Espiritismo
para crianças

por Marcela Prada

 

Tema: Deus, Pai criador


Pai Nosso


Juliana e seus pais haviam acabado de fazer a reunião do Evangelho no Lar, realizada sempre aos domingos à noite.

Seria considerada uma pequena reunião para quem notasse apenas a quantidade de pessoas
presentes (somente o casal e a filha) e o tempo de duração (menos de meia hora).

Mas era, na verdade, uma ocasião de grande importância para a família.

Eles sempre oravam agradecendo a Deus pelas bênçãos recebidas e pedindo proteção espiritual.

Liam também alguns trechos dos livros espíritas, sempre cheios de conhecimento.

Juliana, que ainda era criança, sempre fazia muitas perguntas para seus pais. Curiosa, ela queria entender tudo o que era dito.

Clara, a mãe de Juliana, fez a prece do Pai Nosso, ao final do Evangelho no Lar.

A reunião estava encerrada. Mas a menina ainda tinha uma pergunta e, assim que abriu os olhos, depois de orar, foi logo dizendo:

— Mamãe, quando a gente fala “pai nosso”, quer dizer todos os pais? O meu papai Otávio, o seu papai, vô João, o vô Alberto, que já morreu, que era pai do papai, e mais todos os pais do mundo, ou só os pais das pessoas que estão orando juntas?

Juliana era pequena, ainda estava aprendendo muitas coisas. Por isso, Clara explicou com bastante carinho.

— Filhinha, cada bebezinho que nasce aqui no planeta Terra vem de uma mãe e de um pai, que são pessoas, assim como ele. A única diferença é que o pai já é adulto e o bebê ainda vai crescer e ficar adulto só depois. Por isso, cada pessoa tem um pai diferente.

— E os irmãos? — perguntou Juliana, muito esperta.

— Sim, Ju, tem razão, os irmãos têm o mesmo pai. Muito bem! — respondeu a mãe, sorrindo. Mas, preste atenção no que a mamãe vai explicar agora: - Como todas as pessoas foram criadas por Deus, ou seja, todos nós viemos dEle, dissemos que Deus é nosso Pai. Ele não é uma pessoa, como nós. Mas é nosso criador, assim como é criador de tudo que existe.

 — Então, — continuou Clara — quando dizemos “Pai Nosso”, no início da prece, estamos falando com Deus, que é o pai espiritual de todos nós. Não com os papais aqui da Terra. Entendeu, querida?

Juliana pensou um pouquinho.

— Entendi! Mas... se é assim, eu sou sua filha e também sua irmã? E irmã do papai, também? Irmã até do vovô? — disse Juliana, rindo, achando graça.

— Perante Deus, sim, somos todos irmãos! Que bom que você entendeu.

Clara, então, olhando no relógio, falou:

— Agora, vamos tomar banho e dormir cedo, porque amanhã você tem que ir para a escola.

— Mamãe, a gente tem que obedecer a irmão e irmã, também, ou só ao pai e à mãe?

Juliana era esperta. Mas sua mãe também era, e percebendo a brincadeira da menina, respondeu:

— Se é irmã, porque foi criada por Deus, mas é também a mãe, porque foi dela que a criança nasceu aqui na Terra, tem que obedecer sim! Portanto, já paro o banho, Juju!

Juliana riu, deu um beijinho em sua mãe e obedeceu. Ela terminou bem o dia. Tinha aprendido um pouquinho mais. 


 

Material de apoio para evangelizadores:

Clique para baixar: Atividades

marcelapradacontato@gmail.com


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita