Respondendo ao
e-mail de um
leitor sobre
cremação, vou me
valer dos
esclarecimentos
dados pelos
benfeitores
espirituais
através da
psicografia do
médium Chico
Xavier.
Para o Espírito
Humberto de
Campos, no livro
Taça de Luz,
em mensagem
sobre esse
assunto, muitas
almas ao
desencarnarem
permanecem muito
angustiadas em
conseqüência da
vida
desequilibrada
que levaram
neste mundo e,
em razão disso,
sentem
dificuldades
para se
desligarem
imediatamente do
corpo físico.
Para essas
almas, considera
o benfeitor
espiritual o
seguinte: “a
cremação
imediata do
corpo será
pesadelo
terrível e
doloroso”.
E é por esse
motivo que o
Espírito
Humberto de
Campos faz ainda
uma ponderação
muito judiciosa
em favor dos
recém-desencarnados,
ao dizer: “Se a
lei divina
fornece um prazo
de nove meses
para que a alma
possa nascer ou
renascer no
mundo com a
dignidade
necessária, e se
a legislação
humana já
favorece os
empregados com o
benefício do
aviso prévio,
por que razão o
morto deve ser
reduzido à cinza
com a carne
ainda quente?”.
Geralmente, nas
primeiras horas
após a morte o
Espírito ainda
se sente ligado
aos elementos
cadavéricos ao
corpo
semimaterial que
o reveste,
chamado de
perispírito por
Allan Kardec, na
questão 93 de
O Livro dos
Espíritos.
Vale esclarecer
que o Espírito
ao reencarnar
utiliza esse
envoltório
semimaterial
para ligar-se ao
óvulo fecundado,
desde a
concepção, por
um laço
fluídico, que
cada vez mais se
vai apertando
até ao instante
em que a criança
vê a luz.
Acontece, porém,
que no instante
da morte o
desprendimento
do perispírito
não se dá
subitamente.
Ele, através de
uma extensão
fluídica,
imperceptível
aos nossos
olhos, ainda se
conserva unindo
à alma
recém-liberta ao
corpo inerme. E
é por essa razão
que, na maioria
dos casos, o
Espírito pode
sentir os
tormentos da
cremação.
Segundo o
benfeitor
espiritual
Emmanuel,
através de Chico
Xavier, a
cremação deveria
ser levada a
efeito 72 horas
após o
desenlace.
Bem, diante
disso, peço para
que meu corpo
seja enterrado
debaixo do
ecológico “sete
palmos de
terra”, porque
sendo gordo ele
há de produzir
muito adubo
para fertilizar
o solo
abençoado. Por
favor, não se
esqueçam. A
natureza desde
já agradece!
GERSON SIMÕES
MONTEIRO é
presidente da
Fundação
Cristã-Espírita
Paulo de Tarso,
do Rio de
Janeiro, RJ, e
diretor da Rádio
Rio de Janeiro.