Estudando o
cérebro físico e
o espiritual
Os últimos anos
foram
extremamente
férteis no
estudo do
cérebro e dos
neurônios em
particular.
Usando
equipamentos
sofisticados
foram
identificadas
funções
surpreendentes.
Descobriu-se,
por exemplo, que
existem áreas do
cérebro ligadas
especificamente
ao julgamento
moral e à
espiritualidade.
Olhando alguém
que está
sofrendo dor, o
cérebro de quem
observa também
põe em atividade
neurônios da
área sensitiva,
como que
compartilhando
essa dor. Fazer
exercícios
físicos ativa
grupos de
neurônios nas
áreas motoras. O
que surpreende é
que a simples
imaginação da
mesma atividade
física também
ativa esses
mesmos
neurônios.
Sempre se
acreditou que o
adulto não
produzia novos
neurônios e hoje
isso já é aceito
como possível,
particularmente
nas regiões do
hipocampo – área
do cérebro
relacionada com
a memória.
Levamos com o
perispírito
alguns tipos de
neurônios?
Algumas
informações
confirmadas pela
Ciência é
necessário que
sejam revistas
por nós, para
compreendermos
essa questão.
Os neurônios
estão sempre
numa atividade
frenética. A
cada instante
que se mede em
milissegundos,
estamos
realizando
trocas químicas
e enviando
receitas
genéticas que
constroem um
novo padrão de
receptores nas
membranas
celulares desses
neurônios. Nossa
vida mental
está, portanto,
inteiramente
registrada nos
impulsos
químicos das
células
cerebrais e nas
redes neurais
que elas
organizam.
Penso eu que no
ser encarnado
existe uma
correspondência
entre os
neurônios do
corpo físico com
os do
perispírito. Se
assim não fosse,
viveríamos duas
personalidades.
Imediatamente
após o
desencarne as
informações do
cérebro físico
serão
transferidas
integralmente
para o Corpo
Espiritual.
Nessa fase
contaremos com a
mesma rede de
neurônios que
dispúnhamos no
corpo físico.
Foi por isso que
já sugeri que
“levaremos”
nossos neurônios
para a vida
espiritual que
nos acolhe
depois da morte.
Posteriormente,
os “arquivos
mentais” do
perispírito se
ampliarão,
resgatando
antigas
informações de
outras vidas,
por mecanismos
que ainda
desconhecemos.
Quando falamos
que os neurônios
são células que
“levamos” no
perispírito,
quer dizer: os
registros, as
informações.
Como ficam,
então, os
neurônios de
alcoólatras e/ou
drogados? Pela
Ciência, são
regenerados em
vida ou não?
Neurônios se
regeneram?
As informações
de André Luiz
nos dão conta de
que o “Corpo
Espiritual” dos
desencarnados
prescinde de uma
série de órgãos
que para o corpo
físico são
fundamentais. A
massa muscular e
o aparelho
digestório
sofrem sensível
regressão.
Por outro lado,
o cérebro não
poderia sofrer
restrição após o
desencarne, pelo
simples fato de
comprometer
nossa
integridade
mental.
No caso de
lesões que nós
mesmos
provocamos, ao
nos
comprometermos
com vícios
acumulados
inadvertidamente
– como é o caso
do alcoolismo ou
da drogadição –
estaremos
fixando no
perispírito um
dano cerebral
que exigirá,
mais cedo ou
mais tarde,
reconstrução
anatômica que,
talvez, só a
bênção de uma
nova encarnação
poderá
facilitar.
O nosso
patrimônio
físico/perispiritual
merece um zelo
que ainda não
sabemos
dimensionar.
Hoje em dia já
está comprovada
a possibilidade
da regeneração
de neurônios. Já
conhecemos
alguns fatores
químicos que
estimulam o
crescimento dos
neurônios e
tanto o
aprendizado novo
como o exercício
físico atuam
facilitando a
regeneração de
neurônios nas
regiões do
hipocampo,
região
especializada no
arquivo de
memórias
Os neurônios
ficam no
perispírito ou
seria no corpo
mental?
Allan Kardec
optou pela
simplificação
desses termos e,
em toda sua
obra, faz
referência quase
exclusiva ao
perispírito
quando se refere
ao nosso
“envoltório
espiritual”.
André Luiz, em
especial, nos
esclarece
algumas
particularidades,
fazendo
distinção entre
o perispírito, o
corpo mental e o
corpo etéreo,
que vêm a ser
elementos
distintos entre
si. Com
frequência os
termos são
usados como
representando a
mesma coisa,
quando, na
verdade, se
referem a
estruturas
distintas.
Para usar a
linguagem da
informática,
diríamos que o
perispírito
teria uma
conexão
anatômica
“compatível” com
o nosso corpo
físico, e nele
encontraremos o
correspondente
espiritual dos
neurônios
físicos.
Já nascemos com
uma quantidade
fixa de
neurônios para
aproveitar ou
“queimar”?
Curiosamente,
nascemos com uma
quantidade muito
maior de
neurônios do que
os que vamos
usar durante a
vida toda. Logo
após o
nascimento
ocorre uma perda
contínua e
enorme daqueles
neurônios que
não fortaleceram
suas ligações
sinápticas – são
trilhões de
contatos
químicos que
precisam ser
estabelecidos,
por isso é
importante a
estimulação da
criança,
principalmente
nos primeiros
anos de vida,
justamente para
que ela proceda
à construção das
redes
sinápticas, que
lhe serão
fundamentais
para sua vida
mental futura.
Nessa ocasião, o
vínculo materno
exerce um efeito
protetor
incomparável.
Como dissemos,
já é aceito que
na vida adulta
ocorre também a
produção de
novos neurônios.
Essa, porém, não
é a regra para
todo o cérebro.
A reposição de
neurônios ocorre
comprovadamente
no hipocampo,
região ligada às
nossas memórias.
A leitura, os
exercícios
físicos
saudáveis,
trabalhos
manuais, uma
vida mental sem
estresse,
períodos de
férias
repousantes,
atividade
solidária e
fraterna com o
próximo,
alimentação
compatível com
as necessidades
básicas,
vitamina E,
ácido fólico,
Ômega 3,
envolvimento
sincero com a
espiritualidade,
são
recomendações já
comprovadas que
garantem
benefícios aos
nossos neurônios
e à construção
dessas redes.
Lição de casa:
Toda atividade
física ou mental
tem seu
correspondente
na atividade de
neurônios em
alguma área do
cérebro. Está
comprovado que
durante as fases
de depressão
grave o
hipocampo perde
neurônios e
quando os
antidepressivos
corrigem a
química dos
neurotransmissores
o hipocampo
constrói outros
neurônios que
atuarão na cura
do processo
depressivo.
Nós espíritas
temos na
neurologia um
magnífico campo
de estudo para
compreender
muito do que nos
ensina a
Doutrina
Espírita.
Ideias fixas que
nos aprisionam a
mágoas e
ressentimentos
persistentes têm
um efeito
deletério sobre
o nosso cérebro
e não nos convém
mantê-las por
mais tempo.
O pensamento
negativo que nos
imobiliza pela
depressão pode
causar danos
irreparáveis ao
cérebro,
comprometendo
nossa vida
mental para
sempre.
Pensar ou
imaginar com
persistência
criarão padrões
de neurônios que
podem nos ajudar
ou prejudicar. A
oração não é
apenas uma
mensagem
imaterial, ela
também modifica
a química e a
estrutura
funcional dos
nossos
neurônios.
Aprender coisas
novas, adquirir
talentos,
exercitar o bem
ampliam as redes
de conexão entre
os neurônios.
Comprometer-nos
com vícios,
consolidar
crimes ou
vinganças,
exigir posses
indevidas, impor
opiniões deixam
marcados
impulsos que os
neurônios fixam
para sempre.
A distância
entre imaginar e
desejar é muito
pequena. Pensar
e agir estão
mais próximos do
que parece.
Precisamos rever
nossos desejos
ocultos, nossas
intenções não
concretizadas,
as pequenas
maldades
disfarçadas, os
gestos de boa
intenção que não
se concretizam
nunca, o perdão
que insistimos
em adiar, a
ajuda ao próximo
que fica sempre
para depois.
Todas essas
atitudes já
estão impressas
em neurônios do
nosso cérebro e
nos comprometem
enquanto não se
resolvem.
A meditação
sinaliza nos
neurônios um
padrão novo de
conexões que
podem ser muito
benéficas para
nossa vida
mental. Devemos
estimular sua
prática aliada
às orações.
PS - Nos textos
de Kardec
aprendemos que o
perispírito é um
organismo
semimaterial que
não se estrutura
em células como
ocorre com o
corpo físico.
Mas convém
registrar que O
Livro dos
Espíritos é
de 1857 e a
descrição dos
neurônios
recebeu o Prêmio
Nobel em 1906.