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por Sidney Fernandes

 

Onde está Jesus?


Se pensarmos bem, há muitos anos temo-nos mantido sistematicamente no erro, ainda apegados às coisas materiais, distantes do esforço do aperfeiçoamento interior. Se nos fosse permitido lembrar as vidas passadas, por certo concluiríamos que estamos dentro de um círculo vicioso de cinco ou mais reencarnações de baixo teor.

Dessa forma, como dirigir-se a Jesus sem regenerar os próprios impulsos? Temos que desfazer as sombras que ainda nos rodeiam, para sentirmos as suas bênçãos.

Temos recebido há várias existências recursos necessários para avançar e sair desse looping negativo e ficamos na mesma, presos como balões cativos, sem aproveitar as oportunidades que os protetores espirituais nos oferecem.

Conscientizemo-nos da máxima “ajuda-te que o céu te ajudará”, que pressupõe nossa participação em todas as rogativas que lancemos ao Alto. Se não houver disposição de renunciar às posturas antigas e de mudar alguma coisa em nós, estaremos correndo em círculos.

Ao nos candidatarmos à fé, à paz e à presença divina, precisamos endireitar a conduta e a maneira de nos relacionarmos. Só dessa maneira abriremos as comportas para permitir que a luz divina entre em nossa alma.

Jesus, mesmo com sua imensa superioridade espiritual e o amor que tem por nós, não pode violentar o nosso proceder. Daí a necessidade de retificarmos as estradas em que temos vivido, preparando nossa vida para receber a influência dele.

É necessário criar condições para sermos auxiliados pelo Mestre, vencendo nossos maus impulsos e aprumando as atitudes da nossa existência.

Quantos de nós ainda nos apegamos ao próprio desespero? Quantos de nós ainda fugimos da luz da paciência? Quantos de nós ainda lamentamos porque não conseguimos perpetrar nossas más atitudes? Quantos de nós, ainda tristes, fugimos, voluntariamente, das bênçãos da esperança?

A iniciativa precisa ser nossa, praticando gestos de amor por nós mesmos, porque, sem o divino propósito de aperfeiçoamento, jamais conquistaremos o bem-estar em Cristo.

Todos desejamos paz e felicidade. Ambas não são metas e sim maneiras de caminhar. Dependendo da maneira como nos conduzirmos, elas poderão (ou não) nos acompanhar, como tesouros preciosos, e se manter ao nosso lado.
 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita