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Especial |
Ano 1 - N° 15 -
25 de Julho de
2007 |
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MARCELO BORELA DE
OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
A
questão sexual na visão
espírita
Toda a
problemática sexual
radica-se
na alma, não no corpo, e
é dela
que deve vir a solução
É possível a uma pessoa
mudar sua orientação
sexual? Dr. Robert
Spitzer(foto), médico
psiquiatra americano,
docente na Universidade
Colúmbia, diz que sim e
afirma que para isso
basta ter disposição.
Em estudo apresentado
durante o encontro anual
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da Associação
Americana de
Psiquiatria
realizado em 2001, o
referido médico
revelou que 66% dos
homens e 44% das
mulheres por ele
tratados
conseguiram,
efetivamente, com
sua ajuda, mudar de
orientação sexual,
passando de homossexuais
a heterossexuais.
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A tese do Dr. Spitzer
confirma o que Dr. Jorge
Andréa escreveu em 1980,
ou seja, que é possível
ao homossexual – que o
queira – tratar-se e ter
um relacionamento
estável com pessoas de
sexo diferente. Para
consegui-lo, é preciso
em primeiro lugar – além
da vontade – abster-se
dos relacionamentos
homossexuais.
A conclusão do estudo
não implica dizer seja o
homossexualismo uma
doença, um desvio de
conduta ou uma simples
opção sexual. A questão,
em verdade, está
intimamente ligada à
alma - ou Espírito
encarnado - e nada
tem que ver com o corpo
em si.
O Espírito pode
reencarnar em um
corpo de homem ou de
mulher
Para melhor compreensão
do assunto, vejamos de
forma sintética o que
Emmanuel afirma em seu
livro
Vida e Sexo,
psicografado pelo médium
Francisco Cândido
Xavier:
1. Quando errante, pouco
importa ao Espírito
encarnar no corpo de um
homem ou de uma mulher.
“O que o guia na escolha
são as provas por que
haja de passar”,
afirmam os imortais em
O Livro dos Espíritos,
questão no
202. (Vida e Sexo,
pág. 89.) |
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2. A homossexualidade,
hoje chamada também
transexualidade,
definindo-se, no
conjunto de suas
características, por
tendência da criatura
para a comunhão afetiva
com outra criatura do
mesmo sexo, não encontra
explicação fundamental
nos estudos psicológicos
de base materialista,
mas é perfeitamente
compreensível à luz da
reencarnação. (Obra
citada, pág. 89.)
3. Embora a sociedade
terrena seja
constituída, em sua
maioria, por criaturas
heterossexuais, o mundo
vê, na atualidade, em
todos os países,
extensas comunidades de
irmãos em experiências
dessa espécie, somando
milhões de homens e
mulheres solicitando
atenção e respeito, em
pé de igualdade ao
respeito e à atenção
devidos aos
heterossexuais. (Obra
citada, págs. 89 e 90.)
4. A vida espiritual
pura e simples rege-se
por afinidades eletivas
essenciais; contudo,
através de milênios e
milênios, o Espírito
passa por fieira imensa
de reencarnações, ora em
posição de feminilidade,
ora em condições de
masculinidade, o que
sedimenta o fenômeno da
bissexualidade, mais ou
menos pronunciado, em
quase todas as
criaturas. (Obra
citada, pág. 90.)
5. O homem e a mulher
serão, assim, de maneira
respectiva,
acentuadamente masculino
ou acentuadamente
feminina, sem
especificação
psicológica absoluta. Em
face disso, a
individualidade em
trânsito da experiência
feminina para a
masculina, ao envergar o
corpo físico,
demonstrará fatalmente
os traços da
feminilidade em que terá
estagiado por muitos
séculos, em que pese o
corpo de formação
masculina que a
segregue, verificando-se
o mesmo com referência à
mulher em igual
situação. (Obra
citada, pág. 91.)
6. O Espírito, ao
renascer entre os
homens, pode,
obviamente, tomar um
corpo feminino ou
masculino, atendendo-se
ao imperativo de
encargos particulares em
determinado setor de
ação, ou ao cumprimento
de obrigações
regenerativas. (Obra
citada, pág. 91.)
7. O homem que abusou
das faculdades
genésicas, arruinando a
existência de outras
pessoas com a destruição
de uniões construtivas e
lares diversos, é em
muitos casos induzido a
buscar nova posição, no
renascimento físico, em
corpo morfologicamente
feminino, aprendendo, em
regime de prisão, a
reajustar os próprios
sentimentos, ocorrendo o
mesmo com a mulher que
tenha agido de igual
modo. (Obra citada,
pág. 91.)
8. Em muitos casos,
Espíritos cultos e
sensíveis, aspirando a
realizar tarefas
específicas na elevação
de agrupamentos humanos
e na elevação de si
próprios, rogam dos
Instrutores espirituais
que os assistem a
própria internação no
campo físico, em
vestimenta carnal oposta
à estrutura psicológica
pela qual
transitoriamente se
definem. (Obra
citada, págs. 91 e 92.) |
9. Observadas as
tendências homossexuais
dos companheiros
reencarnados nessa faixa
de prova ou de
experiência, é forçoso
se lhes dê o amparo
educativo adequado,
tanto quanto se
administra instrução à
maioria heterossexual,
sabendo-se que todos os
assuntos nessa área da
evolução e da vida se
especificam na
intimidade da
consciência de cada um.
(Obra citada, pág.
92.)
Mudando
de sexo, o Espírito pode
conservar
as inclinações
anteriormente cultivadas
Apesar de minucioso e
adaptado às necessidades
correntes, o texto de
Emmanuel acima
transcrito é um
desenvolvimento dos
ensinamentos que Allan
Kardec apresenta na
Revista Espírita de 1866,
que o leitor poderá
conferir no texto
abaixo.
Na obra referida, Allan
Kardec escreveu:
1. O Espiritismo ensina
que as almas podem
animar corpos de homens
e mulheres. As almas ou
Espíritos não têm sexo;
as afeições que os unem
nada têm de carnal;
fundam-se numa simpatia
real e, por isso, são
mais duráveis.
(Revista Espírita de
1866, págs. 2 e 3.)
2. Os sexos só existem
no organismo; são
necessários à reprodução
dos seres materiais; mas
os Espíritos não se
reproduzem uns pelos
outros, razão por que os
sexos seriam inúteis no
mundo espiritual.
(Obra citada, págs. 2 e
3.)
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3. A natureza fez o
indivíduo do sexo
feminino mais fraco que
o outro, porque os
deveres que lhe incumbem
não exigem uma igual
força muscular e seriam
até incompatíveis com a
rudeza masculina. Aos
homens e às mulheres
são, assim, assinados
pela Providência deveres
especiais, igualmente
importantes na ordem das
coisas, pois eles se
completam um pelo outro.
(Obra citada, págs. 3
e 4.)
4. A influência que o
Espírito encarnado sofre
do organismo não se
apaga imediatamente após
a destruição do
invólucro material,
assim como não perdemos
instantaneamente os
gostos e hábitos
terrenos. Pode acontecer
ainda que o Espírito
percorra uma série de
existências no mesmo
sexo, o que faz que
durante muito tempo
possa conservar, na
erraticidade, o caráter
de homem ou de mulher,
cuja marca nele ficou
impressa. (Obra
citada, pág. 4.)
5. Se essa influência se
repercute da vida
corporal à vida
espiritual, o fato se dá
também quando o Espírito
passa da vida espiritual
para a corporal.
(Obra citada, pág. 4.)
6. Numa nova encarnação
trará o caráter e as
inclinações que tinha
como Espírito. Mudando
de sexo, poderá então
conservar os gostos, as
inclinações e o caráter
inerente ao sexo que
acaba de deixar. Assim
se explicam certas
anomalias
aparentes, notadas no
caráter de certos homens
e de certas mulheres.
(Obra citada, pág. 4.)
Por
anomalias
aparentes, podemos
entender o fato de
existirem mulheres
másculas que se
comportam como
verdadeiros homens, e
vice-versa,
independentemente de
manterem ou não relações
sexuais.
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