46. Uma
brilhante figura surge no seio da
Idade Média: Joana d'Arc, cristã
e piedosa que ouve com
freqüência as "suas
vozes". (P. 54)
47. Corria o
século XV e a França agonizava
sob o tacão da Inglaterra, quando
Joana, uma jovem de 18 anos,
serviu de instrumento a que as
potências invisíveis reanimassem
um povo desmoralizado. (PP. 54 e
55)
48. Presa em
Ruão e esgotada pelos
sofrimentos, quando as
"vozes" pareciam tê-la
abandonado, Joana admite abjurar.
Depois, as "vozes"
fazem-se ouvir de novo e ela,
erguendo a cabeça diante dos
juízes, afirma-lhes: "A voz
disse-me que a abjuração é uma
traição". Acabou sendo
executada. (P. 55)
49. O povo
hebreu, apesar do rígido
exclusivismo que é um dos
aspectos de seu caráter, teve o
mérito de adotar o dogma da
unidade de Deus. (P. 56)
50. Os
Essênios, cujas colônias se
estendiam até o vale do Nilo,
professavam uma doutrina análoga
à de Pitágoras: admitiam as
vidas sucessivas da alma e rendiam
a Deus o culto do espírito. (P.
57)
51. A Terra
jamais viu passar um Espírito
maior do que Jesus: uma serenidade
celestial envolvia sua fronte,
todas as perfeições uniam-se
nele, existia em seu coração
imensa piedade pelos humildes e
deserdados. (P. 58)
52. O Sermão
da Montanha condensa e resume o
ensinamento de Jesus, e a lei
moral mostra-se nele com todas as
suas conseqüências. (P. 59)
53. Jesus
dirigia-se tanto ao coração
quanto ao espírito e é por isso
que a doutrina cristã dominou
todas as outras. (P. 62)
54. Em sua
profunda ciência Jesus unia a
potência fluídica do iniciado
superior, da alma livre das
paixões, na qual a vontade domina
a matéria e comanda as forças
sutis da Natureza. (P. 63)
55. Não podem
ser postas em dúvida as
aparições de Jesus após a
morte: somente elas explicam a
continuidade da idéia cristã,
visto que após o suplício do
Mestre o cristianismo estava
moralmente sepultado. (P. 63)
56. Todos os
rabinos israelitas reconhecem a
existência do Cristo e o Talmude
fala dele nestes termos: "Na
vigília da Páscoa Jesus foi
crucificado por ter praticado a
magia e sortilégios". (P.
64)
57. Tácito e
Suetônio também mencionam o
suplício de Jesus e o
desenvolvimento rápido da idéia
cristã. (P. 64)
58. As teorias
que fazem de Jesus uma pessoa da
Trindade e as que o descrevem como
um ser puramente fluídico carecem
de fundamento. (P. 65)
59. O reino de
Deus, isto é, do Bem e da
Justiça, não pode ser realizado
senão com o aperfeiçoamento de
todos, com o melhoramento
constante dos indivíduos e das
instituições. (P. 65)
60. O
Catolicismo desnaturou as belas e
puras doutrinas do Evangelho com
suas concepções de salvação
pela graça, de pecado original,
de inferno e de redenção. Em
todos os séculos, numerosos
concílios instituíram novos
dogmas, afastando-se cada vez mais
dos preceitos do Cristo. (P. 66)
61. A doutrina
secreta, apesar das
perseguições, perpetuou-se
através dos séculos, como se
pode ver na Kabala, um dos
monumentos mais importantes da
ciência esotérica, escrita pelos
iniciados judeus. (P. 69)
62. Os
primeiros cristãos acreditavam na
reencarnação e adotavam as
evocações e as comunicações
com os espíritos dos mortos. (PP.
69 e 70)
63. A
reencarnação é também afirmada
por Orígenes e Agostinho. (P. 71)
64. Orígenes e
os Gnósticos foram condenados
pelo Concílio de Constantinopla
em 553; a doutrina secreta
desapareceu com os seus profetas,
e a Igreja pôde reinar à vontade
com os seus dogmas. A partir daí
foi que os padres romanos perderam
a luz que o Cristo trouxe ao
mundo. (P. 72)
65. O
pensamento humano, após séculos
de submissão e de fé cega,
cansado do triste ideal de Roma,
voltou-se para as doutrinas do
nada. (P. 75)
66. Sob o materialismo, a
consciência deve necessariamente
calar-se, para dar lugar ao
instinto brutal, o interesse
sobrepor-se ao entusiasmo e o amor
do prazer banir da alma as
generosas aspirações. (P. 81) (Continua
no próximo número.)