A lei moral de causa e efeito é divina
É consenso entre os adeptos da Ciência não materialista
que a Lei Moral de Causa e Efeito ou do retorno é
divina, pois consta da Bíblia e das Escrituras Sagradas
das outras grandes religiões.
Essa Lei divina é sintetizada com a afirmação clara e
racional de que nós colhemos o que nós semeamos. E de um
modo geral, ela sempre foi aceita por todas as
civilizações e culturas, às vezes com algumas pequenas
ideias diferentes, mas com carmas ou ações que provocam
outras ações relacionadas com a semeadura e a colheita
que, geralmente, é maior do que a semeadura.
Na Grécia, essa Lei moral aparece com o nome egípcio de
má'at” (Maat), nome da deusa da justiça e da verdade.
Ela tem também o nome de Lei do retorno e até do eterno
retorno sobre a qual falou Friedrich Nietzsche. E para
nós cristãos (uma parte deles diz, em vão, que os
espíritas não são cristãos), essa Lei é de máxima
importância, pois, como já vimos, ela é bíblica. Alguns
exemplos:
"A cada um será dado segundo suas obras" (São Mateus
16:27);
"... como tu fizeste, assim se fará contigo: o teu
malfeito tornará sobre a tua cabeça" (Obadias 1:15);
"... o que o homem semear, isso também ceifará" (Gálatas
6:7);
"Se alguém matar à espada, é necessário que à espada
seja morto" (Apocalipse 13:10);
"Pois com o critério com que julgardes, sereis julgados;
e com a medida com que tiverdes medido, vos medirão
também" (São Mateus 7:2); e
na cura do cego de nascença (João capítulo 9), os
apóstolos demonstraram que acreditavam nessa Lei moral
de causa e efeito e na da reencarnação, pois perguntaram
a Jesus se a causa da cegueira de nascença daquele homem
era de responsabilidade dele, ou seja, de uma vida
anterior, ou dos seus pais.
Como se vê, eles admitiam a hipótese correta de o cego
ter culpa numa vida anterior, e a ideia errada de filho
pagar pelo pecado dos pais. Jesus respondeu-lhes que se
tratava de um caso especial. O homem nasceu cego, para
que Ele, Jesus, tivesse a oportunidade de curá-lo, e
assim o povo cresse Nele. Nesse episódio, Jesus poderia
ter condenado a reencarnação. Mas não o fez, porque ela
é tão verdadeira quanto a lei de causa e efeito.
O cristianismo tem dado mais valor a certas doutrinas e
rituais do que à vivência real do que o Nazareno colocou
como característica dos seus verdadeiros discípulos, ou
seja, a que se baseia na máxima "Eu vos deixo um novo
mandamento: que vos ameis uns aos outros como eu vos
amei", isto é, amor de modo irrestrito e incondicional,
até para com os inimigos!
A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória,
ensina-nos a Lei moral divina, bíblica, espírita e
universal de causa e efeito.
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