Grão de mostarda
“Tende fé em Deus. Eu vo-lo digo em verdade que todo
aquele que disser a essa montanha: tira-te daí e
lança-te ao mar, e isso sem hesitar no coração, mas
crendo firmemente que tudo o que houver dito acontecerá,
ele o verá com efeito acontecer...”
– Jesus (Marcos, cap. XI:12 a 23.)
Jesus certa feita disse que se tivéssemos fé do tamanho
de um grão de mostarda, que é minúsculo, moveríamos
montanhas. Montanhas essas que são as dificuldades que
enfrentamos.
Pessoas valorosas há que demonstram isso. Há inumeráveis
relatos.
Conversando com uma senhora, foi-lhe pedido que fizesse
um exame para averiguação, pois ela teria que tomar uma
medicação de modo permanente, em razão de sua tireoide
não mais trabalhar. Ela suportou determinado remédio por
algum tempo, mas achou que estava fazendo-lhe muito mal
e parou. Instamos que não parasse, que ele lhe era
necessário, mas, como já fazia 4 meses que parara,
pedimos que repetisse o exame, raciocinando que deveria
estar muito alterado na ausência da medicação.
Para surpresa nossa, tudo estava absolutamente normal,
mesmo após 4 meses sem medicação. Não recomendamos tal
atitude a ninguém, mas essa senhora nos fez lembrar da
assertiva de Jesus: “a tua fé te curou”.
A fé dessa senhora é muito grande. Quando dissemos que
seu exame estava normal, ela respondeu que foi Deus, que
ela acreditava muito e que rogara isso a ele.
Comentamos com ela que também acreditamos, pois Jesus
nos afirmava que nos fosse feito de acordo com nossa fé.
E lhe dissemos que ela nos fez lembrar um episódio
acontecido com o nosso querido Chico Xavier. Quem já leu
ou soube dessa história vai-se recordar.
Ele atendia, com a psicografia, receitando através da
orientação do Dr. Bezerra de Menezes. Um dia lá chegou
uma senhora pálida, com tosse e emagrecida, referindo ao
Chico que estava com tuberculose e precisava de ajuda. O
Dr. Bezerra lhe passou uma medicação para tomar por
cerca de trinta dias. A mulher agradeceu e se foi.
Passaram-se meses e nenhuma notícia dela. Chico Xavier,
quando se lembrava dela, se preocupava, Ela não
aparecera mais. Será que sarou ou a tuberculose se
agravou e ela morreu?
Um dia o médium a encontrou e viu que ela estava muito
bem. Ela havia-se submetido a exames médicos e tinha
ficado curada. Ele lhe perguntou se ela tinha tomado a
medicação do Dr. Bezerra. Não, ela não comprou os
remédios, porque não teve dinheiro para comprar. Então,
perguntou ele: – Como a senhora sarou?
A senhora respondeu:
– Eu cortei o papel da receita em 30 pedaços e todos os
dias pedia ao Dr. Bezerra para me ajudar. Orava e tomava
um pedaço do papel, com água. Durante trinta dias.
Fiquei curada – completou a senhora.
Se tivéssemos essa fé tudo nos seria mais fácil.
Essa senhora com quem conversamos, muito fervorosa em
sua religião, não espírita, nos disse então que, quando
falamos o nome do Dr. Bezerra, ela se lembrou de que sua
falecida mãe lhe disse que foi o Dr. Bezerra quem a
curou, através de um médium. Sua mãe era pequenina
quando teve paralisia infantil. Não andava e ainda usava
umas botas pesadas, com uns ferros. Todos tinham muito
cuidado com ela. Seu pai exigia que os irmãos lustrassem
suas botas todos os dias. Eles brincavam que teriam de
amá-la muito, pelos cuidados que o pai exigia deles.
Eram onze irmãos.
Essa senhora tem hoje mais de 60 anos. Um dia, no colo
do pai, após o tratamento do Dr. Bezerra, ela começou a
chorar e espernear, contou-lhe o pai, pois ela não se
lembrava mais disso. Esperneava e chorava querendo ir
para o chão. O pai então permitiu e, para surpresa de
todos, ela deu alguns passos e a partir dali começou a
andar.
– Tenho muita fé, disse-nos ela e converso muito com
Deus. – Meu filho começou a trabalhar na época com 12
anos, ainda não era proibido. Foi guardando o dinheiro
que ganhava e ela nem sabia. Um dia, com 20 anos,
mostrou-lhe uma moto que queria comprar.
Ela lhe perguntou como ele compraria, se não tinha
dinheiro. Ele então lhe mostrou o dinheiro que ganhara e
juntara. Ao ver aquilo ela o proibiu de comprar a moto.
Ficou temerosa. Ele obedeceu. Não comprou.
Passado um bom tempo, ele insistiu. Ela então lhe pediu
que esperasse mais. Que ela iria orar, para saber. Ao
orar, ouviu uma voz que lhe disse que seu filho estava
protegido, que nenhum mal lhe aconteceria. Sentiu-se
fortalecida e lhe deu permissão para comprar a moto. Seu
filho hoje tem 27 anos, casado, tem carro e nem usa a
moto....
São relatos da mesma pessoa que parou a medicação da
tireoide.
Grande é a sua fé!
Não recomendamos que pare a medicação sem ordem médica,
mas se tivéssemos a fé do tamanho de um grão de
mostarda, uma fé como a dessa senhora, provavelmente
estaríamos todos bem.
Aumentemos nossa fé, queridos irmãos, e oremos com maior
intensidade, pois os tempos estão muito difíceis, muitas
provações em toda a parte e é melhor confiarmos muito em
Deus.
Que tenhamos fé, aquela fé raciocinada, que esteja sobre
a rocha e que as tempestades que surjam não derrubem a
casa assentada sobre ela. Que ela fique firme.
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