Onde está Jesus?
Se pensarmos bem, há muitos anos temo-nos
mantido sistematicamente no erro, ainda apegados
às coisas materiais, distantes do esforço do
aperfeiçoamento interior. Se nos fosse permitido
lembrar as vidas passadas, por certo
concluiríamos que estamos dentro de um círculo
vicioso de cinco ou mais reencarnações de baixo
teor.
Dessa forma, como dirigir-se a Jesus sem
regenerar os próprios impulsos? Temos que
desfazer as sombras que ainda nos rodeiam, para
sentirmos as suas bênçãos.
Temos recebido há várias existências recursos
necessários para avançar e sair desse looping negativo
e ficamos na mesma, presos como balões cativos,
sem aproveitar as oportunidades que os
protetores espirituais nos oferecem.
Conscientizemo-nos da máxima “ajuda-te que o céu
te ajudará”, que pressupõe nossa participação em
todas as rogativas que lancemos ao Alto. Se não
houver disposição de renunciar às posturas
antigas e de mudar alguma coisa em nós,
estaremos correndo em círculos.
Ao nos candidatarmos à fé, à paz e à presença
divina, precisamos endireitar a conduta e a
maneira de nos relacionarmos. Só dessa maneira
abriremos as comportas para permitir que a luz
divina entre em nossa alma.
Jesus, mesmo com sua imensa superioridade
espiritual e o amor que tem por nós, não pode
violentar o nosso proceder. Daí a necessidade de
retificarmos as estradas em que temos vivido,
preparando nossa vida para receber a influência
dele.
É necessário criar condições para sermos
auxiliados pelo Mestre, vencendo nossos maus
impulsos e aprumando as atitudes da nossa
existência.
Quantos de nós ainda nos apegamos ao próprio
desespero? Quantos de nós ainda fugimos da luz
da paciência? Quantos de nós ainda lamentamos
porque não conseguimos perpetrar nossas más
atitudes? Quantos de nós, ainda tristes,
fugimos, voluntariamente, das bênçãos da
esperança?
A iniciativa precisa ser nossa, praticando
gestos de amor por nós mesmos, porque, sem o
divino propósito de aperfeiçoamento, jamais
conquistaremos o bem-estar em Cristo.
Todos desejamos paz e felicidade. Ambas não são
metas e sim maneiras de caminhar. Dependendo da
maneira como nos conduzirmos, elas poderão (ou
não) nos acompanhar, como tesouros preciosos, e
se manter ao nosso lado.