Sobre as pesquisas
psíquicas
na ex-União Soviética
(10ª parte)
"O poder da fé
recebe uma aplicação
direta e especial na
ação magnética; por
ela o homem age
sobre o fluido,
agente universal,
que lhe modifica as
qualidades e lhe dá
umas impulsão, por
assim dizer,
irresistível.”
(O Evangelho segundo
o Espiritismo, cap.
XIX, p. 5.)
Ainda
as pesquisas na
ex-Tchecoslováquia
– O ponto culminante
da estada na
Tchecoslováquia
parece fantástico e
é fantástico – mas
pode ser autêntico.
Deparou-se-nos
(são as autoras da
obra ora resumida
que o dizem) uma
galeria de objetos –
polidos e
brilhantes, ásperos
e granulados, de
aço, bronze, cobre,
ferro, ouro –
"geradores
psicotrônicos", que
fazem o impossível.
Vimo-los
apresentados num
filme exibido pêlos
cientistas tchecos
na Conferência
Internacional de
Parapsicologia em
Moscou. Sopesamos
os geradores
psicotrônicos com as
mãos. Nós mesmas
operamos um deles.
Que
são eles, afinal? A
resposta não é
fácil. Os tchecos
começam por
explicá-los da
seguinte maneira:
– Os seres humanos e
todos os seres vivos
estão cheios de uma
espécie de energia
até recentemente
desconhecida para a
ciência ocidental.
Essa bioenergia, que
nós denominamos
energia
psicotrônica, parece
implícita no PK;
pode ser a base da
rabdomancia. Talvez
se revele envolvida
em todos os fatos
psíquicos. Os
geradores
psicotrônicos a
extraem de uma
pessoa, acumulam-na
e usam-na. Depois de
carregados com a
nossa energia, os
geradores fazem
algumas coisas que
um médium é capaz de
fazer.
Foi essa a primeira
porta que abriram
para nós e que dava
para o mistério.
Haveria corredores à
nossa espera.
O gerador
psicotrônico, ou
gerador de Pavlita,
como é chamado em
homenagem ao seu
inventor, nasceu, em
parte, de antigos
manuscritos e
descobrimentos
esquecidos, velhos
conhecimentos
combinados com a
ciência moderna. Não
é de hoje a idéia de
uma bioenergia.
Diziam os antigos
chineses que não
somos uma coleção de
peças, à semelhança
de uma máquina,
senão uma central
elétrica de insólita
energia. Eles lhe
chamavam Força da
Vida ou Energia
Vital. E
acrescentavam que o
Universo também está
impregnado de
Energia Vital, de
modo que estamos
assim ligados ao
cosmo.
Os nossos vizinhos
da Índia, os antigos
hindus, falaram
nessa força vital
existente em nós, a
que davam o nome de
Prana. A Ioga
moderna se baseia na
idéia do Prana. Mas
se a energia vital
ou energia "X" é
mais que um simples
conceito filosófico,
como se dá que
ninguém no Ocidente
a tenha encontrado?
Encontrou, sim,
afiançam os tchecos.
Muitos
"descobridores"
provocaram uma
comoção momentânea
com a sua nova
energia, mas foram
esquecidos ou,
quando muito,
relembrados como
brilhantes
maníacos, à
proporção que a
ciência ocidental
corria para o seu
grande florescimento
tecnológico.
O que a
kirliangrafia
possibilitou
- A lista seguinte
enumera os
descobridores mais
famosos. Mas houve
muitos outros. Todos
chegaram às suas
descobertas por
caminhos diferentes,
todos deram a "ela"
um nome diferente,
mas o que mais
surpreende é que
concordam muito
amiúde quanto às
características da
nossa suposta
energia.
DESCOBRIDOR
NOME DA
FORÇA
Antigos
chineses
Energia vital
Antigos hindus
Prana
Polinésios de Huna
Mana
Renascença:
Paracelso
Munis Magnale
Van Helmont
Magnum
Do século XVIII ao
século XX:
Mesmer
Magnetismo animal
Reichenbach
Força ódica
Keely
Força motora
Blondiot
Raios-N
Radioestesistas
Força etérica
L. E. Eeman
Força "X"
Medicina
atual
Psicossomática
Mundo
comunista contemporâneo:
Cientistas
soviéticos
Energia bioplasmática
Cientistas
tchecos
Energia psicotrônica
Hoje em dia, na União
Soviética, grupos de
cientistas puros estão
estudando um "novo
descobrimento" – uma
energia vital, até agora
desconhecida, ligada aos
seres vivos. Energia
bioplasmática é o nome
que lhe dão. Mas os
russos têm uma grande
vantagem a seu favor.
Graças à descoberta de
Kirlian, a energia
bioplasmática pode ser
vista por qualquer
pessoa em fotografia e
microscópios
eletrônicos. Pode ser
cientificamente
observada e estudada ao
torvelinhar em rútilos
clarões coloridos. Os
cientistas do século XX,
com os seus dispositivos
rastreadores e
registradores,
arrancaram o antigo
átomo grego do reino da
filosofia e o trouxeram
para o reino do real,
convertendo-o numa
energia prática. Pode
ser que os soviéticos,
começando com o aparelho
de Kirlian, venham a
fazer o mesmo com a
energia vital das
antigas culturas. Ou
talvez o façam os
tchecos, com os seus
geradores psicotrônicos.
Eles também são
responsáveis pela
redescoberta.
O
engenho de Roberto
Pavlita
- Grisalho, já entrado
na casa dos cinqüenta,
Roberto Pavlita é um
inventor e
desenhista-chefe de uma
grande indústria têxtil
da Tchecoslováquia.
Pessoalmente, é o tipo
de homem de negócios,
eficiente, que não perde
tempo com bobagens.
Durante trinta anos
trabalhou
particularmente em
geradores psicotrônicos.
Na sua opinião, eles
governam essa
recém-descoberta
energia. Em meados da
década de 1960, o nome
de Pavlita chegou ao
Ocidente no meio de uma
confusão tremenda.
"Homem de negócios
tcheco é excelente
médium de PK." Depois: "
Pavlita não tem
capacidade de PK". Mas,
afinal, ele tem ou não
tem? Para os que se
achavam sentados nas
salas de parapsicologia
dos Estados Unidos não
havia maneira de saber.
A história que se
desenrolou por detrás
das notícias mostra como
se gerou a confusão.
Depois de trinta anos de
experiências, Pavlita
dirigiu-se à
Universidade de Hradec
Králové, a leste de
Praga. Um
eletrofisiologista, um
físico e, por fim, todo
o departamento de física
realizou experiências
com ele.
Os
cientistas fizeram
experiências com um
dispositivo engenhado
por Pavlita. No interior
de uma caixa de metal
hermeticamente fechada,
um pregão dava voltas,
acionado por um motor
elétrico, que ficava
embaixo. Sobre o pregão,
os cientistas haviam
equilibrado uma tira de
cobre. Parecia uma letra
T. A única outra coisa
que havia dentro da
caixa era um pequeno
objeto metálico num
canto, que não se achava
ligado a coisa alguma.
As revoluções da tira de
cobre, que não cessava
de girar, eram
registradas
fotoeletricamente.
Enquanto os
cientistas observavam,
Pavlita mantinha-se a
quase dois metros da
engenhoca. Concentrado,
tinha os olhos cravados
nela. De repente, a tira
de cobre se imobilizou,
como se alguma coisa a
estivesse detendo,
imprimindo um movimento
contrário ao pregão
girante. Que poderia ser
isso? Todo o aparelhinho
estava magneticamente
protegido.
(Continua no próximo
número.)