Natural de
Arandu e residente em Avaré, ambos municípios
paulistas, Luiz Augusto Franco de Freitas, mais
conhecido como Guto Freitas (foto), tem
formação e atua como Técnico Florestal na cidade
onde reside. Atuando como vice-presidente de
quatro instituições na cidade (Colônia Espírita
Fraternidade, Centro Espírita Neto Guazzelli,
Núcleo Espírita Brasileiro Langerton Neves da
Cunha e Associação Espírita Paulo de Tarso),
preside a Reserva Medicianl de Tapira e Cauê
Arandu. Na presente entrevista, ele nos fala
sobre a Colônia Espírita Fraternidade e o amplo
trabalho social que ela realiza.
Quando foi fundada a Colônia Espírita
Fraternidade?
Em 1º de Maio de 1994 - esta é a data da
fundação da Colônia Espírita Fraternidade.
De onde surgiu a ideia de sua fundação?
De um estudo realizado na Mocidade Espírita, "A
fé sem obras é morta", que a partir desta
reflexão gerou um ideal de um pequeno grupo de
jovens idealistas que vislumbravam um mundo
melhor a partir de ações sociais a serem
desenvolvidas numa camada da população menos
favorecida. Eles imaginavam trabalhar com
crianças, mas o projeto ainda era nascente. A
busca do melhor local levou esses idealistas ao
encontro de outro grupo, este bem mais antigo, o
qual havia adquirido um terreno de 5 hectares ao
lado do Horto Florestal de Avaré para
implantação de um Hospital Psiquiátrico
Espírita. Após vários anos parado sem a
possibilidade de sua efetivação, o nascente
grupo assumiu a diretoria. Ou seja, 40 anos
depois, o estatuto seria modificado para que a
destinação do terreno passasse a ser
“atendimento assistencial às crianças”. E assim
foi feito.
Fale-nos sobre as atividades ali desenvolvidas.
São 5 grandes eixos de atividades com as
crianças e adolescentes. Esporte: futsal,
futebol, vôlei, basquete, handebol, judô, treino
funcional, jogos de tabuleiro e polibol.
Cultura: teatro, leitura, bate lata, dança,
canto, flauta, banda musical, oficina das
expressões, arte circense, projeto raízes.
Lazer: recreação, parque lúdico, relaxamento.
Cidadania: ecocidadania; Meio Ambiente:
ecoponto, trilha ecológica, viveiro de mudas e
horta natural. A instituição oferece
alimentação, almoço e café, transporte com
ônibus e atendimento aos familiares.
Quais as áreas do terreno e da construção?
50.000 m2 de área total, 20.000 m2 de mata e
5.492 m2 de construção.
Para o desenvolvimento das atividades
socioeducativas, qual o número de funcionários e
quantas crianças atendidas? E quais são as
fontes de renda para custeio do projeto?
47 funcionários e 220 crianças atendidas. Uma
criança custa em torno de R$ 800,00 reais/mês.
As fontes são: 35% provenientes de subsídios
federal, municipal e estadual; 15% provêm
de eventos geradores de renda; 15% de
mantenedores mensais e projetos de doação; 15%
de vendas de produtos feitos por voluntários e a
vendinha; 20% de doações esporádicas e outros.
Em termos de auxílio, para quem quiser ajudar,
qual o principal contato e o número do PIX para
eventuais doações?
PIX Colônia: 54708144000126 (CNPJ).
Website: www.cefraternidade.org.br
Redes sociais: @coloniafraternidade e
@cefraternidade
Tel.: 14 3733 8777, 14 99799 9100 e 14 99868
2961.
Formas de ajudar: contribuições mensais, doações
de recicláveis para o Ecoponto, comprando os
produtos da Horta e Vendinha, doando ou
comprando roupas usadas para o Bazar, participar
dos Eventos e ajudar nas Campanhas de
Influência.
Da história desses anos todos, o que mais lhe
chama a atenção?
De um humilde trabalhador assalariado que, com
seu décimo terceiro, levava de bicicleta sua
doação em todos os Natais na Colônia – num ano
uma pequena peça de mortadela, noutro um
sabonete etc., doações muito singelas e de
grande valia. Após a doação, agradecido, ficava
contemplando as crianças brincarem.
Lembro-me desse Senhor e penso que energia
estaria contida naquela peça de mortadela e
naquele sabonete. O óbolo da viúva!
E qual a lembrança mais marcante?
A superação da pandemia em reabrir todos os
setores de trabalhos sociais e religiosos.
Algo mais que gostaria de acrescentar?
Salientar que a Colônia é dirigida por uma
diretoria atuante e conta com 184 voluntários
semanais, que ao todo somam mais de 300 pessoas
ativas no propósito.
Suas palavras finais.
Agradecer: À comunidade avareense e regional que
acolheu o projeto e apoia nestes 22 anos de
funcionamento e contribui assiduamente com a
Instituição. Aos contribuintes mensais e
apoiadores, nossos voluntários, ao poder público
e a todos voluntários que mantém a obra em
funcionamento e atividade.
Às nossas crianças e adolescentes que com seus
pais e responsáveis são nossos maiores parceiros
da Instituição. Ao grupo incansável de nossos
colaboradores e funcionários. Aos anônimos
Dirigentes Espirituais da Colônia, ao nosso
orientador Sr. Langerton Neves da Cunha, a
Eurípedes Barsanulfo e tantos outros espíritos
anônimos que colaboram na obra.
|