Quando o camelo
passa pelo
buraco da
agulha...
Existe uma
herança medieval
que se manifesta
como
“atavismo
palingênico” nos
confrades
espíritas: “Medo
de dinheiro”...
Talvez por
experiências mal
sucedidas em
encarnações
passadas, por
ideologias
totalitárias
baseadas em
utopias
sociológicas,
por religiosismo
maniqueísta...
muitas podem ser
as causas.
Independente da
etiologia dessa
“fobia
financeira”,
ainda
encontramos nas
casas
doutrinárias
tarefeiros que
acreditam que o
TER IMPEDE O SER
DE EVOLUIR, O
DINHEIRO É A
CAUSA DE TODA
MAZELA SOCIAL,
QUEM PROSPERA É
EGOÍSTA...
Chavões
alienantes e
tácitos, muitas
vezes presentes
como doutrinas
moralistas e
politicamente
correta, na vã
tentativa de
convencer dos
males do
dinheiro e de
como devemos,
para lograr
nossa evolução
espiritual,
afastar-nos de
seus tentáculos
sórdidos e
mundanos.
O TER nunca foi,
realmente, um
problema.
PRIORIZAR O TER
sim...
Baseado em
utopias
irrealistas, que
tolhem a
liberdade em
prol de uma
suposta e
absolutista
igualdade
social, seria um
crime e uma
profunda
violência contra
as
possibilidades
de evolução das
almas. Os
espíritos
veneráveis
asseveram que
existem dois
tipos de
desigualdade:
fruto da
injustiça social
(essa deve ser
combatida e
denunciada) e
fruto das
diferenças de
capacidade (essa
deve ser
preservada e
celebrada). E
mais. Em O
Livro dos
Espíritos é
dito que se der
100 moedas a
duas pessoas,
com o tempo uma
terá mil moedas,
a outra terá
apenas 10. Cada
uma as
administrará
conforme sua
capacidade,
compreensão e
espírito
empreendedor.
Aqueles que
foram
empobrecidos, e
por isso vítimas
de uma sociedade
injusta e
elitizante,
precisam ser
amparados pela
caridade
familiar, social
e do estado.
E os princípios
legais embora
imorais precisam
ser extirpados.
A raiz da
injustiça social
é uma chaga
aberta e coloca
a fome como uma
consequência
coletiva da
negligência e
egoísmo
coletivo.
Por outro lado,
se a
inteligência
criou a bomba
atômica, não é
sendo burro que
vamos resolver.
Da mesma forma,
se a acumulação
de riqueza causa
a fome, não é
todo mundo
virando
miserável que
vamos resolver o
problema. Os
espíritos
veneráveis nos
alertam sobre “o
uso” da
propriedade
privada, não
sobre sua
existência...
Em termos
materiais...
A MAIOR CARIDADE
QUE SE PODE
FAZER A SUA
FAMÍLIA É
PROSPERAR.
Se numa família
5 pedem esmola,
passam fome,
estão na
miséria, se um
prospera, agora
serão apenas
quatro na
mendicância. Que
maravilha!
Mesmo que esse
filho próspero
não ajude o
resto da
família, só em
ele prosperar já
diminuiu o
sofrimento do
mundo. É menos
um passando
fome.
Toda luta do
governo para
oferecer
“universidade
para todos”, é
uma tentativa de
dar, de forma
equitativa,
oportunidades
democráticas e
justas para uma
vida digna. A
alegria imensa
de uma família
quando seu filho
passa no
vestibular.
Quando ele se
forma... Quando
ele ingressa no
mercado de
trabalho...
São rituais
socializantes...
O espírita que
acredita que
todo próspero
financeiramente
é um explorador
da pobreza, além
de sofrer de
algum transtorno
medieval
neurótico, ainda
tenta inculcar
nos outros uma
profunda culpa e
medo
autodestruidores.
Uma sociedade
perfeita, ideal,
seria um mundo
de pessoas
prósperas, onde
todos têm o que
comer, onde
morar, saúde e
educação de
qualidade,
conseguir
viajar,
relacionamentos
saudáveis e não
precisa de ajuda
financeira dos
outros.
SIM, É MUITO
DIFÍCIL UM RICO
ENTRAR NO REINO
DOS CÉUS, MAS
NÃO É
IMPOSSÍVEL.
Aqueles que
temem o
dinheiro, fogem
de uma grande
oportunidade de
evoluir
moralmente e
intelectualmente.
Ser um bom
administrador é
uma qualidade
ética que pode
transformar a
vida de toda a
sua comunidade.
Geralmente, nos
centros
espíritas,
ninguém quer
cuidar da parte
financeira. Os
mentores
espirituais nos
dizem que são,
justamente,
aqueles que
abusaram da
riqueza que
evitam o
dinheiro e, por
outro lado,
aqueles que
tomam conta das
finanças, da
contabilidade,
pagar água e
luz, comprar
cadeiras, trocar
lâmpadas, são os
espíritos mais
honestos daquele
grupo.
Allan Kardec
esclarece: “Se
a riqueza é
causa de muitos
males, se
exacerba tanto
as más paixões,
se provoca mesmo
tantos crimes,
não é a ela que
devemos
inculpar, mas ao
homem, que dela
abusa, como de
todos os dons de
Deus. Pelo
abuso, ele torna
pernicioso o que
lhe poderia ser
de maior
utilidade. É a
consequência do
estado de
inferioridade do
mundo terrestre.
Se a riqueza
somente males
houvesse de
produzir, Deus
não a teria
posto na Terra.
Compete ao homem
fazê-la produzir
o bem. Se não é
um elemento
direto de
progresso moral,
é, sem
contestação,
poderoso
elemento de
progresso
intelectual.” (O
Evangelho
segundo o
Espiritismo.
Capítulo XVI.
Utilidade
providencial da
riqueza: provas
da riqueza e da
miséria.)