Tema: Ajuda, boa vontade
Boni, a borboleta
Havia um quintal grande e florido, onde muitos bichinhos
viviam, inclusive uma borboleta muito bonita chamada
Boni. Ela era delicada e colorida. E não apenas isso,
Boni era alegre, simpática e muito boa também. Os outros
bichinhos gostavam muito dela, pois ela estava sempre
pronta para ajudar quem quer que fosse.
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Quando um deles precisava de alguma coisa, Boni sempre
fazia tudo o que ela podia para ajudar. Ela não tinha
preguiça e sempre dizia:
- A hora de ajudar é quando alguém está precisando! Não
quando a gente quer!
Sandra era a dona da casa daquele quintal e todos os
dias levava sua filhinha Luísa lá, para tomarem um pouco
de sol e aproveitarem o ambiente.
A mãe ensinava a filha, que ainda era pequena, a admirar
a criação de Deus e a cuidar da natureza. Por isso, as
duas regavam juntas os canteiros, plantavam mudinhas e
observavam os bichinhos.
Luísa ficava encantada quando via Boni. A borboleta
voava suavemente por entre as flores, depois pousava
pertinho da menina e abria e fechava as asas, para
mostrar suas cores e alegrar a criança.
Sandra tirava fotos da filha com a borboleta e esses
eram momentos sempre agradáveis. Algumas vezes, Luísa
estava chorando, ou estava chateada com alguma coisa,
mas só de encontrar Boni e ficar olhando para ela um
pouquinho, já dava um sorriso e as coisas melhoravam.
Boni se sentia muito feliz quando isso acontecia. Não só
porque percebia que Luísa gostava dela, mas porque
sentia que tinha conseguido ajudá-la.
Mas um dia aconteceu uma coisa diferente da rotina. Já
estava de noite, o quintal estava escuro. Os bichinhos
que passeiam de dia estavam todos quietinhos
descansando, inclusive Boni.
De repente, Sandra foi para o jardim com Luísa no colo e
a menina estava chorando. Sandra tentava acalmá-la.
Colocava-a no chão, depois pegava-a no colo novamente. A
criança estava incomodada e a mãe, preocupada.
- Calma, Lulu! A mamãe já lhe deu um remedinho e logo
você vai melhorar, está bem? Vamos ver nossas plantinhas
enquanto isso?
Sandra procurava distrair a menina até o remédio fazer
efeito, mas no escuro elas não viam muita coisa.
Boni, ao perceber a situação, sempre disposta a ajudar,
como ela era, deixou imediatamente seu repouso e
procurou chamar a atenção da menina voando ao seu redor.
Mas não adiantou. Luísa estava desatenta, choramingando.
E no escuro, o colorido da borboleta não se realçava.
Foi então que Boni teve uma ideia e foi voando procurar
seu amigo vaga-lume.
- Lume, preciso de um favor, você me ajuda? - disse ela,
um pouco aflita.
O vaga-lume não era tão atencioso como Boni, mas
respondeu:
- Claro, Boni, mais tarde, quando eu voltar do meu
passeio eu a ajudo, pode ser?
- É que precisava ser agora. Se você não se importar de
me ajudar agora e passear depois eu agradeceria muito.
O vaga-lume não tinha pensado em mudar sua rotina, mas
lembrou que sua amiga sempre agia assim: na hora que
alguém precisasse, se ela podia, ela ajudava.
- Está bem Boni! Só porque é você que está pedindo. De
que você precisa? – perguntou ele.
Boni explicou a situação e o que queria que o vaga-lume
fizesse. E lá foi ele.
Voou para perto da Lulu e acendeu sua linda luzinha.
Depois apagou e acendeu de novo.
Sandra logo percebeu que era um vaga-lume e mostrou para
a filha. Luísa parou de chorar e ficou prestando atenção
naquela novidade.
A luzinha do vaga-lume era verde e brilhava no escuro.
Luísa em pouco tempo ficou encantada. Quando a luzinha
apagava ela ficava procurando e abria um sorriso quando
a encontrava brilhando, de novo, em outro lugar.
O vaga-lume também gostou e se divertiu em distrair a
criança. Ele sentiu um pouco do que Boni sentia: alegria
por estar ajudando alguém.
Depois de algum tempo, Luísa já estava mais calma. A
alegria por ter conhecido um vaga-lume e o remédio que
ela tinha tomado fizeram efeito. Ela pediu colo e Sandra
percebeu que era o momento de entrarem em casa e
finalmente irem dormir.
Boni, que tinha acompanhado tudo de perto, agradeceu ao
vaga-lume e também foi descansar. O dia tinha sido
longo, mas ela estava satisfeita, por ter dado tudo
certo.
O vaga-lume foi passear, um pouco mais tarde do que de
costume, mas um tanto mais contente também.
E assim, graças à boa vontade em ajudar, no final desta
história, todos estavam sentindo-se bem.