Maomé foi valoroso
condutor de homens.
Milhões de pessoas
curvaram-se-lhe às
ordens. Todavia, deixou
o corpo como qualquer
mortal e seus restos
foram encerrados numa
urna, que é visitada,
anualmente, por milhares
de curiosos e
seguidores.
Carlos 5o,
poderoso imperador da
Espanha, sonhou com o
domínio de toda a Terra,
dispôs de riquezas
imensas, governou muitas
regiões; entretanto,
entregou, um dia, a
coroa e o manto ao asilo
de pó.
Napoleão era um grande
homem. Fez muitas
guerras. Dominou milhões
de criaturas.
Deixou o nome
inesquecível no livro
das nações.
Hoje, porém, seu túmulo
é venerado em Paris...
Muita gente faz
peregrinação até lá,
para visitar-lhe os
ossos...
Como acontece a Maomé, a
Carlos 5o
e a Napoleão, os maiores
heróis do mundo são
lembrados em monumentos
que lhes guardam os
despojos.
Com Jesus, todavia, é
diferente. No túmulo de
Nosso Senhor, não há
sinal de cinzas humanas.
Nem pedrarias, nem
mármores de preço, com
frases que indiquem,
ali, a presença da carne
e do sangue.
Quando os apóstolos
visitaram o sepulcro, na
gloriosa manhã da
Ressurreição, não havia
aí nem luto, nem
tristeza.
Lá encontraram um
mensageiro do reino
espiritual que lhes
afirmou: “Não está
aqui.”
E o túmulo está aberto e
vazio, há quase dois mil
anos.
Seguindo, pois, com
Jesus, através da luta
de cada dia, jamais
encontraremos a angústia
da morte e, sim, a vida
incessante.
No caminho de notáveis
orientadores do mundo
poderemos encontrar
formosos espetáculos da
glória passageira;
contudo, é muito difícil
não terminarmos a
experiência em desilusão
e poeira.
Somente Jesus oferece
estrada invariável para
a Ressurreição Divina.
Quem se desenvolve,
portanto, com o exemplo
e com a palavra do
Mestre, trabalhando por
revelar bondade e luz,
em si mesmo, desde as
lutas e ensinamentos do
mundo, pode ser
considerado cidadão
celeste.
Texto extraído do livro
Alvorada Cristã,
cap. 1, psicografado por
Francisco Cândido Xavier
e publicado pela
Federação Espírita
Brasileira.