Pesquisas
demonstram que atualmente os
jovens que adentram o mercado de
trabalho estão muito preocupados
em trabalhar em grupo.
Fácil então
deduzir que o trabalho em grupo é
uma tendência a se enraizar cada
vez mais, não apenas no circulo
profissional, como também em
todas as outras esferas de
atuação do ser humano. Estamos
mais sociáveis, caro leitor,
autêntico sinal de progresso.
Embora a convivência muitas vezes
seja complicada, fruto de nossa
intemperança, é real que estamos
mais dispostos a aceitá-la.
E esse
interesse de trabalhar em grupo se
acopla perfeitamente ao que pensam
as empresas e devem pensar as
demais instituições; todas
querem talentos dispostos a ter
bons relacionamentos
interpessoais. E é justamente o
que pede o mundo contemporâneo:
muitas cabeças pensando, se
encontrando e desencontrando a fim
de entrar em comum acordo e
atingir os objetivos com
excelência.
Perguntará o
leitor aonde quero chegar com essa
conversa. Pois sim, quero
adaptá-la ao cotidiano do Centro
Espírita, mais precisamente
enfocando escritores e
expositores.
Se o trabalho
de psicografia é a dobradinha
entre desencarnado e encarnado a
render bênçãos inefáveis,
natural que exista também a
dobradinha encarnado e encarnado a
render essas mesmas bênçãos.
Salutar será
que expositores e escritores
espíritas abordem assuntos
concernentes à Doutrina
Espírita, em parceria. Sim, por
que não? Artigos escritos em
parceria, palestras proferidas em
parceria, livros trabalhados em
parceria ou até mesmo em grupo,
trazendo as luzes da
Codificação, analisadas sob
inúmeras óticas, sem, é óbvio,
se perder em desvios
doutrinários. Os benefícios
serão imensos; o grupo ou a dupla
unida em nobres ideais de
popularização do Espiritismo
trarão ao leitor uma maior
riqueza de informações, além de
promover a união e a
aproximação dos envolvidos,
podendo até mesmo contagiar mais
e mais pessoas a estudar,
pesquisar e conhecer a real
finalidade do Espiritismo. Porque
é fato, caro leitor, o esforço
individual é válido, porém a
união de esforços, o trabalho em
grupo por propagar determinada
idéia tem poder avassalador de
comover e conquistar.
E o mundo com o
apoio da própria espiritualidade
nos convida à união; afinal, há
alguns anos esse intercâmbio
seria bem mais complicado. Hoje,
com o advento da tecnologia, não
há barreiras para a aproximação
das pessoas. As opiniões são
trocadas e a interação consumada
em segundos.
Bem o sabemos
que já existem muitos escritores
e oradores trabalhando em
conjunto, contudo será benéfico
a todo o movimento espírita se
essa prática se popularizar ainda
mais.
Em 2005 tive a
grata surpresa de escrever em
parceria com o amigo Orson Peter
Carrara alguns artigos em
comemoração dos 140 anos do
livro "O Céu e o
Inferno", artigos que foram
gentilmente publicados pelo jornal
Verdade e Luz, da USE
Ribeirão Preto, experiência
ímpar de grande utilidade porque
nos locomoveu a pensar em
parceria, a analisar um outro foco
da questão, enfim a procurar
soluções coerentes
doutrinariamente falando e que
agradassem a ambos. Com isso
ganhamos nós ao exercitar o
raciocínio, utilizar a
flexibilidade e aprender a
adaptar-se ao universo do outro.
Sei que o amigo de Matão vem
repetindo a experiência com mais
escritores.
Tomara então
que prolifere nos Centros
Espíritas e também na imprensa
espírita a prática de se
trabalhar mais intensamente em
grupo, porque, com toda a certeza,
o movimento espírita terá muito
a ganhar com essa adesão dos
trabalhadores. Pensemos nisso.