– O que dizer
dos médiuns que só recebem
Espíritos Mentores e jamais
sofredores? Acaso é uma
mediunidade mais aprimorada?
Raul Teixeira:
Pautando-nos no pensamento de
Jesus, que afirma não serem os
sãos que carecem de médicos, e
sim os doentes, podemos ver grande
incoerência nesse fenômeno
questionado.
Há que
desconfiar, sempre, desses
médiuns que só recebem Guias ou
Mentores. Na Terra, a mediunidade
deverá ser socorrista para que
tenha utilidade, de fato.
Médiuns
espíritas destacados por suas
vivências e realizações
doutrinárias, como a saudosa
Yvonne Pereira, Chico Xavier,
Divaldo Franco e outros tantos,
sempre afirmaram e afirmam que o
que lhes garantiu sempre a
assistência dos Nobres Mentores
foi o atendimento aos sofredores,
aos infelizes dos dois
hemisférios da Vida, ou seja,
encarnados e desencarnados.
Os Guias se
comunicam, sim, sem que, contudo,
impeçam-nos de atender os caídos
como nós ou mais que nós.
Comunicam-se, exatamente, para nos
fortalecer a fé e impulsionar à
perseverança no bem. É pelos
caminhos da caridade, do serviço
do amor prestado aos Espíritos
sofredores que a mediunidade e os
médiuns se aprimoram.
Fora dessa
diretriz, os fenômenos, por mais
impressionantes, deixam no ar um
odor de impostura, de presunção,
de exibição vaidosa, alimentado
por tormentosa e disfarçada
fascinação.
Do
livro Diretrizes de Segurança,
questão 67, Editora Fráter, 3a
edição.