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por Nilton Moreira

 

Filhos sempre


Filhos sempre são aqueles que chegam ao nosso lar ou são designados para serem orientados por nós no caminho a seguir. Costumeiramente chegam pela união de casal através da gravidez, mas também podem vir por adoção legal feita por pessoas do mesmo sexo, ou simplesmente por aquela tia, avó ou outro parente que fica com a incumbência de criar por questões diversas.

Não se pode dizer que uma mulher que teve uma criança e a abandona após o nascimento, por desprezá-lo, tenha tido na plenitude um filho, pois apenas se incumbiu da tarefa de trazê-lo ao mundo, mas por outro lado devemos sim considerar e enaltecer a mulher que nos termos do amor cristão acolhe a mesma criança que fora desprezada.

No nascimento de uma criança está envolvido todo um contexto que muitas pessoas não avaliam por desconhecer. O gerar é planejado antes no Plano Espiritual. Existe o entendimento entre a origem do espermatozoide e o óvulo que possibilitará a fecundação, seja da maneira que for, pois tudo está dentro de um planejamento que tem relação com vidas anteriores, em face do que se faz necessário determinado reencontro, o que explica por que existe tanta complexidade nos relacionamentos.

Hoje vemos crimes cometidos por pais que matam filhos e vice-versa. Ora, o que acontecerá em vida futura para esses protagonistas? Fatalmente se reencontrarão para resolverem seus desequilíbrios! Poderão novamente fraquejar? Sim, isso é da natureza de cada índole, por isso as relações com os filhos às vezes são difíceis, pois estamos curando feridas. Mas pode também sermos uma família estruturada e Deus permitir que venha até nós alguém rebelde para que ajudemos a melhorá-lo, sem que haja vínculo algum no passado.

Muitas mulheres são a favor da interrupção da gravidez. É uma opinião particular, mas lembremos que o Ser futuro se vincula ao corpo desde a fecundação, portanto se chegamos a preservar os ovos das tartarugas, devemos também lembrar-nos do Ser que não pode se defender. Entendemos, pois, conforme ensina o Espiritismo, que o aborto só é admissível quando existe risco de vida para a mãe.

Não nos martirizemos e nos culpemos por termos filhos rebeldes, desobedientes, problemáticos. Façamos nossa parte de orientá-los e conduzi-los para o bem, pedindo em nossas orações que o Criador nos possibilite discernimento para sermos melhores cada vez mais em nossas tarefas de educadores.


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita