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por Osmarino Paiva

 

Extraterrestres existem?

 

A marcha dos Espíritos é progressiva, jamais retrógrada. LE


No conhecimento do perispírito está a chave de inúmeros problemas até hoje insolúveis. LM

 

O perispírito, ou corpo fluídico dos Espíritos, é um dos mais importantes produtos do fluido cósmico; é uma condensação desse fluido em torno de um foco de inteligência ou alma. Já vimos que também o corpo carnal tem seu princípio de origem nesse mesmo fluido condensado e transformado em matéria tangível. No perispírito, a transformação molecular se opera diferentemente, porquanto o fluido conserva a sua imponderabilidade e suas qualidades etéreas. O corpo perispirítico e o corpo carnal têm, pois, origem no mesmo elemento primitivo; ambos são matéria, ainda que em dois estados diferentes.

Do meio onde se encontra é que o Espírito extrai seu perispírito, isto é, esse envoltório ele o forma dos fluidos ambientes. Resulta daí que os elementos constitutivos do perispírito naturalmente variam, conforme os mundos. Dando-se Júpiter como orbe muito adiantado em comparação a Terra, como um orbe onde a vida corpórea não apresenta a materialidade da nossa, os envoltórios perispirituais hão de ser lá de natureza muito mais quintessenciada do que aqui. Ora, assim como não poderíamos existir naquele mundo com o nosso corpo carnal, também os nossos Espíritos não poderiam nele penetrar com o perispírito terrestre que os reveste. Emigrando da Terra, o Espírito deixa aí o seu invólucro fluídico e toma outro apropriado ao mundo onde vai habitar.

A natureza do envoltório fluídico está sempre em relação com o grau de adiantamento moral de Espírito. Os Espíritos inferiores não podem mudar de envoltório a seu bel-prazer, pelo que não podem passar, à vontade, de um mundo para outro. Alguns há, portanto, cujo envoltório fluídico, se bem que etéreo e imponderável com relação à matéria tangível, ainda é por demais pesado, se assim nos podemos exprimir, com relação ao mundo espiritual, para não permitir que eles saiam do meio que lhes é próprio. Nessa categoria se devem incluir aqueles cujo perispírito é tão grosseiro, que os espíritos, cujo número é avultado, permanecem na superfície da Terra, como os encarnados, julgando-se entregues às suas ocupações terrenas. Outros um pouco mais desmaterializados não o são, contudo, suficientemente, para se elevarem acima das regiões terrestres.

Os Espíritos superiores, ao contrário, podem vir aos mundos inferiores, e até encarnar neles. Tiram, dos elementos constitutivos do mundo onde entram, os materiais para a formação do envoltório fluídico ou carnal apropriado ao meio em que se encontrem.  Fazem como o nobre que despe temporariamente suas vestes, para envergar os trajes plebeus, sem deixar por isso de ser nobre.

É assim que os Espíritos da categoria mais elevada podem manifestar-se aos habitantes da Terra ou encarnar em missão entre estes. Tais Espíritos trazem consigo, não o invólucro, mas a lembrança, por intuição, das regiões de onde vieram e que, em pensamento, eles veem. São videntes ente cegos. (A Gênese)

Questão 22 d’ O Livro dos Espíritos. Define-se geralmente a matéria como aquilo que tem extensão, pode impressionar os sentidos e é impenetrável. Essa definição é exata?

Do vosso ponto de vista, sim, porque só falais daquilo que conheceis. Mas a matéria existe em estados que não percebeis. Ela pode ser, por exemplo, tão etérea e sutil que não produza nenhuma impressão nos vossos sentidos: entretanto, será sempre matéria, embora não seja para vós.

Para uma compreensão mais ampla do universo e da própria existência, é necessário a compreensão das múltiplas dimensões espirituais, como a física, etérica, astral e mental superior e inferior, e como elas impactam a experiência humana.

As dimensões espirituais são os estágios de consciência espiritual ou de conexão à fonte criadora.

O meio está sempre em relação com a natureza dos seres que têm de nele viver: os peixes, na água: os seres terrestres, no ar; os seres espirituais no fluido espiritual ou etéreo, mesmo que estejam na Terra. O fluido etéreo está para as necessidades do Espírito, como a atmosfera para as dos encarnados. Ora do mesmo modo que os peixes não podem viver no ar; que os animais terrestres não podem viver no ar; que os animais terrestres não podem viver numa atmosfera muito rarefeita para seus pulmões, os Espíritos inferiores não podem suportar o brilho e a impressão dos fluidos mais etéreos.

Os Espíritos atuam sobre os fluidos espirituais, não manipulando-os como os homens manipulam os gases, mas empregando o pensamento e a vontade. Para os Espíritos, o pensamento e a vontade são o que é a mão para o homem. Pelo pensamento, eles imprimem àqueles fluidos tal ou qual direção, os aglomeram, combinam ou dispersam, organizam com eles conjuntos que apresentam uma aparência, uma forma, uma coloração determinadas; mudam-lhes as propriedades, como um químico muda a dos gases ou de outros corpos, combinando-os segundo certas leis. É a grande oficina ou laboratório do mundo espiritual.

É assim, por exemplo, que um Espírito se faz visível a um encarnado que possua a vista psíquica, sob as aparências que tinha quando vivo na época em que o segundo o conheceu, embora tenha ele tido, depois dessa época, muitas encarnações.

Segundo os Espíritos a classificação dos diferentes mundos habitados: mundos primitivos, mundos de expiação e provas, mundos de regeneração, mundos ditosos ou felizes e mundos celestes ou divinos.

Deus ajuda os homens por meio dos próprios homens. Podemos concluir que existem sim, Extraterrestre e que eles podem comunicar conosco se assim for da vontade deles, que se apresentam com a aparência que eles acham melhor, e que a grande maioria deles são adiantados tanta moralmente quanto intelectualmente ou seja, são auxiliares do Cristo e apenas uma pequena parcela deles são adiantados intelectualmente mais atrasados moralmente.


*Artigo participante do Concurso A Doutrina Explica 2023, promovido pelo Jornal Brasília Espírita em parceria com a revista eletrônica O Consolador e a Web Rádio Estação da Luz.

  
    

     
     

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 Revista Semanal de Divulgação Espírita