CHRISTINA NUNES
meridius@superig.com.br
Rio de Janeiro,
RJ (Brasil)
Da utilidade dos
romances
espíritas
Nasci em família
kardecista e,
por volta dos
meus dezesseis
anos, minha
inclinação para
o Espiritismo e
para os assuntos
que lhe são
correlatos se
deu fulminante e
espontânea, já
que não houve,
da parte dos
familiares,
qualquer tipo de
coação para que
seguisse a
religião que
lhes era comum.
Não obstante, o
que começou com
o estudo
entusiasmado das
obras
doutrinárias
kardecistas, e
das que compõem
a série de
livros do
Espírito de
André Luiz, só
desaguaria na
minha
participação
propriamente
ativa, na
publicação de
textos e livros
de cunho
espiritualista
aos meus quase
quarenta anos de
idade.
Até chegar a
este ponto,
muita água rolou
por debaixo da
ponte. Filiei-me
à AMORC (Antiga
e Mística Ordem
Rosacruz);
estudei a
maravilhosa
Teosofia; atingi
os cumes de
consciência com
os discursos de
Osho; e não
tenho mais a
conta de todas
as obras do
gênero que
constituíram e
constituem, até
hoje, o meu
acervo de
estudos, e que
fazem parte da
minha
biblioteca, nem
do que já
assisti de
palestras e de
vídeos sobre o
tema. De modo
que, a par deste
autêntico
desenvolvimento
acadêmico –
paulatinamente –
paralelo às
vivências
pessoais que
compuseram até
aqui a minha
trajetória e
sedimentaram
todo o conjunto
de
circunstâncias
propícias, a
mediunidade da
psicografia em
si, aflorada
cedo, houve que
ser burilada e
seguir um
percurso
gradativo. E o
que de início se
apresentava
apenas nas
mensagens curtas
do meu guia
espiritual
acabou evoluindo
para uma
manifestação
ostensiva da
assistência
espiritual, com
a transmissão de
recados de
parentes
falecidos e de
companheiros
outros da vida
invisível.
Somente no
decorrer da
última década
começaram a vir
os romances
psicografados –"uma
didática leve e
cativante de
comunicação aos
reencarnados dos
acontecimentos
ligados à
continuidade da
vida, que a
todos nós
aguarda”,
como define
Fábio, o meu
Amparador
espiritual e
autor dos nossos
livros.
Recebi,
portanto, cinco
obras seguidas;
e, como acontece
dentro do
mecanismo da
psicografia
semi-mecânica,
grande critério
e reflexão se
fizeram
necessários no
momento de me
decidir a
publicá-los. De
forma que,
somente na fase
inesquecível em
que se
conjugaram os
pareceres
imprescindíveis
e favoráveis de
pessoas idôneas
e lúcidas dentro
da atividade
espírita a
respeito do
trabalho
desenvolvido,
com a
sinalização
inequívoca da
assistência
espiritual que
me assessorava,
no sentido de me
arrastar,
literalmente,
à entrega
decisiva a esta
nova fase de
tarefa conjunta
com a
invisibilidade,
me decidi,
afinal, a sair
em busca de
editoras
dispostas a
acolher o nosso
trabalho.
Como nos explica
Fábio, "Tais
como as
parábolas de
Jesus,
utilizadas
noutros tempos
para a
conscientização
das massas
acerca das
realidades
maiores da Vida,
hoje em dia o
romance espírita
idôneo,
psicografado ou
não, funciona à
semelhança
daquela forma
leve e cativante
de lucificação
das almas.
Porque,
diferentemente
do livro
doutrinário, que
no mais das
vezes requer
elaboração de
raciocínios
desenvolvida do
leitor e do
estudioso – o
que não se há de
exigir de todos,
em respeito às
idiossincrasias
individuais –,
este gênero
agradável de
leitura nos
remete,
imperceptivelmente,
à assimilação
espontânea de
noções
importantes e
vitais ao
trajeto
evolutivo comum
a todos (como o
funcionamento
das engrenagens
das leis de
Causa e Efeito e
do Carma
individual e
coletivo) – na
medida em que
nos interessamos
pelo desenrolar
do enredo de
vida dos
personagens,
verídicos ou
não, de uma
trama, assim
como acontece
nos insights que
nos eclodem,
naturalmente, a
partir da mera
assistência de
uma novela
diária ou de
algum filme
cinematográfico.
“Trata-se,
portanto, o
romance
psicografado,
desde há muito,
de importante,
inequívoco e
sutil método de
auxílio às
populações
reencarnadas,
que
instintivamente
lhe buscam, nas
fontes pródigas
da literatura
espírita, a luz
do despertar
íntimo para as
Verdades Maiores
da existência".
Quem conhece
assim, e de
fato, a história
do nascimento de
um livro
espírita deste
gênero – a
exemplo do que
se deu com o
nosso O
Pretoriano,
transmitido via
psicografia por
um antigo legado
de Júlio César a
uma médium que,
em absoluto, lhe
desconhecia por
completo a
existência no
passado milenar
(consulte "Comentários
das Guerras
Gálicas",
Ediouro, do
próprio Júlio
César, à venda
nas livrarias)
–, entenderá
melhor da
autenticidade e
do valor
inestimável
desta preciosa
ferramenta do
mundo espiritual
usada nos
cenários
materiais, com a
finalidade de
integrar mais
rápido o ser
humano de boa
vontade com as
gratas
realidades
vindouras e com
o sentido maior
de nossa fugaz
passagem por
este mundo
físico.