Márcia Helena Mota Pacciulio (foto) é
natural de Monte Mor mas reside em Ribeirão
Preto, ambas cidades do interior paulista.
Formada em Química (UNESP-Araraquara), com
Mestrado em Química Inorgânica (área de Química
Analítica), participa da conhecida e tradicional
Unificação Kardecista (Centro Espírita Eurípedes
Barsanulfo), na cidade onde reside. Não exerce
nela cargo administrativo, mas atua como
coordenadora de algumas atividades da
instituição, como atendimento fraterno e reunião
mediúnica, dedicando-se também à tarefa das
palestras espíritas para divulgação do
pensamento espírita. Sobre sua vivência
espírita, ela concedeu-nos a seguinte
entrevista.
Como conheceu o Espiritismo?
Meu primeiro contato com o Espiritismo ocorreu
no primeiro ano da faculdade. Uma amiga me
convidou para conhecer uma Casa Espírita e eu
fui por curiosidade, mas me apaixonei de
imediato pela Doutrina e passei a estudar as
obras da Codificação Espírita para melhor
conhecê-la.
O que mais se destaca, ao seu raciocínio, no
conteúdo espírita?
A objetividade e a clareza com que o Espírito da
Verdade e os demais Espíritos, seus
colaboradores, se valem para orientar todo o
conteúdo doutrinário transmitido a Kardec e o
raciocínio lógico e coerente de Kardec na
elaboração das obras doutrinárias, exercendo a
função de Codificador com maestria insuperável,
demonstrando-nos que todo o conteúdo doutrinário
espírita é de fundamental importância para
aquele que busca o conhecimento da verdade e da
realidade.
Como o Evangelho - base estrutural do
Espiritismo - lhe toca a sensibilidade?
A meu ver, O Evangelho Segundo o Espiritismo é
um compêndio de princípios morais edificantes
deixados por Jesus e explicados de maneira clara
e amorosa pelos Espíritos da Codificação,
demonstrando-nos a importância de compreendermos
esses ensinamentos para a edificação do Reino de
Deus em nós! Quanta admiração e amor desperta em
nós essa obra excepcional!
Como ocorreu seu vínculo com a Unificação
Kardecista de Ribeirão Preto? Aliás, fale-nos
também sobre a instituição.
A Unificação Kardecista é o resultado da
dedicação e trabalho do Sr. Theodoro José Papa,
sua esposa Albertina e colaboradores. É uma
instituição que funciona há 98 anos e que
atualmente administra duas creches, uma antiga
escola (Colégio Apóstolo Paulo), que está em
reforma para ampliar seus serviços; e o Centro
Espírita Eurípedes Barsanulfo, que oferece ao
público palestras públicas com passes,
seminários, grupos de estudos doutrinários,
atendimento fraterno, Evangelização e Mocidade
Espíritas, além de trabalho assistencial para o
atendimento às famílias carentes. Eu comecei
minhas atividades na Unificação Kardecista em
2005, a convite de uma grande amiga e
trabalhadora já desencarnada: Maria Salvadora
Malta.
Com relação à sua própria vivência espírita, o
que mais lhe chama atenção?
A constatação da dedicação, amor e presteza dos
trabalhadores espíritas, em sua maioria
anônimos, que se sentem felizes pela
oportunidade de trabalho edificante na seara do
Cristo, onde há tantos para consolar e
esclarecer!
A propósito dos estudos doutrinários, o que você
pode dizer-nos?
Toda Casa Espírita precisa ter grupos de estudos
das obras doutrinárias espíritas para que o
público (tanto frequentadores como
trabalhadores) tenha a oportunidade de conhecer
os fundamentos que representam o alicerce do
Espiritismo. Lembrando Jesus, dessa forma (com
conhecimento e discernimento) estaremos
edificando a nossa casa (nossa vida) sobre a
rocha (princípios edificantes verdadeiros), que
as tempestades (provas e expiações) não
conseguirão derrubar.
Fale-nos sobre sua experiência como palestrante.
Como avalia o público ouvinte e como você mesma
se sente atuando na exposição espírita?
Aquele que vem à Casa espírita para ouvir as
palestras vem motivado pela curiosidade ou pela
necessidade. De qualquer modo, sempre encontrará
o que precisa: esclarecimento, consolo,
acolhimento e encaminhamento, quando necessário.
A exposição espírita é uma atividade à qual eu
me dedico com amor e entrega, na esperança de
tocar os corações e as mentes daqueles que me
ouvem ou pelo menos alguns deles.
Qual a lembrança mais marcante de sua vivência
espírita?
O início de tudo na União Espírita Paschoal
Grossi, de Araraquara, que foi para mim uma
escola abençoada. Lá eu tive os estímulos e as
oportunidades de vinculação com diversas
atividades diferentes, o que me possibilitou
aprender e colaborar com todas elas, com
humildade e respeito por todos os demais
companheiros de trabalho.
Algo mais que gostaria de acrescentar?
Sim. Gostaria de lembrar a importância de
prepararmos novas pessoas para ocuparem os
nossos cargos e desempenharem as nossas funções
para quando não nos for mais possível
desempenhá-las. Como sabemos, ao Espiritismo
cabe a missão de esclarecer e auxiliar a
humanidade neste difícil período de transição, e
para tanto precisamos preparar novos
trabalhadores, fornecendo-lhes a contribuição da
nossa orientação e da nossa experiência.
Suas palavras finais.
Quero agradecer de todo coração a você, caro
Orson, e à revista O Consolador por esta
entrevista, rogando ao Criador que nos ampare e
fortaleça a todos que desejamos contribuir para
o conhecimento e propagação do Espiritismo!
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