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O Espiritismo responde
Ano 1 - N° 1 - 18 de Abril de 2007

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
  

No momento em que o Ministro da Saúde de nosso país propõe abertamente a liberação do aborto, alguém nos pergunta: Como devemos encarar essa prática?

O aborto é, segundo o Espiritismo, um doloroso crime. Arrancar uma criança ao seio materno é infanticídio confesso. Uma mãe ou quem quer que seja cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, porque impede ao reencarnante passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando.   

Podem-se destacar três erros no procedimento dessas mães.

Primeiro: Impedir que um Espírito reencarne e, por conseguinte, progrida.

Segundo: Recusar a chegada de um filho que talvez represente o instrumento que Deus tenha dado aos pais para ajudá-los na jornada evolutiva, através dos cuidados, das renúncias, das preocupações e trabalhos que teriam.

Terceiro: Transgredir o mandamento divino “Não matarás”, sem dar à vítima a menor chance de defesa.         

O aborto delituoso é, como se vê, a negação do amor. Esmagar uma vida que desponta, plena de esperança; impedir a alma de reingressar no mundo corpóreo; negar ao Espírito o ensejo do reajuste representa, em qualquer lugar, situação e tempo, uma prática inominável, de prolongadas e dolorosas conseqüências para o psiquismo humano. 

Em muitos países, o aborto sem causa justa  – e por causa justa devemos considerar tão-somente o chamado aborto terapêutico, que objetiva salvar a vida da gestante – encontra amparo na lei, mas, de acordo com a Doutrina Espírita, ele jamais encontrará justificativa perante Deus, a não ser em casos especialíssimos, como o citado, em que o médico honrado, sincero e consciente entende que a continuação da gravidez põe em perigo a vida da gestante.

Devido às suas inúmeras implicações, o aborto delituoso é um dos grandes fornecedores das moléstias de etiologia obscura e das obsessões catalogáveis na patologia da mente, que ocupam vastos departamentos de hospitais e prisões da Terra.

Diz Joanna de Ângelis que a mulher que o promove ou que venha a coonestar semelhante delito é constrangida, por leis irrevogáveis, a sofrer alterações deprimentes no centro genésico de sua alma, predispondo-se a dolorosas enfermidades, como a metrite, o vaginismo, a metralgia, o enfarte uterino ou a tumoração cancerosa, flagelos esses com os quais, muita vez, desencarna, demandando o Além para responder perante a Justiça divina pelo crime praticado.


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita