Os donos do
poder
Há dois grandes
grupos que pedem
a atenção e a
ação dos seres
humanos na
Terra. O
primeiro deles é
o grupo de Jesus
Cristo e de seus
mensageiros. A
mensagem do amor
e do perdão, do
crescimento
edificante e da
reconciliação
com o Pai torna
o compromisso do
ser humano na
Terra como
legítima
incursão nas
potencialidades
do espírito. Por
outro lado, há
os irmãos da
ignorância e das
trevas que
buscam atrasar a
edificação do
ser humano
através de
falsas promessas
para a entrega
de intrigas,
guerras e
disputas de
poder, fama e
dinheiro. Se
para os
emissários de
Cristo os
mandamentos são
bem conhecidos,
reconhecer e
amar a Deus
acima de todas
as coisas e ao
próximo como a
si mesmo (Mateus
22:36-41), para
os inimigos do
cordeiro, a
questão é
diametralmente
oposta: negar e
guerrear a Deus
e ao próximo
como a si mesmo.
Para os amigos
da divina luz,
Jesus é o
caminho para a
verdade e para a
vida que
enobrece (João
14:6). Já para
os inimigos da
luz, o caminho é
a mentira e a
ilusão para que
não venha a
edificação, mas
o enterramento
na carne, nos
prazeres
passageiros, no
chafurdar do
medo, das culpas
e das paixões.
A verdade
liberta (João
8:32) e desperta
do sono o
espírito
encarnado na
matéria,
enquanto que as
ilusões e as
paixões
adormecem a
consciência. Não
seria o
despertar da
consciência
passo
fundamental para
levar adiante o
propósito maior
da reencarnação?
Quem desperta do
sono profundo
sabe que é
essencial o
alinhamento com
o Deus único e
verdadeiro. O
Pai bondoso e
misericordioso
ensinado por
Cristo. Ou nas
palavras do
Espírito da
Verdade:
“o Deus bom, o
Deus grande que
faz germinar a
planta e eleva
as ondas”. Já
aqueles que
ainda dormem,
confundem-se com
Mamon (Mateus
6:24) ou outros
falsos deuses
babilônicos do
mundo antigo.
Para quem vive
pelo
materialismo e
ateísmo,
corrente pregada
por muitas
vertentes que
buscam o
controle da
sociedade, há
ainda a confusão
daquilo que é de
César ou de Deus
(Marcos
12:13-17).
Entretanto, é
essencial frisar
que o dinheiro
em si é neutro,
mas que está no
caráter
individual, nos
valores e
crenças, a
capacidade de
realizar o bem
ou não com ele.
Outro ponto, é a
capacidade de se
desapegar das
riquezas
materiais em
prol de voos
superiores do
espírito (Mateus
19:16-30). O
dinheiro também
é prova moral,
pois há grandes
tentações e
possibilidades
de desequilíbrio
de virtudes
fundamentais
para a elevação,
tais como a
modéstia, a
simplicidade e a
humildade.
Quem tem a noção
da
transitoriedade
da existência
carnal, bem como
da missão em
Cristo, sabe que
é essencial o
amor em todas as
circunstâncias.
Seja quando
alguém te trata
bem, seja quando
alguém ainda não
te trata tão
bem, mas que um
dia haverá de
tratar. Por
isso, a
superação da Lei
de Talião, “do
olho por olho,
dente por
dente”. Não se
paga na mesma
moeda, mas se
perdoa e
engrandece com
isso, tal como
devedor que se
torna aliviado
pela dívida
paga. Não
devemos ser um
devedor
incompassivo
(Mateus
18:23-35). Por
outro lado, os
inimigos de
Cristo
justamente
buscam o caminho
das guerras para
ludibriar e
atrasar a
humanidade. De
pagar na mesma
moeda a guerra
para que venham
as divisões da
sociedade, a
desunião e o
entravamento do
desenvolvimento
individual e
coletivo. Pagar
o mal com o mal
é vingança e
isso é
extremamente
prejudicial ao
avanço de todos.
Para Milton
Erickson,
psiquiatra
americano,
“viver bem é a
melhor
vingança”.
Ou seja, é
essencial que
estejamos bem
para conseguir
superar as
dificuldades que
aparecem em
nosso cotidiano
e também, para
que tenhamos
força para não
sucumbir as
tentações e
provações. Se os
inimigos da luz
buscam os
atritos e
conflitos, que
os mensageiros
do cordeiro
sejam os
pacificadores do
mundo. Àqueles
que procuram
viver sob o
lema: “Faz bem
estar bem para
fazer o bem”.
Portanto, o
mundo não
precisa de
revolucionários
externos, mas de
pessoas que
sabem se
conhecer e se
manter em alto
nível e
vibração. De
saber seus
propósitos de
vida, seus
pontos fortes,
fracos e suas
limitações. Quem
se autocontrola
não cai nas
tentações e
consegue se
fortalecer onde
é preciso. O
mundo precisa
SIM de
revolucionários
internos. Que
sabem de suas
más tendências e
que buscam a
valiosa reforma
íntima, bem como
o serviço na
caridade. Quem
se conhece sabe
que precisa
mitigar seu
egoísmo, sua
vaidade e
orgulho para
cultivar o
altruísmo, a
simplicidade e a
humildade. Quem
se conhece vive
para o espírito,
bem como das
suas
experiências na
carne e, por
isso, o modo
como se vive é
fundamental. Nem
tudo é válido,
mas é essencial
o
desenvolvimento
moral para que
se mantenha fiel
nas fileiras de
Cristo, sem
consciência
pesada,
fragmentada ou
suja. Ou nas
inesquecíveis
palavras do
mestre Nazareno:
“De que adianta
ao homem ganhar
o mundo inteiro
e perder a sua
alma” (Marcos
8:36). Portanto,
sejamos
aprendizes de
Cristo que
buscam passar
pelo mundo com o
espírito útil e
a consciência
ampliada.