O plano de ação de Allan Kardec
Allan Kardec estabeleceu a teoria espírita baseado na
realidade que os Espíritos lhe apresentaram da vida
física, da vida invisível e suas relações. Mas não só
nisso. Ele e os Espíritos se preocuparam com o
aprimoramento da organização social da humanidade, e por
isso procuraram ordenar, num conjunto impecável, as leis
morais fundamentais para balizar essa organização.
Esse primor ético-moral está contido no Livro Terceiro
de O Livro dos Espíritos. A ideia é esclarecer os
homens quanto aos seus deveres e direitos, impulsionando
o seu progresso e alertando-os quanto à necessidade da
busca do conhecimento e do esforço de cada um.
A Terra é ainda um planeta de sofrimento e
incompreensões, cuja humanidade vem se preparando
através de lutas insanas ao longo dos séculos para
alcançar melhores condições de vida. E creio que foi
exatamente para esclarecer, consolar e encorajar os
homens nessa caminhada, que Allan Kardec justapôs ao
conjunto da teoria espírita o ensino moral de Jesus de
Nazaré, dando-lhe interpretação racional. A ética
proposta por Jesus é perfeita para regular as relações
humanas em bases de amor e fraternidade.
O objetivo do Espiritismo é dar subsídios à construção
moral da humanidade, à construção do homem cidadão
espiritualizado. Para chegar a esse ponto a Doutrina
Espírita precisa ser respeitada, vivida com consciência,
e difundida com seus caracteres autênticos.
Os espíritas devem compreender a Doutrina como sendo
progressiva, que abraça as causas humanistas, como
defensora do livre-pensar e promotora da autonomia moral
do ser humano. Com esses requisitos, associados à causa
da Caridade que Kardec sustentou, o Espiritismo poderá
cumprir o papel que lhe cabe.
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