ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina,
Paraná (Brasil)
Depois da Morte
Léon Denis
(8a Parte)
Damos prosseguimento ao
estudo do clássico
Depois da Morte, de
Léon Denis, de acordo
com a tradução feita por
Torrieri Guimarães,
publicada pela Hemus
Livraria Editora Ltda.
Questões preliminares
A. Como se dá a
separação da alma após a
morte corpórea?
R.: As sensações que
precedem e seguem a
morte são infinitamente
variadas e dependem
sobretudo do caráter,
dos méritos, da elevação
moral do Espírito que
deixa a Terra. A
separação é lenta, quase
sempre, e o
desprendimento da alma
opera-se gradativamente.
A separação da alma é
seguida por um período
de perturbação, breve
para o espírito justo e
bom, que logo se separa
com todos os esplendores
da vida celeste, e muito
longo, às vezes durando
anos inteiros, para as
almas culpadas,
impregnadas de fluidos
grosseiros. (Depois
da Morte, cap. XXVIII a
XXX, pp. 201 e 202.)
B. Em que situação a
separação da alma é
menos penosa?
R.: Geralmente a
separação da alma é
menos penosa depois de
longa doença, visto que
esta tem por efeito
desfazer, pouco a pouco,
os liames carnais.
Mortes súbitas ou
violentas, que atingem a
vida orgânica em sua
plenitude, produzem uma
perturbação prolongada.
É o que se dá com os
suicidas, que
experimentam sensações
horríveis e sofrem por
longos anos. (Obra
citada, cap. XXX e XXXI,
pp. 204 a 206.)
C. Qual é a importância
dos pensamentos e da
vontade na condição
pessoal do Espírito?
R.: Todo pensamento tem
uma forma, e esta forma,
criada pela vontade,
fotografa-se em nós como
em um espelho no qual se
fixam as imagens; daí o
tormento dos maus, que
vêem expostos aos olhos
de todos os seus desejos
depravados e suas más
ações. O invólucro
fluídico do ser
purifica-se, ilumina-se
ou fica obscurecido,
segundo a natureza dos
pensamentos da pessoa.
As paixões baixas e
grosseiras perturbam e
obscurecem o organismo
fluídico; os pensamentos
generosos, as ações
nobres apuram e dilatam
as moléculas do
perispírito. As
experiências de Crookes
demonstraram que a
rarefação dos átomos
determina o estado
radiante deles: a
matéria, em estado de
rarefação, inflama-se,
torna-se luminosa,
imponderável. O mesmo se
dá com a substância do
perispírito, que
constitui um estado
ainda mais sutil da
matéria. A vontade usada
para o bem pode realizar
grandes coisas, e é
muito potente também no
mal. Nossos maus
pensamentos, nossos
desejos impuros, nossas
más ações refletem-se
nos fluidos ambientes e
os corrompem. O
pensamento, usado como
força magnética, pode
reparar muitas
desordens, atenuar
muitos males, aliviar e
curar. A ação regular e
perseverante da vontade
pode atuar à distância
sobre os céticos e os
malvados, abalando sua
obstinação, atenuando
seu ódio, iluminando com
um raio de verdade as
mais obstinadas
criaturas. (Obra
citada, cap. XXXI e
XXXII, pp. 207 a 215.)
D. Como é a vida de
além-túmulo?
R.: As almas reúnem-se e
dispõem-se no espaço
segundo o grau de pureza
do seu invólucro. Assim,
a posição do Espírito é
determinada por sua
constituição fluídica,
que é obra sua e
conseqüência do seu
passado. O ensino dos
Espíritos sobre a vida
de além-túmulo diz-nos
que não existe lugar
para contemplação
estéril, para a
beatitude ociosa. Na
vida de além-túmulo, à
feiúra terrena, à
velhice decrépita e
enrugada, sucede um
corpo fluídico, diáfano
e brilhante. Alguns
Espíritos se encarregam
de velar pelo progresso
e desenvolvimento das
nações e dos mundos;
outros encarnam para
cumprir missões de
sacrifício e para
instruir os homens;
outros se unem a alguma
alma encarnada e a
sustentam no áspero
caminho da existência.
Todos nós temos um
desses gênios tutelares,
que nos inspiram nas
horas difíceis e nos
encaminham para vias
retas. (Obra citada,
cap. XXXIII a XXXV, pp.
216 a 227.)
Texto
para leitura
151. As sensações que
precedem e seguem a
morte são infinitamente
variadas e dependem
sobretudo do caráter,
dos méritos, da elevação
moral do Espírito que
deixa a Terra: a
separação é lenta, quase
sempre, e o
desprendimento da alma
opera-se gradativamente.
(P. 201)
152. A separação da alma
é seguida por um período
de perturbação, breve
para o espírito justo e
bom, que logo se separa
com todos os esplendores
da vida celeste, e muito
longo, às vezes durando
anos inteiros, para as
almas culpadas,
impregnadas de fluidos
grosseiros. (P. 202)
153. Entre estas, muitas
acreditam que ainda
vivem a vida corpórea;
outras acham-se
completamente isoladas,
mergulhadas em trevas
densas, em noite
profunda, oprimidas por
incertezas e terror. (P.
202)
154. Geralmente a
separação da alma é
menos penosa depois de
longa doença, visto que
esta tem por efeito
desfazer, pouco a pouco,
os liames carnais. (P.
204)
155. Mortes súbitas ou
violentas, que atingem a
vida orgânica em sua
plenitude, produzem uma
perturbação prolongada.
É o que se dá com os
suicidas, que
experimentam sensações
horríveis e sofrem por
longos anos. (P. 204)
156. Uma lei simples
rege esse fenômeno:
quanto mais leves são as
moléculas do
perispírito, tanto mais
rápida é a
desencarnação. (P. 205)
157. O Espírito impuro,
cheio de fluidos
materiais, fica
confinado nos estratos
inferiores da atmosfera
terrestre. (P. 205)
158. Assim, cada
Espírito é o juiz de si
mesmo e encontra em si,
na própria consciência e
não em outra parte, o
prêmio ou o castigo. (P.
206)
159. Todo pensamento tem
uma forma, e esta forma,
criada pela vontade,
fotografa-se em nós como
em um espelho no qual se
fixam as imagens; daí o
tormento dos maus, que
vêem expostos aos olhos
de todos os seus desejos
depravados e suas más
ações. (P. 207)
160. O invólucro
fluídico do ser
purifica-se, ilumina-se
ou fica obscurecido,
segundo a natureza dos
pensamentos da pessoa.
(P. 209)
161. As paixões baixas e
grosseiras perturbam e
obscurecem o organismo
fluídico; os pensamentos
generosos, as ações
nobres apuram e dilatam
as moléculas do
perispírito. (P. 211)
162. As experiências de
Crookes demonstraram que
a rarefação dos átomos
determina o estado
radiante deles: a
matéria, em estado de
rarefação, inflama-se,
torna-se luminosa,
imponderável. O mesmo se
dá com a substância do
perispírito, que
constitui um estado
ainda mais sutil da
matéria. (P. 211)
163. A vontade usada
para o bem pode realizar
grandes coisas, e é
muito potente também no
mal. Nossos maus
pensamentos, nossos
desejos impuros, nossas
más ações refletem-se
nos fluidos ambientes e
os corrompem. (P. 212)
164. O pensamento, usado
como força magnética,
pode reparar muitas
desordens, atenuar
muitos males, aliviar e
curar. (P. 213)
165. A ação regular e
perseverante da vontade
pode atuar à distância
sobre os céticos e os
malvados, abalando sua
obstinação, atenuando
seu ódio, iluminando com
um raio de verdade as
mais obstinadas
criaturas. Usada para o
bem, essa força poderia
transformar o estado
moral da sociedade. (P.
214)
166. A alegria e a
elevação do Espírito não
resultam do ambiente
onde esteja, mas do
estado pessoal do
próprio Espírito. (P.
215)
167. As almas reúnem-se
e dispõem-se no espaço
segundo o grau de pureza
do seu invólucro. Assim,
a posição do Espírito é
determinada por sua
constituição fluídica,
que é obra sua e
conseqüência do seu
passado. (P. 216)
168. O ensino dos
Espíritos sobre a vida
de além-túmulo diz-nos
que não existe lugar
para contemplação
estéril, para a
beatitude ociosa. (P.
219)
169. Na vida de
além-túmulo, à feiúra
terrena, à velhice
decrépita e enrugada,
sucede um corpo
fluídico, diáfano e
brilhante. (P. 221)
170. Após percorrer o
ciclo de suas
existências planetárias
e haver-se purificado
nas suas migrações
através dos mundos, o
Espírito encerra a série
de existências e entra
na vida espiritual
definitiva. (P. 224)
171. Alguns Espíritos se
encarregam de velar pelo
progresso e
desenvolvimento das
nações e dos mundos;
outros encarnam para
cumprir missões de
sacrifício e para
instruir os homens;
outros se unem a alguma
alma encarnada e a
sustentam no áspero
caminho da existência.
(P. 226)
172. Todos nós temos um
desses gênios tutelares,
que nos inspiram nas
horas difíceis e nos
encaminham para vias
retas. (P. 227)
173. O invólucro
fluídico é como uma
veste tecida com os
méritos do próprio
Espírito no curso de
suas existências. (P.
228)
174. Quem deseje
percorrer rapidamente o
ciclo magnífico dos
mundos e conquistar as
regiões etéreas e a
felicidade, deve
projetar para longe as
suas faculdades
latentes, devolver à
terra tudo o que vem da
terra e aspirar aos
tesouros eternos: ore,
trabalhe, console,
socorra, ame até à
imolação, cumprindo os
seus deveres à custa do
sacrifício e da morte.
(PP. 230 e 231)
(Continua no próximo
número.)
|