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Crônicas
e Artigos |
Ano
1 - N° 11 - 27 de Junho
de 2007 |
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RICARDO
BAESSO DE OLIVEIRA
kargabrl@uol.com.br
Juiz de Fora, Minas Gerais (Brasil)
Espiritismo
e atualidade
Característica
importante da Doutrina Espírita
é sua abertura para tudo que é
bom ou útil, independente da
origem. Esse ecletismo de
pensamento torna o Espiritismo
insuperável, pois tudo o que é
novo e útil para a
criatura humana vai sendo
devidamente analisado pelos
espíritas e, se importante, passa
a ser assimilado por eles. Vejamos
algumas contribuições recentes
de fontes não espíritas.
Tempo de espera -
Quanto tempo nós permanecemos no
mundo espiritual, entre uma
existência terrena e outra? Os
Espíritos Superiores disseram a
Kardec que esse tempo é muito
variável, e depende da condição
evolutiva de cada um. Os
espíritos mais elevados
permanecem mais tempo, enquanto os
menos evoluídos reencarnam mais
rapidamente. Léon Denis
estabeleceu esse período médio
como sendo de trinta anos. Mais
recentemente, a Dr.a
Helen Wambach, terapeuta
reencarnacionista, com grande
experiência em regressão de
memória a vidas passadas afirmou
que nós permanecemos mais ou
menos 43 anos entre uma
encarnação e outra. É possível
que a gente reencarne uma vez em
cada século.
Sem lamentações -
Entrevistaram cem pessoas com mais
de noventa anos perguntando se,
caso elas pudessem recomeçar sua
vida novamente, mudariam muita
coisa. Quase todas disseram que
sim. Estudar o passado para
aprender com os próprios erros é
sempre positivo e denota
maturidade espiritual. No entanto,
buscar o passado para lamentar o
que podia ter sido e não foi pode
causar amargura, e isso nada tem
de salutar. Afirmou um autor
americano: não existem escolhas
certas e erradas e sim escolhas
piores e melhores. O erro de
ontem, quando devidamente
identificado e prontamente
corrigido nos arma de recursos
para escolher melhor no futuro.
Osho disse: cometa todos os erros
possíveis, mas jamais cometa o
mesmo erro mais de uma vez.
Aconselha o benfeitor Emmanuel:
Ergue-te, todos os dias, e faze o
melhor ao teu alcance.
Câncer e afetividade - A
causa do câncer é ignorada, mas
muitos fatores já podem ser
relacionados a ele, tais como
mágoa, depressão e afetividade.
Em um estudo relacionado com o
tema, na Escola de Medicina da
Universidade de Johns Hopkins,
foram submetidos a um teste cerca
de 1.100 alunos, na década de
1940. Os pesquisadores usaram um
questionário chamado "Escala
de Proximidade com os Pais"
para medir a qualidade dos
relacionamentos dos alunos com os
pais. Todos esses alunos eram
saudáveis. Mais de cinqüenta
anos depois, esses alunos foram
investigados por pesquisadores
daquela Universidade e chegou-se a
uma conclusão notável. Os
estudantes de medicina que mais
tarde teriam câncer tinham sido
aqueles que, anos antes, relataram
maior falta de intimidade com os
pais. Jesus disse: cuida do
seu semelhante como você cuida
das pupilas de seus olhos.
Atenção, afeto, gentileza e
acolhimento são valores
essenciais em nossa vida de
relação e tornam-se
obrigatórios junto às pessoas
que estão mais próximas de nós.
Conhecimento e consciência -
Algumas pessoas fazem diferença
entre conhecimento e consciência.
A consciência seria uma forma de
conhecimento interiorizado, ou
seja, que provoca modificações
na pessoa. Um médico que fuma tem
conhecimento de que o tabagismo é
um mal, no entanto não tem
consciência disso. Uma das coisas
mais fascinante na história da
ciência foram as investigações
que Kepler realizou, por 18 anos,
a fim de determinar
matematicamente as órbitas dos
planetas. Um estudante de mediana
inteligência pode aprender as
três leis que ele enunciou em
poucos minutos. Todavia a
diferença entre Kepler e o
estudante é colossal. Assim nós
entendemos porque a existência no
mundo físico, através da lei da
reencarnação é uma necessidade
evolutiva. No mundo espiritual
podemos aprender muitas coisas,
adquirindo conhecimentos (como o
estudante), mas somente no mundo
físico encontraremos os elementos
que nos permitam adquirir
consciência a respeito das coisas
e de nós mesmos (como o célebre
cientista.).
Perdoar ou anistiar? - Lya
Luft prefere o termo anistiar em
lugar de perdoar. Segundo a
conceituada escritora brasileira,
a palavra perdão tem conotação
religiosa e dá a idéia de que
somos bonzinhos perdoando alguém.
Em verdade quem perdoa faz bem a
si mesmo e não ao outro, porque o
outro, independente de nosso
perdão, vai ter que se ver com a
própria consciência. Ao perdoar,
ou melhor, anistiar, nos
libertamos do sentimento de
mágoa, um dos sentimentos mais
danosos para a personalidade
humana. O Espírito Jesus
Gonçalves, através da médium
Célia Xavier, disse: A vítima
que não perdoa está em pior
situação espiritual que o algoz
que se arrependeu do crime.
Fábula moderna - O homem
estava pegando as chaves do carro
(a mulher já tinha saído para
levar as crianças à escola)
quando tocaram a campainha.
Vagamente irritado, ele abre a
porta e se depara com o Anjo da
Morte.
– Vim buscar você.
Não era preciso explicar, o homem
entendeu na hora. Não havia como
escapar. Mas, acostumado a
negociações, tentou argumentar:
– Vem cá, me dá uma chance.
– Tudo bem, argumentou a morte,
eu te dou uma chance, se você me
der três boas razões para não
vir comigo desta vez.
O homem aprumou-se; era um bom
negociador. Mas quando abria a
boca para começar sua ladainha de
razões, o Anjo ergueu um dedo
imperioso e disse:
– Espera aí. Três boas
razões, mas ... não vale dizer
que seus negócios precisam ser
organizados, sua família não
está garantida, sua mulher não
sabe assinar cheque, seus filhos
nada sabem da realidade. O que
interessa é você, você mesmo.
Por que valeria a pena ainda te
deixar por aqui algum tempo?
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