Ao espírito do Espiritismo
O Espiritismo tem como principal
objetivo promover a evolução espiritual do indivíduo,
sua transformação moral; proporcionando-lhe conhecimento
e esclarecimento sobre a vida após a morte, a lei de
causa e efeito e a existência dos espíritos. Por meio
da divulgação dos ensinamentos deixados por Allan
Kardec, seu ínclito Codificador, o Espiritismo busca
ajudar as pessoas
a compreenderem a natureza espiritual
do ser humano e a sua relação com
o mundo espiritual.
Um dos aspectos mais marcantes
do Espiritismo é o seu papel como consolador. Através da
consolação
e do conforto proporcionados pelas comunicações com os
espíritos, o Espiritismo ajuda aqueles que estão
sofrendo com a perda (material) de entes queridos a
lidar com a dor da separação, levando esperança e alívio
aos corações aflitos.
Além disso, o Espiritismo oferece uma visão mais ampla e
profunda sobre
a vida e a morte, auxiliando as
pessoas a compreenderem que a morte não é o fim, mas sim
uma passagem para uma nova etapa da existência; noutras
palavras, a vivência na
realidade espiritual, pujante e verdadeira!
Por meio da compreensão da lei de
causa e efeito, o Espiritismo também auxilia na
superação/compreensão de traumas e problemas emocionais,
incentivando o indivíduo a refletir sobre suas ações e a
buscar o aprimoramento espiritual.
Assim, o Espiritismo se destaca como uma
filosofia/religião consoladora, que oferece amparo e
orientação em momentos difíceis, promovendo o
bem-estar espiritual e emocional daqueles que buscam o
seu auxílio.
É por meio do consolo e da compreensão que o Espiritismo
cumpre a sua missão de promover a evolução espiritual e
a felicidade
dos indivíduos, fortalecendo a fé e a esperança na vida
após a morte.
Nestes dias difíceis para nós, seres humanos,
conservarmos incólumes os preceitos espíritas é
fundamental!
Nesta sociedade das redes sociais, da superficialidade e
da ausência de profundidade nas reflexões, tudo se
espraia rapidamente (sem se verificar a veracidade das
informações) e ganha ar de “novidade”. Quando, na
verdade, são ilusões e modismos! Que em nada têm a ver
com o Espiritismo.
A Doutrina Espírita está assentada na existência de um
Deus único, amoroso infinitamente e extremamente bom; na
pluralidade dos mundos habitados; na comunicabilidade
dos espíritos; na reencarnação e na imortalidade da
alma. Estes preceitos constituem a coluna vertebral
desta magna doutrina.
Isto posto, é preciso vigilância
com o espírito do Espiritismo.
Deixar de lado as vaidades pessoais;
as visões egoístas; o partidarismo;
o pensamento de que “o centro espírita é meu e faço
como eu quiser”, porque em realidade o Espiritismo “(...)
não tem chefes humanos e nenhum dos seareiros do seu
campo de multiformes atividades é imprescindível no
cenário de suas realizações” (André Luiz, p. 152).
É imperioso contribuir com toda a
nossa alegria, força de vontade e disposição em prol da
causa
espírita. E “antes de criticar as instituições
espíritas que julgue deficientes, contribuir, em pessoa,
para que se
ergam a nível mais elevado.
Quem ajuda, aprecia com mais segurança” (André Luiz,
p. 151).
É relevante, outrossim, a vigilância quanto às obras
“doutrinárias” que surgem de roldão, dadas as
facilidades dos mercados editoriais
e os interesses espúrios, e que apresentam inúmeros
embaraços para o Espiritismo, porque apresentam visões particulares
e polêmicas, que ainda não estão concordes com o
controle universal dos espíritos.
Portanto, é mister ler de tudo, mas passar pelo crivo da
razão, filtrar, absorver o que for útil e aguardar
que mais entidades venerandas confirmem ou refutem
determinadas teses (o que Kardec denominou de controle
universal dos espíritos). O que não se pode admitir
são enxertos doutrinários sob o pretexto de que o
Espiritismo está ultrapassado.
Antes de sentirmos a comichão de nos lançarmos aos
modismos que surgem aqui e acolá, reflitamos quantas
vezes, de fato, lemos, estudamos, meditamos e
aplicamos
profundamente os conceitos e orientações das obras
básicas e
dos clássicos do Espiritismo (Allan Kardec, Léon Denis,
Camille Flammarion, Gabriel Delanne, Emmanuel, André
Luiz, Joanna de Ângelis, só para citar alguns).
Ademais, devemos também
“apagar discussões estéreis, esquivando-se à criação de
embaraços que prejudiquem o desenvolvimento sadio da
obra doutrinária. O espírito de verdadeira fraternidade
funde todas as divergências” (André Luiz, p. 150).
É preciso vigilância com o espírito do Espiritismo e
“em nenhuma oportunidade, transformar a tribuna espírita
em palanque de propaganda política, nem mesmo com
sutilezas comovedoras em nome da caridade. O
despistamento favorece a dominação do mal” (André Luiz,
pp. 46-47).
Nestes dias de acentuada crise política no Brasil, em
particular, é importante não permitir que as diferenças
ideológicas contaminem
a ínclita doutrina; separe o movimento espírita; sob o
risco de grande debacle.
Separados somos pirilampos bruxuleantes aqui ou acolá.
Mas, juntos, somos poderoso facho de
luz e fanal para auxiliar na nossa caminhada junto ao
Sempiterno.
É importante eliminar o espírito de sectarismo; acabar
com as picuinhas; com as maledicências; com as ironias e
comentários desrespeitosos e “arregaçarmos as mangas”
para e pelo bem do nosso movimento espírita.
O momento é grave e exige a nossa união! O nosso apoio
mútuo! E o nosso carinho! Sigamos.
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