Artigos

por Cláudio Bueno da Silva

 

A Deus compete o desfecho

Uma parte da humanidade, a quem sobra sagacidade e falta moralidade, tem demonstrado não ter mais como continuar vivendo na Terra sem atrapalhar a outra parte que quer viver em paz, com a alma leve e confiante. Peço desculpas àqueles que leem meus textos, por tratar deste tema de forma recorrente.

A julgar que o tempo de renovação chegou para o nosso mundo, possivelmente esses Espíritos obstinados no erro deverão reencarnar em outro mundo, compatível com o seu estado de ignorância.

Os Espíritos superiores disseram-nos que “os maus são provações para os bons”, mas a desagregação social e a conturbação moral que promovem é tão intensa que põem em risco a segurança de tudo e de todos.

Deus sabe quando e como esses Espíritos atormentados irão para uma espécie de exílio, que os porá em dificuldades novas e inesperadas, próprias para lhes amaciar o caráter.

Essa parece ser a ordem divina relativa à evolução dos Espíritos, segundo afirmações colhidas nas obras de Allan Kardec. O desfecho desse processo cabe a Deus e às altas esferas espirituais que cumprem os seus desígnios.

O que os bons Espíritos nos deixam entrever nas linhas e entrelinhas dos textos submetidos à sabedoria de Kardec é que Jesus não precisará voltar como muitos esperam. Sem esses perturbadores, os homens de boa vontade zelarão pela casa Terra, e se reunirão humilde e honestamente para refletir sobre os ensinos que ele inspirou, e se alimentarão do pão espiritual que ele deixou, cumprindo assim seus deveres de qualquer natureza.

No esforço de continuar seu crescimento aqui na Terra, além das tarefas materiais, haverá ainda lutas morais do homem contra si mesmo, tentando dominar de vez os resquícios de suas más inclinações.

Enquanto o homem organiza mais adequadamente sua consciência e põe em ordem seus sentimentos, verá que a miséria estará desaparecendo do planeta, e só haverá a pobreza digna que deriva das diferenças individuais e sociais naturais. A riqueza descerá do seu pedestal de orgulho e será instrumento de edificação. Os crimes, a mentira, os escândalos, não mais assombrarão. O sofrimento e a dor, nascidos das imperfeições sem maldade, machucarão menos. A confiança e o otimismo regerão as relações humanas.

A boa humanidade da Terra colocará nas mãos de Deus o seu alto destino, e poderá ser qualificada de povo que se regenera, a caminho, sempre a caminho de estados cada vez melhores e mais felizes.


 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita