Súplica à Mãe Santíssima
Joanna
de Ângelis
Senhora:
Eis-nos de retorno aos caminhos luminosos
apresentados pelo vosso Filho Jesus há quase
dois mil anos: fé e irrestrita confiança em
Deus, amor ao próximo como a si mesmo e
entrega total à caridade, sem a qual não há
salvação.
Há muito tempo planejamos seguir a trilha
libertadora, mas distraídos pelas ilusões
seguimos rumos diferentes e angustiantes.
Hoje, porém, depois de vivenciadas
inomináveis angústias, estamos de volta ao
rebanho daquele que é o Caminho da Verdade e
da Vida.
Sabemos que, enquanto o mundo moderno
estertora sob os camartelos do ódio e da
insensatez que o ser humano criou para si
mesmo, velais, Senhora, por esses filhos
aturdidos que vos foram confiados na cruz…
O pranto, na Terra, se avoluma
assustadoramente nos olhos aflitos que
perdem lentamente a faculdade de ver com
claridade, ao tempo em que a revolta domina
a orgulhosa cultura que a civilização
elaborou ao largo dos milênios, ante as
ameaças de extinção que se vêm impondo
alucinadamente…
Os horrores da violência, do crime e das
guerras individuais, coletivas e
internacionais, tomam conta das sociedades,
demonstrando a quase nulidade das gloriosas
conquistas da ciência, do pensamento, da
tecnologia…
As mulheres e os homens encontram-se
assinalados pelo desencanto, fugindo na
direção dos prazeres, a que se entregam
insensatamente, porque se perderam no
báratro das próprias necessidades, que não
têm sabido discernir, quais as que são
relevantes em relação às secundárias e sem
importância.
O orgulho impera e a indiferença pelo
destino das demais criaturas caracteriza
estes dias de ansiedade, de medo e de
solidão.
É certo que existem doações de amor e de
sacrifício, lutas de redenção e trabalhos
dignificadores em quase toda parte, não,
porém, o suficiente para a construção do
reino de Deus nos corações.
Em razão dos sofrimentos que campeiam,
rogamos, Senhora, que derrameis a luz do
discernimento e a paz dos sentimentos nas
existências desarvoradas, informando que,
enquanto o amor de Jesus permanecer no
mundo, não se apagará das mentes nem dos
corações a presença da esperança.
Intercedei por todos aqueles que se
deixaram enregelar pelo ódio, endurecer-se
pelos desencantos e frustrações, a fim de
que a sociedade descubra o seu rumo de
segurança.
Ontem, aqui semeastes o amor, a caridade e
o perdão, enquanto Roma perseguia e
assassinava os discípulos do vosso Filho.
As perseguições, no entanto, ainda
prosseguem, temerárias e perversas. Não mais
praticadas pelo império dos Césares,
dominado pela volúpia do poder mentiroso que
ruiu, como tudo quanto é transitório no
mundo, substituídas pelo materialismo e pela
crueldade.
Naqueles dias já passados, eram os de fora
da grei que crucificavam, martirizavam e
matavam os seguidores do vosso Filho. Hoje
são os próprios discípulos que se disputam
primazias e infelicitam os que são fiéis aos
postulados de amor, com os quais eles não
concordam…
Tende compaixão, Mãe Amantíssima de todos
nós, e ajudai-nos a ser fiéis até o fim, sem
reclamações nem desânimo, servindo
incansavelmente, certos de que, na etapa
final, poderemos ver e ouvir o vosso Filho,
informando-nos:
–
Vinde a mim, servidores fiéis, eu vos tenho
aguardado em paz.
Página psicografada pelo médium Divaldo
Pereira Franco, na manhã de 22 de maio de
2007, junto à casa onde desencarnou Maria, a
mãe de Jesus, em Éfeso (Esmirna), na
Turquia.
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