através da orientação do Dr. Bezerra de Menezes. Um dia lá chegou uma senhora pálida, com tosse e emagrecida, referindo ao Chico que estava com tuberculose e precisava de ajuda. O Dr. Bezerra lhe passou uma medicação para tomar por cerca de trinta dias. A mulher agradeceu e se foi.

Passaram-se meses e nenhuma notícia dela. Chico Xavier, quando se lembrava dela, se preocupava, Ela não aparecera mais. Será que sarou ou a tuberculose se agravou e ela morreu?

Um dia o médium a encontrou e viu que ela estava muito bem. Ela havia-se submetido a exames médicos e tinha ficado curada. Ele lhe perguntou se ela tinha tomado a medicação do Dr. Bezerra. Não, ela não comprou os remédios, porque não teve dinheiro para comprar. Então, perguntou ele: – Como a senhora sarou?

A senhora respondeu:

– Eu cortei o papel da receita em 30 pedaços e todos os dias pedia ao Dr. Bezerra para me ajudar. Orava e tomava um pedaço do papel, com água. Durante trinta dias. Fiquei curada – completou a senhora.

Se tivéssemos essa fé tudo nos seria mais fácil.

Essa senhora com quem conversamos, muito fervorosa em sua religião, não espírita, nos disse então que, quando falamos o nome do Dr. Bezerra, ela se lembrou de que sua falecida mãe lhe disse que foi o Dr. Bezerra quem a curou, através de um médium. Sua mãe era pequenina quando teve paralisia infantil. Não andava e ainda usava umas botas pesadas, com uns ferros. Todos tinham muito cuidado com ela. Seu pai exigia que os irmãos lustrassem suas botas todos os dias. Eles brincavam que teriam de amá-la muito, pelos cuidados que o pai exigia deles. Eram onze irmãos.

Essa senhora tem hoje mais de 60 anos. Um dia, no colo do pai, após o tratamento do Dr. Bezerra, ela começou a chorar e espernear, contou-lhe o pai, pois ela não se lembrava mais disso. Esperneava e chorava querendo ir para o chão. O pai então permitiu e, para surpresa de todos, ela deu alguns passos e a partir dali começou a andar.

– Tenho muita fé, disse-nos ela e converso muito com Deus. – Meu filho começou a trabalhar na época com 12 anos, ainda não era proibido. Foi guardando o dinheiro que ganhava e ela nem sabia. Um dia, com 20 anos, mostrou-lhe uma moto que queria comprar.

Ela lhe perguntou como ele compraria, se não tinha dinheiro. Ele então lhe mostrou o dinheiro que ganhara e juntara. Ao ver aquilo ela o proibiu de comprar a moto. Ficou temerosa. Ele obedeceu. Não comprou.

Passado um bom tempo, ele insistiu. Ela então lhe pediu que esperasse mais. Que ela iria orar, para saber. Ao orar, ouviu uma voz que lhe disse que seu filho estava protegido, que nenhum mal lhe aconteceria. Sentiu-se fortalecida e lhe deu permissão para comprar a moto. Seu filho hoje tem 27 anos, casado, tem carro e nem usa a moto....

São relatos da mesma pessoa que parou a medicação da tireoide.

Grande é a sua fé!

Não recomendamos que pare a medicação sem ordem médica, mas se tivéssemos a fé do tamanho de um grão de mostarda, uma fé como a dessa senhora, provavelmente estaríamos todos bem.

Aumentemos nossa fé, queridos irmãos, e oremos com maior intensidade, pois os tempos estão muito difíceis, muitas provações em toda a parte e é melhor confiarmos muito em Deus.

Que tenhamos fé, aquela fé raciocinada, que esteja sobre a rocha e que as tempestades que surjam não derrubem a casa assentada sobre ela. Que ela fique firme.


 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita