R.: Os séculos de submissão e de
imposição de uma fé cega
levaram o homem a cansar-se do
triste ideal de Roma, o que
resultou no fortalecimento das
idéias materialistas, apesar das
inúmeras contradições que estas
doutrinas apresentam. Até o
Positivismo, que inegavelmente é
mais sutil do que o materialismo
clássico, tendo mesmo chegado a
contribuir para enriquecer alguns
ramos dos conhecimentos humanos,
perdeu de vista o conjunto das
coisas e as leis superiores do
universo, ao negar a priori
uma ordem inteira de fenômenos e
de manifestações psíquicas,
fato que constitui o maior
equívoco das doutrinas
materialistas em geral. (Depois
da Morte, capítulo VII, p. 85.)
B. A que
atribuir o estado de
decomposição moral da sociedade
humana, a que se refere o autor
deste livro, e qual será para
tais coisas o remédio?
R.: O sensualismo, a
depravação, a embriaguez, a
prostituição, a imoralidade, o
desespero e o suicídio constituem
tristes sinais de uma
civilização carcomida. Esse
estado de coisas pode ser imputado
ao ambiente, aos maus exemplos
recebidos na infância, à falta
de energia dos pais, à ausência
de educação da família, mas se
deve também ao fato de que,
apesar do progresso da ciência, o
homem não conseguiu ainda
conhecer-se a si mesmo. Como há
vinte séculos, o homem em geral
não sabe sua origem, para onde
vai, qual a finalidade real da
vida, enquanto a religião sem
provas e a ciência sem ideal
engalfinham-se, ferem-se,
combatem-se. As conseqüências
disso fazem-se sentir por toda
parte: na família, na escola, na
sociedade, e para que cesse é
preciso que a luz se faça para
todos; é preciso que um novo
ensinamento popular venha a
iluminar as almas sobre suas
origens, seus deveres e seus
destinos. A importância de uma
educação melhor é enorme, tanto
para guiar o indivíduo, como para
as instituições e as relações
sociais. Para elevar o nível
moral, para deter as correntes da
superstição e do ceticismo, é
necessário um ensino que conduza
os homens à estrada do
aperfeiçoamento, e ele se
encontra na filosofia dos
Espíritos. A doutrina ensinada
pelos Espíritos pode muito bem
transformar povos e sociedades,
levar luz às trevas, fundir o
egoísmo das almas. (Obra
citada, capítulo VIII, p. 86 a
95.)
C. Qual é a
função da dor?
R.: A dor é uma advertência
necessária, um estímulo para a
atividade humana, que nos obriga
à interiorização, à reflexão.
(Obra citada, cap. IX, p. 114.)
D. Qual a
origem do mal e como
conceituá-lo?
R.: O mal constitui um estado
transitório inerente ao nosso
planeta, como uma fase inferior da
evolução dos seres para o bem.
Antítese da lei divina, o mal
não pode ser obra de Deus e é,
por isso mesmo, obra do homem, uma
conseqüência de sua liberdade.
Contudo, o mal, assim como a
sombra, não tem existência real:
é apenas a ausência do bem. (Obra
citada, capítulo IX, p. 115.)
67. O
Positivismo é mais sutil do que o
materialismo e chegou mesmo a
contribuir para enriquecer alguns
ramos dos conhecimentos humanos;
mas perdeu de vista o conjunto das
coisas e as leis superiores do
universo. (P. 85)
68. Embora
tenham proclamado o método
experimental como único meio de
atingir a verdade, o Positivismo
desmentiu-se ao negar a priori
uma ordem inteira de fenômenos e
de manifestações psíquicas. (P.
85)
69. A obra da
civilização tem seu lado
esplêndido, mas tem também seu
lado triste, ao aguçar os
apetites e desejos, favorecer o
sensualismo e aumentar a
depravação. (PP. 86 e 87)
70. A
embriaguez, a prostituição, a
imoralidade, o desespero e o
suicídio constituem tristes
sinais de uma civilização
carcomida. (P. 87)
71. Esse estado
de coisas pode ser imputado ao
ambiente, aos maus exemplos
recebidos na infância, à falta
de energia dos pais, à ausência
de educação da família, mas se
deve também ao fato de que,
apesar do progresso da ciência, o
homem não conseguiu ainda
conhecer-se a si mesmo. (PP. 87 e
88)
72. Como há
vinte séculos, o homem em geral
não sabe sua origem, para onde
vai, qual a finalidade real da
vida, enquanto a religião sem
provas e a ciência sem ideal
engalfinham-se, ferem-se,
combatem-se. (P. 88)
73. As
conseqüências disso fazem-se
sentir por toda parte: na
família, na escola, na sociedade,
e para que cesse é preciso que a
luz se faça para todos; é
preciso que um novo ensinamento
popular venha a iluminar as almas
sobre suas origens, seus deveres e
seus destinos. (P. 89)
74. A
importância de uma educação
melhor é enorme, tanto para guiar
o indivíduo, como para as
instituições e as relações
sociais. (P. 89)
75. O conceito
católico criou a civilização da
Idade Média e modelou a sociedade
feudal, monárquica, autoritária.
As doutrinas materialistas,
conduzindo os homens à idolatria
do ouro e da carne, criaram uma
geração sem ideais, sem fé no
futuro, sem energia para a luta.
(P. 90)
76. De onde
virão a luz e a salvação? Não
da Igreja, que é impotente para
regenerar o espírito humano, nem
da ciência, que não se preocupa
com o caráter nem com a
consciência da criatura humana.
(P. 94)
77. Para elevar
o nível moral, para deter as
correntes da superstição e do
ceticismo, é necessário um
ensino que impila os homens na
estrada do aperfeiçoamento, e ele
se encontra na filosofia dos
Espíritos. (PP. 94 e 95)
78. A doutrina
ensinada pelos Espíritos pode
muito bem transformar povos e
sociedades, levar luz às trevas,
fundir o egoísmo das almas. (P.
95)
79. A idéia de
Deus está escrita em dois livros:
o livro do Universo, onde as obras
divinas ressaltam em caracteres
luminosos, e o livro da
consciência, no qual estão
impressos os preceitos da moral.
(P. 101)
80. Uma
poderosa unidade rege o mundo: uma
só substância, o éter ou fluido
universal, constitui a incontável
variedade de corpos. Esse elemento
vibra sob a ação das energias
cósmicas e gera, segundo o
número e a velocidade de suas
vibrações, o calor, a luz, a
eletricidade, o fluido magnético:
quando essas vibrações se
condensam, os corpos aparecem. (P.
105)
81. O estudo da
Natureza mostra-nos em cada coisa
a ação de uma vontade oculta;
por toda parte a matéria obedece
a uma força que a domina. (P.
105)
82. Os males da
vida mostram-nos que não estamos
aqui para gozar e adormecer no
quietismo, mas para trabalhar e
combater. (P. 107)
83. Poder-se-ia
definir Deus de modo superior ao
que fazemos? Definir é limitar.
Deus impõe-se ao nosso espírito,
mas escapa a qualquer análise.
Deus é a vida, a razão, a causa
operante de tudo o que existe. (P.
111)
84. A dor é
uma advertência necessária, um
estímulo para a atividade humana,
que nos obriga à interiorização,
à reflexão. (P. 114)
85. O mal
constitui um estado transitório
inerente ao nosso planeta, como
uma fase inferior da evolução
dos seres para o bem. (P. 115)
86. Antítese
da lei divina, o mal não pode ser
obra de Deus e é, por isso mesmo,
obra do homem, uma conseqüência
de sua liberdade. Mas, o mal, como
a sombra, não tem existência
real: é apenas a ausência do
bem. (P. 115)
87. Libertar-se
das baixas regiões da matéria e
subir todos os degraus da
hierarquia espiritual,
emancipar-se do jogo das paixões
e conquistar todas as virtudes,
todo o saber, eis o fim para que
fomos criados. (P. 116) (Continua
no próximo número.)