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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 16 - 1º de Agosto de 2007

AYLTON PAIVA 
paiva.aylton@terra.com.br
Lins, São Paulo (Brasil)

Caminhando pela vida

Não devemos nos esquecer que estamos fazendo uma caminhada em nossa existência física para atingir o destino, que é o nosso processo educativo nas áreas da intelectualidade, dos sentimentos e das emoções.

Nessa caminhada pela trilha da evolução não é o tempo que passa por nós, mas nós é que estamos passando pelo tempo. Estejamos atentos, pois, aos locais e paisagens por onde jornadeamos: a família, o grupo de estudo, o trabalho e o lazer.

Ao olharmos para os detalhes ao nosso redor, bons ou maus, bonitos ou feios, alegres  ou tristes, mantenhamos a esperança e a fé, em nós mesmos e em Deus – O Pai Supremo. Ao redor de nossos passos, semeemos o bem que nos seja possível. Compreendamos os companheiros do caminho com as suas qualidades e defeitos, conscientes sempre que nós, também, possuímos os mesmos atributos. Com a compreensão, ajudemos o nosso próximo como nos seja possível, sem exigir-lhe a perfeição, porém opondo-lhe os limites necessários quando queira transgredir os nossos direitos.

Desta maneira, lembremo-nos do Mestre Jesus, que amparava, socorria, ajudava o corpo e a alma daqueles que o cercavam, mas não deixava nunca de orientá-los e educá-los, até mesmo de forma enérgica, quando necessário.

De nossa parte, procuremos enfrentar os problemas e dificuldades com ânimo e coragem. De inicio procurando compreender, com a maior clareza possível, a questão. Cheguemos às suas causas e, então, com o controle das emoções e o exercício da razão, estabeleçamos as ações adequadas para a solução da problemática.

Principalmente nos conflitos pessoais, na intimidade do lar, no ambiente do trabalho ou em qualquer outra parte, procuremos “esfriar a cabeça”, respirar fundo, deixar o outro expor as suas idéias e emoções. Se não mantivermos algo de serenidade, não chegaremos à conclusão adequada. Dizem os psicólogos que, quando os batimentos cardíacos passam de cem pulsações por minuto, já não temos condições de “ouvir” o que o outro diz nem “falar” com racionalidade e bom-senso. O melhor é ”sair do ringue”, pois nele só devem permanecer os boxeadores (por esporte ou profissionalmente).

Entendendo nossas próprias limitações, ajudemos o outro no que nos seja possível e, sobretudo, orientemo-lo a ajudar-se. Não atrasem a nossa caminhada pelos trilhos da evolução as dificuldades e provas em que nos vejamos imersos, pois as dificuldades medem as nossas deficiências e devem constituir-se em desafios para as nossas mais nobres realizações. 

Nessa caminhada pelo tempo saibamos agradecer o que de bom desfrutamos, abençoar aqueles que partilham as nossas vidas, louvar a Deus pelo dom da vida e ao Mestre Jesus pela oportunidade de vivermos neste maravilhoso planeta – educandário do Espírito Eterno.
 

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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita