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por Cláudio Bueno da Silva

 

O plano de ação de Allan Kardec


Allan Kardec estabeleceu a teoria espírita baseado na realidade que os Espíritos lhe apresentaram da vida física, da vida invisível e suas relações. Mas não só nisso. Ele e os Espíritos se preocuparam com o aprimoramento da organização social da humanidade, e por isso procuraram ordenar, num conjunto impecável, as leis morais fundamentais para balizar essa organização.

Esse primor ético-moral está contido no Livro Terceiro de O Livro dos Espíritos. A ideia é esclarecer os homens quanto aos seus deveres e direitos, impulsionando o seu progresso e alertando-os quanto à necessidade da busca do conhecimento e do esforço de cada um.

A Terra é ainda um planeta de sofrimento e incompreensões, cuja humanidade vem se preparando através de lutas insanas ao longo dos séculos para alcançar melhores condições de vida. E creio que foi exatamente para esclarecer, consolar e encorajar os homens nessa caminhada, que Allan Kardec justapôs ao conjunto da teoria espírita o ensino moral de Jesus de Nazaré, dando-lhe interpretação racional. A ética proposta por Jesus é perfeita para regular as relações humanas em bases de amor e fraternidade.

O objetivo do Espiritismo é dar subsídios à construção moral da humanidade, à construção do homem cidadão espiritualizado. Para chegar a esse ponto a Doutrina Espírita precisa ser respeitada, vivida com consciência, e difundida com seus caracteres autênticos.

Os espíritas devem compreender a Doutrina como sendo progressiva, que abraça as causas humanistas, como defensora do livre-pensar e promotora da autonomia moral do ser humano. Com esses requisitos, associados à causa da Caridade que Kardec sustentou, o Espiritismo poderá cumprir o papel que lhe cabe.
 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita