A Deus compete o desfecho
Uma parte da humanidade, a quem sobra sagacidade e
falta moralidade, tem demonstrado não ter mais como
continuar vivendo na Terra sem atrapalhar a outra parte
que quer viver em paz, com a alma leve e confiante. Peço
desculpas àqueles que leem meus textos, por tratar deste
tema de forma recorrente.
A julgar que o tempo de renovação chegou para o nosso
mundo, possivelmente esses Espíritos obstinados no erro
deverão reencarnar em outro mundo, compatível com o seu
estado de ignorância.
Os Espíritos superiores disseram-nos que “os maus são
provações para os bons”, mas a desagregação social e a
conturbação moral que promovem é tão intensa que põem em
risco a segurança de tudo e de todos.
Deus sabe quando e como esses Espíritos atormentados
irão para uma espécie de exílio, que os porá em
dificuldades novas e inesperadas, próprias para lhes
amaciar o caráter.
Essa parece ser a ordem divina relativa à evolução dos
Espíritos, segundo afirmações colhidas nas obras de
Allan Kardec. O desfecho desse processo cabe a Deus e às
altas esferas espirituais que cumprem os seus desígnios.
O que os bons Espíritos nos deixam entrever nas linhas e
entrelinhas dos textos submetidos à sabedoria de Kardec
é que Jesus não precisará voltar como muitos esperam.
Sem esses perturbadores, os homens de boa vontade
zelarão pela casa Terra, e se reunirão humilde e
honestamente para refletir sobre os ensinos que ele
inspirou, e se alimentarão do pão espiritual que ele
deixou, cumprindo assim seus deveres de qualquer
natureza.
No esforço de continuar seu crescimento aqui na Terra,
além das tarefas materiais, haverá ainda lutas morais do
homem contra si mesmo, tentando dominar de vez os
resquícios de suas más inclinações.
Enquanto o homem organiza mais adequadamente sua
consciência e põe em ordem seus sentimentos, verá que a
miséria estará desaparecendo do planeta, e só haverá a
pobreza digna que deriva das diferenças individuais e
sociais naturais. A riqueza descerá do seu pedestal de
orgulho e será instrumento de edificação. Os crimes, a
mentira, os escândalos, não mais assombrarão. O
sofrimento e a dor, nascidos das imperfeições sem
maldade, machucarão menos. A confiança e o otimismo
regerão as relações humanas.
A boa humanidade da Terra colocará nas mãos de Deus o
seu alto destino, e poderá ser qualificada de povo que
se regenera, a caminho, sempre a caminho de estados cada
vez melhores e mais felizes.
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