Espiritismo
para crianças

por Marcela Prada

 

Tema: Ajuda, boa vontade


Boni, a borboleta


Havia um quintal grande e florido, onde muitos bichinhos viviam, inclusive uma borboleta muito bonita chamada Boni. Ela era delicada e colorida. E não apenas isso, Boni era alegre, simpática e muito boa também. Os outros bichinhos gostavam muito dela, pois ela estava sempre pronta para ajudar quem quer que fosse.

Quando um deles precisava de alguma coisa, Boni sempre fazia tudo o que ela podia para ajudar. Ela não tinha preguiça e sempre dizia:

- A hora de ajudar é quando alguém está precisando! Não quando a gente quer!

Sandra era a dona da casa daquele quintal e todos os dias levava sua filhinha Luísa lá, para tomarem um pouco de sol e aproveitarem o ambiente.

A mãe ensinava a filha, que ainda era pequena, a admirar a criação de Deus e a cuidar da natureza. Por isso, as duas regavam juntas os canteiros, plantavam mudinhas e observavam os bichinhos.

Luísa ficava encantada quando via Boni. A borboleta voava suavemente por entre as flores, depois pousava pertinho da menina e abria e fechava as asas, para mostrar suas cores e alegrar a criança.

Sandra tirava fotos da filha com a borboleta e esses eram momentos sempre agradáveis. Algumas vezes, Luísa estava chorando, ou estava chateada com alguma coisa, mas só de encontrar Boni e ficar olhando para ela um pouquinho, já dava um sorriso e as coisas melhoravam.

Boni se sentia muito feliz quando isso acontecia. Não só porque percebia que Luísa gostava dela, mas porque sentia que tinha conseguido ajudá-la.

Mas um dia aconteceu uma coisa diferente da rotina. Já estava de noite, o quintal estava escuro. Os bichinhos que passeiam de dia estavam todos quietinhos descansando, inclusive Boni.

De repente, Sandra foi para o jardim com Luísa no colo e a menina estava chorando. Sandra tentava acalmá-la. Colocava-a no chão, depois pegava-a no colo novamente. A criança estava incomodada e a mãe, preocupada.

- Calma, Lulu! A mamãe já lhe deu um remedinho e logo você vai melhorar, está bem? Vamos ver nossas plantinhas enquanto isso?

Sandra procurava distrair a menina até o remédio fazer efeito, mas no escuro elas não viam muita coisa.

Boni, ao perceber a situação, sempre disposta a ajudar, como ela era, deixou imediatamente seu repouso e procurou chamar a atenção da menina voando ao seu redor. Mas não adiantou. Luísa estava desatenta, choramingando. E no escuro, o colorido da borboleta não se realçava.

Foi então que Boni teve uma ideia e foi voando procurar seu amigo vaga-lume.

- Lume, preciso de um favor, você me ajuda? - disse ela, um pouco aflita.

O vaga-lume não era tão atencioso como Boni, mas respondeu:

- Claro, Boni, mais tarde, quando eu voltar do meu passeio eu a ajudo, pode ser?

- É que precisava ser agora. Se você não se importar de me ajudar agora e passear depois eu agradeceria muito.

O vaga-lume não tinha pensado em mudar sua rotina, mas lembrou que sua amiga sempre agia assim: na hora que alguém precisasse, se ela podia, ela ajudava.

- Está bem Boni! Só porque é você que está pedindo. De que você precisa? – perguntou ele.

Boni explicou a situação e o que queria que o vaga-lume fizesse. E lá foi ele.

Voou para perto da Lulu e acendeu sua linda luzinha. Depois apagou e acendeu de novo.

Sandra logo percebeu que era um vaga-lume e mostrou para a filha. Luísa parou de chorar e ficou prestando atenção naquela novidade.

A luzinha do vaga-lume era verde e brilhava no escuro. Luísa em pouco tempo ficou encantada. Quando a luzinha apagava ela ficava procurando e abria um sorriso quando a encontrava brilhando, de novo, em outro lugar.

O vaga-lume também gostou e se divertiu em distrair a criança. Ele sentiu um pouco do que Boni sentia: alegria por estar ajudando alguém.

Depois de algum tempo, Luísa já estava mais calma. A alegria por ter conhecido um vaga-lume e o remédio que ela tinha tomado fizeram efeito. Ela pediu colo e Sandra percebeu que era o momento de entrarem em casa e finalmente irem dormir.

Boni, que tinha acompanhado tudo de perto, agradeceu ao vaga-lume e também foi descansar. O dia tinha sido longo, mas ela estava satisfeita, por ter dado tudo certo.

O vaga-lume foi passear, um pouco mais tarde do que de costume, mas um tanto mais contente também.

E assim, graças à boa vontade em ajudar, no final desta história, todos estavam sentindo-se bem.

 


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O Consolador
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