Justa e equitativa lei
A reencarnação é dádiva muito preciosa que não
podemos desconsiderar
“A união e a afeição que existem entre pessoas
parentes
são um sinal da simpatia anterior que as
aproximou.” 0 Allan
Kardec
“És mestre em Israel e ignoras estas coisas? ”
Hoje, como ontem, ainda existem muitos cegos
guiando cegos... A perplexidade do mestre
Nicodemos é a perplexidade e ignorância de
muitos contemporâneos nossos... São os “líderes” religiosos
que, ignorando uma coisa tão elementar como a
reencarnação, levam magotes de criaturas a
permanecerem na mais santa ignorância,
lesando-lhes a possibilidade de alcançar o
conhecimento superior.
Segundo Emmanuel , “(...)
a reencarnação, por divino instituto de
aperfeiçoamento, nos abre incessantemente as
portas abendiçoadas de novas realizações.
A ideia da reencarnação vem das remotas
civilizações e só ela pode dar ao homem a
solução dos problemas do destino e da dor.
Todos os grandes filósofos dos tempos antigos a
aceitavam e só nos últimos séculos a verdade da
preexistência das almas foi obscurecida pelos
argumentos sub-reptícios de quantos desejam
conciliar, inutilmente, os interesses de ordem
divina, com as causas passageiras do egoísmo do
mundo”.
As pessoas afirmam: “não aceito a
reencarnação!” Ora, o condenado também não
aceita a prisão e, não obstante, submete-se a
ela... Aceitando-a ou não, estamos submetidos à
reencarnação. E ainda bem que é assim, pois o
homem – até hoje – nas questões de
jurisprudência ainda não conseguiu criar nada
mais justo.
SE A REENCARNAÇÃO NÃO EXISTISSE SERIA NECESSÁRIO
INVENTÁ-LA
No estágio evolutivo em que nos encontramos, não
poderíamos acreditar e muito menos confiar na
bondade de Deus se a reencarnação não existisse,
tais os desníveis sociais e injustiças de
variegado matiz.
Lemos algures em
a Revue Spirite: “(...)
Bem compreendida, a reencarnação ensina aos
homens que aqui se acham num lugar de passagem,
onde são livres de não mais voltar, se para
tanto fizerem o que é necessário; que o poder,
as riquezas, as dignidades, a ciência não lhe
são dados senão a título de provas, como meio de
progredir para o bem; que não estão em suas mãos
senão como um depósito e um instrumento para a
prática da lei de amor e da caridade; que o
mendigo que passa ao lado de um grão-senhor é
seu irmão perante Deus e, talvez, o tenha sido
perante os homens; que, talvez tenha sido rico e
poderoso; se agora se acha numa condição obscura
e miserável, é por ter falido em suas terríveis
provas, lembrando assim aquela célebre frase, do
ponto de vista das condições sociais: “há apenas
um passo do Capitólio à rocha Tarpeia”,
com a diferença de que pela reencarnação, o
Espírito se ergue de sua queda e pode, depois de
haver remontado ao Capitólio, lançar-se de seu
pico às regiões celestes, morada esplêndida dos
bons Espíritos.
A reencarnação, ao ensinar aos homens, segundo a
admirável expressão de Platão, que não há rei
que não descenda de um pastor nem pastor que não
descenda de um rei, apaga todas as vaidades
terrenas, liberta do culto material, nivela
moralmente todas as condições sociais; constitui
a igualdade, a fraternidade entre os homens,
como para os Espíritos, em Deus e diante de
Deus, e a liberdade que, sem a lei do amor e da
caridade, não passa de mentira e utopia.
O Espiritismo vem dar aos homens a unidade e a
verdade em todo progresso intelectual e moral,
grande e sublime empreendimento do qual não
passamos de humildes apóstolos.
Devemos nos dar por felizes por não mais
pertencermos à Terra pelo culto material, que
agora sabemos não ser para os nossos Espíritos
senão um lugar de exílio, a título de provas ou
de expiação! Devemos nos dar por felizes por
conhecer e ter compreendido a reencarnação com
todo o seu alcance e todas as suas
consequências, como realidade e não como
alegoria.
A reencarnação, essa sublime e equitativa
justiça de Deus, tão bela, tão consoladora,
desde que deixa sempre aberta a porta ao filho
pródigo, e que faz a criatura progredir para o
Criador”, elevando-a
aos cimos gloriosos da emancipação espiritual
depois de largo estágio nos vales sombrios da
ignorância.
Joanna de Ângelis, pela psicografia de seu
tutelado, Divaldo Franco, afirma ser a “(...)
reencarnação valioso método educativo de que se
utiliza a vida, a fim de propiciar os meios de
crescimento, desenvolvimento de aptidões e
sabedoria ao Espírito que engatinha no rumo da
sua finalidade grandiosa.
A reencarnação
desbasta as dívidas cármicas pela aplicação da
atividade bem orientada que se deve imprimir ao
labor da própria santificação. Portanto, a
reencarnação é dádiva muito preciosa que não
podemos desconsiderar”.