MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
Os
Mensageiros
André Luiz
(1ª
Parte)
Damos
início à apresentação do texto
condensado da obra Os
Mensageiros,
de André Luiz, psicografada pelo
médium Francisco Cândido Xavier
e publicada pela editora da Federação
Espírita Brasileira, a qual dá
seqüência à série iniciada com
o livro Nosso
Lar.
Questões
preliminares
A.
Quando dificuldades espirituais
nos assaltem o coração, que
devemos fazer?
R.:
Foi Narcisa quem deu a André Luiz
a receita para tais momentos ao
lhe sugerir que em casos assim
devemos meditar no Evangelho de
Jesus e empenhar-nos cada vez mais
no serviço em prol dos
semelhantes. (Os
Mensageiros, cap. 1, pp. 11 a 15.)
B.
Como André Luiz descreve o
instrutor Aniceto?
R.:
Instrutor no Ministério da
Comunicação, Aniceto trabalhara
algum tempo na Regeneração e
depois em tarefas sacrificiais no
Ministério do Auxílio, mas seus
esforços o levaram à importante
função de instrutor na Comunicação.
Aniceto não se consorciara em
"Nosso Lar" e, por isso,
vivia ao lado de cinco amigos que
lhe foram discípulos na Terra, em
edifício confortável encravado
entre árvores frondosas e tranqüilas.
O instrutor aparentava a calma
refletida do homem que chegou à
idade madura, sem fantasias da
mocidade inexperiente. (Obra
citada, cap. 2, pp. 16 a 19.)
C.
Que condições se exigiam dos
cooperadores orientados por
Aniceto?
R.:
O serviço coordenado por Aniceto
era variado e rigoroso e nele só
se aceitavam cooperadores
interessados na descoberta da
felicidade de servir e que se
comprometessem a calar toda espécie
de reclamação. (Obra
citada, cap. 2, pp. 16 a 19.)
D.
Quem foi Vicente na última
encarnação e qual a sua história?
R.:
Vicente fora médico nas esferas
carnais. Semblante muito calmo,
olhar inteligente e lúcido, ele
irradiava carinho e bondade,
sensatez e compreensão. Sua história
tinha alguma semelhança com a de
André Luiz. De família abastada,
formado aos 25 anos, desposou
Rosalinda, por quem nutria grande
afeição. A felicidade no lar não
tinha limites. Em pouco tempo,
dois filhos chegaram para ampliá-la.
Vicente consagrara-se à pesquisa
laboratorial e Rosalinda, além de
esposa, era sua primeira e melhor
colaboradora. Dez anos após o
casamento, Eleutério, advogado,
solteiro, irmão de Vicente um
pouco mais velho, passou a freqüentar
sua casa. A mulher modificou-se
por completo. Ela e Eleutério
apaixonaram-se um pelo outro e
deliberaram que Vicente deveria
morrer, para deixar-lhes o caminho
livre. E assim procederam. (Obra
citada, cap. 3 e 4, pp. 24 a 30.)
Texto
para leitura
1. A
renovação mental
- Após desligar-se dos laços
inferiores que o prendiam às
atividades terrestres, André Luiz
estava radiante. Antes, parecia um
caramujo, segregado na concha,
rastejando no lodo. Agora, sentia
que a dor agira em sua mente como
um alvião pesado, cujos golpes não
entendera de pronto. O alvião
quebrara a concha e ele começou a
ver mais alto. (N.R.: Alvião
é o mesmo que picareta ou enxadão.)
Pela primeira vez, catalogava
adversários na categoria de
benfeitores e via nos filhos
companheiros muito caros, aos
quais competia estender os benefícios
do conhecimento novo. Outro amor
se instalava em sua alma e notava
que a vida espiritual abria-lhe
seus pórticos resplandecentes.
Foi então que Narcisa lhe disse
que nessa fase de renovação
mental extremas dificuldades
espirituais nos assaltam o coração.
Ela lhe sugere a meditação no
Evangelho de Jesus e o empenho
cada vez maior no serviço em prol
dos semelhantes. (Cap. 1, pp. 11 a
15)
2. Aniceto
- Instrutor no Ministério da
Comunicação, Aniceto trabalhara
algum tempo na Regeneração e
depois em tarefas sacrificiais no
Ministério do Auxílio. Seus
esforços o levaram à importante
função de instrutor na Comunicação,
onde André Luiz aprenderia novas
lições. Ao contrário de Tobias,
Aniceto não se consorciara em
"Nosso Lar". Vivia ao
lado de cinco amigos que lhe foram
discípulos na Terra, em edifício
confortável encravado entre árvores
frondosas e tranqüilas. Aniceto
aparentava a calma refletida do
homem que chegou à idade madura,
sem fantasias da mocidade
inexperiente. Ao aceitar a inscrição
de André Luiz, o instrutor
resumiu em poucas palavras as
atividades de seu departamento. O
serviço ali é variado e
rigoroso. Só se aceitam
cooperadores interessados na
descoberta da felicidade de
servir. Todos se comprometem a
calar toda espécie de reclamação.
Além dos colaboradores ativos,
Aniceto tinha um quadro
suplementar de auxiliares, com
cinqüenta lugares para
aprendizes, com três vagas no
momento. Pessoas das mais
diferentes profissões formavam o
quadro de aprendizes e cada uma
era aproveitada na sua
especialidade própria (Cap. 2,
pp. 16 a 19)
3. Centro
de Mensageiros
- Tobias conduziu André Luiz até
o Centro de Mensageiros, na
Comunicação. Ele ficou
deslumbrado com a série de
majestosos edifícios que
compunham a sede da instituição.
Parecia-lhe que encontrava algumas
universidades reunidas, tal a
enorme extensão deles. Pátios
amplos, arvoredos, jardins... O
Centro é muito vasto e ali
estavam apenas a administração
central e alguns pavilhões
destinados ao ensino e à preparação
em geral. O Centro prepara
entidades para que se transformem
em cartas vivas de socorro e auxílio
aos que sofrem no Umbral, na
Crosta e nas Trevas. O serviço é
cópia de outros que se vêm
fazendo nas mais diversas cidades
espirituais dos planos superiores.
Ali preparam-se numerosos
companheiros para a difusão de
esperanças e consolos, instruções
e avisos, nos diversos setores da
evolução planetária.
Organizam-se turmas compactas de
aprendizes para a reencarnação.
Médiuns e doutrinadores saem dali
às centenas, anualmente.
Tarefeiros do conforto espiritual
encaminham-se para os círculos
carnais, em quantidade considerável,
habilitados pelo Centro de
Mensageiros. Mas são muito raros
os que triunfam. Alguns conseguem
execução parcial da tarefa,
outros muitos fracassam de todo. O
serviço legítimo não é
fantasia; é esforço sem o qual a
obra não pode aparecer nem
prevalecer. (Cap. 3, pp. 21 e 22)
4. O
caso Vicente
- Os aspectos do maravilhoso átrio
impressionavam pela beleza. Flores
até então desconhecidas
adornavam colunatas, espalhando
cores vivas e delicioso perfume.
Foi então que André ficou
conhecendo Vicente, ex-médico nas
esferas carnais. Era o primeiro
colega de profissão, recém-chegado
das esferas da Crosta, de quem se
aproximava de modo direto.
Semblante muito calmo, olhar
inteligente e lúcido, Vicente
irradiava carinho e bondade,
sensatez e compreensão. Sua história
tinha alguma semelhança com a de
André Luiz. De família abastada,
formado aos vinte e cinco anos,
desposou Rosalinda, por quem
nutria grande afeição. A
felicidade no lar não tinha
limites. Em pouco tempo, dois
filhos chegaram para ampliá-la.
Vicente consagrara-se à pesquisa
laboratorial e Rosalinda, além de
esposa, era sua primeira e melhor
colaboradora. Dez anos após o
casamento, Eleutério, advogado,
solteiro, irmão de Vicente um
pouco mais velho, passou a freqüentar
sua casa. A mulher modificou-se
por completo. Ela e Eleutério
apaixonaram-se um pelo outro e
deliberaram que Vicente deveria
morrer, para deixar-lhes o caminho
livre. Um vírus introduzido pela
sua própria esposa numa minúscula
espinha nasal, já ferida, foi a
causa da infecção que o levou à
morte. Rosalinda e Eleutério
herdaram grande fortuna e viviam
na Terra, aparentemente felizes.
(Cap. 3 e 4, pp. 24 a 30)
Frases
e apontamentos importantes
1. Forçoso é
reconhecer que o cérebro é o
aparelho da razão e que o homem
desencarnado, pela simples
circunstância da morte física, não
penetrou os domínios angélicos,
permanecendo diante da própria
consciência, lutando por iluminar
o raciocínio e preparando-se para
a continuidade do aperfeiçoamento
noutro campo vibratório. (Emmanuel,
prefácio, pág. 7)
2. Ninguém
pode trair as leis evolutivas. (Emmanuel,
prefácio, pág. 7)
3. A morte física
não é salto do desequilíbrio,
é passo da evolução,
simplesmente. (Emmanuel, prefácio,
pág. 8)
4. O que nos
leva a grafar este prefácio não
é a conclusão filosófica, mas a
necessidade de evidenciar a santa
oportunidade de trabalho do leitor
amigo, nos dias que correm.
Felizes os que buscarem na revelação
nova o lugar de serviço que lhes
compete, na Terra, consoante a
Vontade de Deus. (Emmanuel, prefácio,
pp. 8 e 9)
5. O
Espiritismo cristão não oferece
ao homem tão-somente o campo de
pesquisa e consulta, mas, muito
mais que isso, revela a oficina de
renovação, onde cada consciência
de aprendiz deve procurar sua
justa integração com a vida mais
alta, pelo esforço interior, pela
disciplina de si mesma, pelo
auto-aperfeiçoamento. (Emmanuel,
prefácio, pág. 9)
6. Não falta
concurso divino ao trabalhador de
boa vontade. E quem observar o
nobre serviço de um Aniceto,
reconhecerá que não é fácil
prestar assistência espiritual
aos homens. (Emmanuel, prefácio,
pág. 9)
7. Para recebê-la,
é indispensável lavar o vaso do
coração para receber a "água
viva", abandonar envoltórios
inferiores, para vestir os
"trajes nupciais" da luz
eterna. (Emmanuel, prefácio, pág.
9)
8. Se procuras
a luz espiritual, se a animalidade
já te cansou o coração,
lembra-te de que, em
Espiritualismo, a investigação
conduzirá sempre ao Infinito,
tanto no que se refere ao campo
infinitesimal, como à esfera dos
astros distantes, e que só a
transformação de ti mesmo, à
luz da Espiritualidade Superior,
te facultará acesso às fontes da
Vida Divina. (Emmanuel, prefácio,
pp. 9 e 10)
9. As mensagens
edificantes do Além não se
destinam apenas à expressão
emocional, mas, acima de tudo, ao
teu senso de filho de Deus, para
que faças o inventário de tuas
próprias realizações e te
integres, de fato, na
responsabilidade de viver diante
do Senhor. (Emmanuel, prefácio, pág.
10)
10. Todos nós
somos portadores da planta do
Cristo, na terra do coração.
(...) Quando crescemos para o
Senhor, seus ensinos crescem
igualmente aos nossos olhos. Vamos
fazer o bem, meu caro! Encha seu cálice
com o bálsamo do amor divino. (Narcisa,
cap. 1, pág. 14)
11. Quando os
mensageiros se esquecem do espírito
missionário e da dedicação aos
semelhantes, costumam
transformar-se em instrumentos inúteis.
(...) Assim acontece com as
faculdades psíquicas e com os
grandes conhecimentos. A expressão
mediúnica pode ser riquíssima;
entretanto, se o dono não
consegue olhar além dos
interesses próprios, fracassará
fatalmente na tarefa que lhe foi
conferida. (Tobias, cap. 3, pág.
23)
12. Todo
trabalho construtivo tem as
batalhas que lhe dizem respeito. São
muito escassos os servidores que
toleram as dificuldades e reveses
das linhas de frente. Esmagadora
percentagem permanece a distância
do fogo forte. Trabalhadores sem
conta recuam quando a tarefa abre
oportunidades mais valiosas. (Tobias,
cap. 3, pág. 23)
13. Nossa visão,
na Terra, costuma viciar-se no círculo
dos cultos externos, na atividade
religiosa. Cremos, por lá,
resolver todos os problemas pela
atitude suplicante. Entretanto, a
genuflexão não soluciona questões
fundamentais do espírito, nem a
mera adoração à Divindade
constitui a máxima edificação.
(...) É imprescindível
considerar que a manutenção e
limpeza do vaso, para recolhê-las,
é dever que nos assiste. (Tobias,
cap. 3, pág. 23) (Continua
no próximo número.)
|